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Estreante no UFC Belém, Polyana Viana pensava que 'MMA era coisa de desenho'

Paraense de 25 anos treina no Rio de Janeiro e soma nove vitórias e apenas uma derrota


O que você consegue fazer com apenas sete anos de treino? A pergunta é difícil, mas foi o tempo que demorou para Polyana Viana começar a treinar jiu-jitsu e estrear no maior evento de MMA do planeta, o Ultimate. Aos 25 anos, ele enfrentará Maia Stevenson no UFC Belém, dia 3 de fevereiro.
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Quando tinha 18 anos, e ainda morava em São Geraldo do Araguaia, pouco mais de 700 km de Belém, Polyana sonhava em ser jogadora de futebol, era fã de Marta, mas sabia que não tinha talento para ser profissional. O jeito bruto em campo e as faltas nas adversárias entregavam que ela não conseguiria ter sucesso apenas com os pés.

Mas em uma dessas partidas foi convidada para um treino de jiu-jitsu. Recusou de primeira, precisou recusar outras vezes, mas mudou de ideia apenas para deixar de ser importunada com tantos convites.

“Comecei a treinar sem kimono. Me ensinaram como era uma chave de braço e logo nos primeiros dias eu finalizava as meninas que treinam há mais tempo. Viram que eu tinha talento e ganhei um kimono depois de três meses”, diz ela.

Polyana admite que sempre foi brigona quando era criança e que constantemente batia nos seus irmãos e nos amigos, mas nunca teve nenhum contato com lutas. Ela, inclusive, nem sabia que existia um esporte chamado Artes Marciais Mistas.

"Me identifiquei com esse mundo porque eu podia bater nos outros e ninguém brigava comigo, gostei muito disso. Eu pensava que esse tipo de coisa só existia nos desenhos animados que eu assistia quando era criança, depois que fui saber que o esporte era mundialmente famoso. Não tinha ideia do que era o MMA".

Com o sucesso nas lutas, Polyana deixou de lado o futebol e até interrompeu a faculdade de Educação Física para se dedicar ao sonho de lutar no Ultimate. Já são nove vitórias (quatro nocautes e cinco finalizações) e apenas uma derrota na carreira. Recentemente, há cinco meses, ela deixou a casa da família e mudou-se para treinar no Rio de Janeiro.

"Ainda estou me acostumando com o Rio de Janeiro, nunca tinha passado tanto tempo longe de casa. Eu chorava todos os dias quando cheguei aqui, agora estou gostando mais. Minha mãe me incentiva muito, fala para eu não chorar. Mas ela fala isso chorando, sabe?", brinca Polyana.

Quando Polyana Viana entrar no octógono no dia 3 de fevereiro, em Belém, será a primeira vez que sua mãe, Marli, assistirá ao vivo uma luta da filha. Ela até já viu algumas pela televisão, mas sempre vira o rosto e fecha os olhos. Além disso, a irmã e vários amigos de Polyana estarão no ginásio prestigiando a sua estreia.

"Vou ficar muito nervosa. Minha mãe sempre me apoiou, mas ela não consegue assistir as minhas lutas. Minha irmã já foi, mas ela grita muito, consigo escutar ela mais que escuto meus treinadores".