Treinando nos EUA, ex-desafiante enfrenta Cortney Casey no evento de 19 de novembro
Alguns lutadores de MMA viram sinônimos de suas equipes. Daniel Cormier, Cain Velasquez e Luke Rockhold são o trio de ouro da AKA. Urijah Faber é o rosto da Team Alpha Male. Claudia Gadelha, no entanto, não é mais o grande nome feminino da Nova União no UFC.
Faz alguns meses que a ex-desafiante peso-palha fez as malas e partiu para os Estados Unidos. A preparação para a batalha contra Cortney Casey, que acontece no UFC Fight Night no Combate: Bader x Minotouro II, em 19 de novembro, está sendo feita sob a tutela de Greg Jackson e Chris Luttrell na Jackson Wink Academy, em Albuquerque, Novo México (EUA), e em conversa com jornalistas no Media Day realizado no Rio de Janeiro, Gadelha revelou o que motivou a mudança.
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"Todo lutador que sabe o que quer procura a evolução constante, e é isso que estou procurando para a minha vida. Se foi no cardio que eu pequei na última luta, agora estou buscando evolução nessa parte. Acho que aqui é o lugar certo para isso", disse, explicando as maiores diferenças que sentiu.
"Acho que a diferença não é nem a academia ou a estrutura, mas sim o país. Tive várias dificuldades tentando viver do esporte no Brasil, e acho que estava na hora de parar de passar por isso e ter um camp mais 'relax', descansar mais, focar na parte técnica. Acho que no Brasil a gente treina muito, procura muito a evolução, mas da maneira errada, porque a gente treina demais. Acho que aqui essa é a diferença. Eles sabem periodizar o treinamento, descansam mais, e estou sentindo a diferença nessa parte".
Foi depois da derrota segunda para Joanna Jedrzejczyk, em julho, que Gadelha decidiu que precisava de uma mudança radical para resolver de uma vez por todas as brechas que percebeu em seu jogo. Mas não pense que tais falhas existem por falta de dedicação da brasileira.
"Tecnicamente, eu estava superior. Sempre procurei chegar ao limite do meu corpo na academia para não cansar na luta, mas nunca me senti daquele jeito antes. Estava revendo o que aconteceu, e acho que exagerei. Fiz 17 semanas de camp, o que é muita coisa. Me senti a Mulher Maravilha, mas às vezes treinar demais não é o certo, e é isso que estou aprendendo agora. Eu passei do ponto. Cheguei ao ponto que deveria bem antes da luta, e ali na hora meu corpo não estava aguentando mais".
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Além da nova equipe, outra grande mudança em relação ao último combate de Gadelha é justamente a carga emocional. A rivalidade entre a brasileira e a campeã era bastante clara, sendo até televisionada na 23ª temporada do The Ultimate Fighter. Agora, Claudinha pode se concentrar apenas nos treinamentos, como manda a filosofia das artes marciais.
"É bem mais tranquilo. Não tive que fazer vários tours, estou concentrada, não tenho que ficar atendendo o telefone toda hora para responder alguma coisa que a Joanna falou. A Cortney não fala nada, e eu sou tranquila também. Cresci na filosofia das artes marciais, respeito meus adversários, não sou de falar. Tem uma diferença muito grande não só no emocional, mas no trabalho também, no sentido de promover a luta", afirmou, prometendo muita ação no octógono.
"Acho que vai ser uma luta ótima. A Cortney tem bônus de luta da noite, então ela realmente busca a luta. Ela é grande para a categoria, é alta e forte, e sabe um pouco de tudo. Acho que vai ser uma boa luta para a galera, um show, porque eu também busco muito a vitória. Vamos ver se sai mais um bônus", disse.
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