"Estou em uma fase da minha carreira em que não há realmente muito tempo a perder e tenho que me testar contra os melhores caras.." - Demian Maia
Após 12 anos e 23 lutas profissionais, Demian Maia, 36 anos, não é mais o "cara do jiu-jitsu", na noite da luta. Ele é um lutador de MMA, um dos melhores do esporte, e com vitórias em três de suas quatro lutas nos 77 kg, ele tem uma nova vida no Octógono como peso meio-médio. Isso não significa que tudo sempre dá certo, e em outubro passado, ele sofreu sua primeira derrota em sua nova divisão, uma decisão acirrada que durou 5 rounds para Jake Shields. Era uma daquelas lutas que poderia ter ido para qualquer um, e se fosse para o brasileiro, ele poderia ter sido mais um na pequena lista de candidatos ao título vago após a saída de Georges St-Pierre. Mas, em um jogo de polegadas, às vezes as coisas balançam em favor do outro canto. É uma parte da vida de lutas que Demian entende.
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"Bem, Jake é um grande lutador, tenho muito respeito por ele, e, em certo sentido, ele é um desafio diferente por conta própria, e um dos maiores desafios que existe", disse Demian. "Muitas vezes as pessoas vêem seu estilo de luta e esperam que o seu adversário o vença imediatamente, mas olhe para o cartel do cara - ele fala por si. Ele tem algumas vitórias impressionantes e tenho que parabenizá-lo por ter um grande plano de jogo, compostura e forte mentalidade durante a luta. Foi uma luta muito acirrada, acho que tive alguns momentos e ele foi capaz de controlar longos períodos da luta e jogar com as regras, o que é absolutamente justo. A vida continua e tenho que focar no futuro agora."
Esse futuro está se aproximando rapidamente na forma de uma batalha no UFC 170 deste fim de semana com Rory MacDonald. É um confronto altamente intrigante, que vai ter um impacto significativo na cena dos meio-médios. No entanto, outro ponto a ser feito é que, apesar da derrota de Demian para Shields em sua luta principal no UFC Fight Night, ele retorna neste sábado para o card principal do show, um forte voto de confiança para o veterano brasileiro.
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"Isso significa muito", disse. "Depois da frustração de perder a luta no Brasil contra Shields, meu empresário (Eduardo Alonso) pediu ao (matchmaker do UFC) Joe (Silva) se eu poderia lutar o mais rápido possível. Ele até me ofereceu para ser de Kelvin (Gastelum), no UFC de dezembro, mas era difícil, é claro, porque as lutas têm que fazer sentido e há um monte de caras que precisam de lutas nos 77 kg. Então, no final tudo deu certo, estou em uma fase da minha carreira em que não há realmente muito tempo a perder e tenho que me testar contra os melhores caras. Rory é um talento incrível e, provavelmente, um futuro campeão, por isso é uma luta com um significado maior, e, independentemente do resultado, eu acho que é um grande desafio para nós dois. Eu não acho que tive qualquer luta fácil no meio-médio, com Kim (Dong Hyun), (Rick) Story, (Jon) Fitch, Shields e agora Rory. Esta é uma divisão tão competitiva e difícil, e eu aprecio o UFC estar me dando essas lutas."
Próxima parada para Maia? Las Vegas e MacDonald. Quanto ao resto, Demian aprendeu que a melhor rota é fazer o seu trabalho e deixar o resto acontecer como deve.
"Derrotar Rory não é uma tarefa fácil e tenho que fazê-lo antes de pensar em qualquer outra coisa", disse ele. "Eu acho que eu e Rory podemos estar em tantos lugares diferentes após essa luta, dependendo de quem ganha ou perde, e o que acontece em outras lutas, ou as lesões que ocorrem. Portanto, a melhor coisa a fazer é se concentrar na luta e ver o que acontece."
