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Jim Miller lutará fora da América do Norte pela primeira vez desde 2008

Veterano encara Francisco Massaranduba no UFC São Paulo


Tudo o que o UFC precisou foi avisar Jim Miller de que sua próxima luta contra Francisco Trinaldo seria em São Paulo, e ele estava dentro. Na verdade, isso não quer dizer muito, porque ele diz sim para qualquer luta, mas ganhar um pouco mais de experiência fazendo sua primeira luta fora da América do Norte desde 2008 apenas deixou o veterano mais empolgado para o confronto de sábado.
“Nesta luta terá um pouco mais de senso de aventura, porque vou lutar no Brasil”, disse Miller, “Então estou bem empolgado pela experiência”.
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Neste ponto da carreira em que já lutou 39 vezes, Miller não está entrando no octógono pelos motivos de sempre. Claro, ele está sustentando sua família e este é o objetivo principal, mas enquanto muitos buscam título, superlutas e seguidores no Twitter, o norte-americano compete por uma razão mais pura.
“Sempre tentei me superar e minha ambição ao treinar às vezes é mostrar para mim mesmo do que sou capaz”, disse, “É isso que me motiva. Eu valorizo meus fãs e vou para a luta, mas não luto para dar um show. É duro dizer isso para as pessoas. Luto para dar meu melhor, e quando faço isso, a maioria das pessoas vai gostar”.
Elas têm gostado pelos mais de nove anos em que ele tem vindo ao octógono. Miller teve seus altos e baixos como qualquer lutador, e apesar de nunca ter disputado um título no UFC, sua base de fãs é tão leal quanto a de qualquer campeão. Ele é quase como um Chris Lytle dos dias atuais, porque vencendo ou perdendo, sempre dará as caras para lutar, e esse espírito é suficiente para seus fãs.
“Significa muito para mim, de verdade”, disse Miller sobre o apoio que recebe, “Eu valorizo muito meus fãs. Outros lutadores já vieram para mim, pesos-pesados já vieram para mim e disseram que são meus maiores fãs. Para um peso-pesado dizer isso sobre um peso-leve, significa demais para mim. Eu valorizo isso, porque é por tudo que fiz no octógono. Não é por outros motivos, não é pela pompa ou algo assim. Comecei a lutar porque amo o esporte e só. Não para ficar dando coletivas de imprensa ou nada disso. Então, quando alguém se diz meu fã, são meus fãs pelo que faço no octógono”.

E apesar de derrotas consecutivas para Dustin Poirier e Anthony Pettis neste ano, Miller ainda é um lutador com muita lenha para queimar no octógono. Ele não sabia se seria assim entre o meio de 2014 e o início de 2016, quando perdeu quatro de cinco lutas e começou a se perguntar se ainda tinha o que era preciso para competir no nível do UFC. Na verdade, ele planejou se aposentar no UFC 200. Mas o que ele não sabia é que estava sofrendo da doença de Lyme, algo que não foi diagnosticado até antes de sua luta com Takanori Gomi.
Após ser tratado, Miller venceu Gomi, Joe Lauzon e Thiago Alves consecutivamente. E apesar das derrotas para Poirier e Pettis, o atleta de 34 anos acredita firmemente que não apenas é capaz de vencer Massaranduba, mas que pode chegar à marca de 50 lutas profissionais.
“Acho que sim”, disse sobre o número icônico, “Não falta tanto tempo. Se eu mantiver o ritmo, posso chegar às 50. Tem um lado meu que está buscando algo, procurando pelo próximo passo, e sustento minha família, então preciso disso. Quem sabe se daqui a duas ou três lutas vou achar que é a hora. Mas pela maneira como me sinto agora, acho que definitivamente posso chegar às 50”.

Mas e aquele cinturão que insiste em escapar? Ainda é algo que ainda lhe interessa?
“Definitivamente está lá”, disse, “Sei que estou atrás dele, porque estou atrás do meu melhor, e estes últimos dois anos não foram o melhor de mim. Tive um duro caminho no fim de 2015 e início de 2016, e ainda estou trabalhando para voltar onde estava fisicamente, e sei que, se chegar lá, o cinturão pode facilmente ser meu. Este esporte tem muito a ver com timing também. Talvez meu tempo tenha passado para isso. Talvez eu não seja capaz de embalar, talvez meu corpo esteja definhando, quem sabe. Mas sei que está lá e sei que posso pegá-lo”.
E mesmo se a chance não chegar, ainda veremos Jim Miller lutando de forma dura, como sempre. Esta é a melhor garantia que se pode ter neste esporte.
“Estou aqui para lutar”, disse, “Gosto de lutar e gosto de subir no octógono com esses caras que eu respeito. Lutei com todos os melhores e ainda há alguns nomes na lista que quero enfrentar. Está será minha 40ª luta e nunca escolhi adversário em toda minha carreira. Se eu conseguir bater o peso, treinar e lutar, vou aceitar”.
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