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Diego Brandão recupera 'lado brasileiro' para voltar a vencer

Cearense faz a luta principal contra Conor McGregor, neste sábado, na Irlanda

O apelido de Ceará é apenas por ter nascido no Estado, mas Diego Brandão gosta mesmo é de lembrar histórias de quando morava em Manaus. Treinando nos Estados Unidos, o lutador brasileiro espera reencontrar a energia positiva e a garra que tinha no seu país para conseguir vencer o fanfarrão irlandês Conor McGregor, neste sábado, no UFC Dublin. “Espero trazer o Diego Brandão que era em Manaus, humilde, que andava de bicicleta. Os Estados Unidos transformaram minha cultura, mas estou feliz de voltar a ser como era no Brasil”, disse o lutador. 

A última luta de Brandão foi em dezembro de 2013, quando foi nocauteado por Dustin Poirier no primeiro round. Ele até foi escalado para outros dois confrontos, contra Will Chope e Brian Ortega, mas ambos foram cancelados - o primeiro porque Chope foi demitido do UFC, e o segundo porque o brasileiro se lesionou. Apesar da maré parecer negativa, o cearense tem certeza que sairá vitorioso. “Muitas coisas aconteceram na minha vida fora do octógono, a gente vai aprendendo. Estou com muita vontade de vencer, misturando paixão, determinação e treino.”

Antes de subir ao octógono no sábado, ele deve ficar cara a cara com o rival sexta-feira, na pesagem. Assim como Brandão, McGregor também é conhecido por ter o pavio curto e o encontro promete pegar fogo, mas o brasileiro garante que fará o possível para se comportar. “Os seguranças já falaram para não tocar nele, mas vou empurrá-lo se passar da linha de respeito. Não vou agredir ninguém, estou aqui para representar o Brasil.”

Você vem de uma derrota, mas vai fazer a luta principal, a primeira da sua carreira. Isso te surpreendeu?

Não, já vinha sonhando alto. A derrota que tive foi para mim mesmo. Muitas coisas aconteceram na minha vida fora do octógono, a gente vai aprendendo. Estou com muita vontade de vencer, misturando paixão, determinação e treino. 

Assim como você, o McGregor costuma provocar seus rivais. Como vai ser o clima na encarada?

Não gosto de olhar para homem, ficar encarando outro homem. Vou fazer minha foto e pronto. Os seguranças já falaram para não tocar nele, mas vou empurrá-lo se passar da linha de respeito. Não vou agredir ninguém, estou aqui para representar o Brasil. 

Você fala que é melhor que o McGregor em quase todos os estilos, qual vai ser o segredo para vencer?

O segredo para ganhar é fazer uma boa luta. Espero trazer o Diego Brandão que era em Manaus, humilde, que andava de bicicleta. Os Estados Unidos transformaram minha cultura, mas estou feliz de voltar a ser como era no Brasil. Depois do The Ultimate Fighter americano não consegui repetir minhas atuações, preciso mostrar meu calibre. 
 

Vai ser sua primeira luta de cinco rounds, está preparado?

A intenção é acabar o combate no quarto round, mas meu corpo está preparado para os cinco. Nunca mais vou treinar para lutar apenas três assaltos, me senti muito bem lutando os cinco. Três rounds agora é para iniciantes.  

Como você analisa o estilo de luta do seu rival?

É um garoto muito bom, talentoso. Mas precisa prestar mais atenção, parar de falar que vai dominar a categoria. Existem outros lutadores bons, como o campeão José Aldo, Frankie Edgar e Chad Mendes. Não é para chegar e armar a barraca. Ele é muito talentoso, só está empolgado demais. 

Vai ser sua primeira luta na Europa, na casa do adversário. Acha que essa pressão contra pode mais te ajudar ou atrapalhar?

Só vejo lado positivo. Estou me sentindo em casa, já que estou bem treinado. Sai de Manaus só com uma mala, sem dinheiro e nem sabia pra onde ia. Isso que é pressão psicológica. Voei para Dublin na primeira classe, comendo bem, tinha motorista. Tenho certeza que vou conseguir mostrar que estou bem.