Pular para o conteúdo principal
/themes/custom/ufc/assets/img/default-hero.jpg

O triunfo de Aldo sobre os tempos difíceis

"Lamas é um grande lutador e merece esta oportunidade, e há outros bons
lutadores voltando ao topo como Cub (Swanson) e Chad (Mendes)." - Jose Aldo

Campeão peso pena do UFC - Jose AldoJose Aldo era uma grande promessa em junho de 2008, mas em sua estreia entrando no WEC em Sacramento, ele era o azarão e o desconhecido contra o companheiro recém-chegado e antigo campeão do Shooto Alexandre Franca Nogueira.

Não que o manauara Aldo estava pensando em percepções ou rankings. Questionado sobre aquele momento em sua vida, o homem que agora detém o título dos penas do UFC simplesmente diz: "Foram tempos difíceis."

Isso foi há quase seis anos, e Aldo não era conhecido no Brasil, financeiramente seguro, ou um dos verdadeiros astros das artes marciais mistas. Ele havia deixado Manaus para viver e treinar no Rio de Janeiro, e todos os dias era uma luta. Um contrato com o WEC foi a sua passagem para fora, e ele não se intimidaria por Alexandre Pequeno, e nem por qualquer pessoa.

E ele lutou aquele estilo. Pequeno chegou aos 3:22 do segundo round antes de ser despachado por interrumpção do árbitro. Jonathan Brookins, Rolando Perez, Chris Mickle, e Cub Swanson também foram vítimas de Aldo antes do brasileiro pegar a coroa dos penas do WEC com um nocaute técnico no segundo round em cima de Mike Brown em novembro de 2009. Depois de mais duas vitórias, ele estava no UFC e era o primeiro campeão até 66.7 quilos da organização.

Aldo tinha chegado. No entanto, quase três anos depois que entrou no octógono pela primeira vez, a chama não diminuiu. Claro, ele está invicto desde 2005, mas enquanto se aproxima de sua luta co-principal no UFC 169 contra Ricardo Lamas, ele está faminto como sempre.

"Eu treino mais duro para cada luta e encaro cada uma como minha última", disse ele, e isso não é apenas combustível  para a mídia. Há uma intensidade tranquila para Aldo, mesmo quando ele não está na academia. Em um recente evento para a imprensa em Nova York, Aldo era o ‘polo oposto’ de seu companheiro de equipe, o rápido e sorridente campeão galo Renan Barão. E quando se fala sobre aqueles tempos difíceis mencionados, não era uma canção de Bruce Springsteen, um motivo para olhar para trás e ver tudo tão engraçado. Esses dias são uma parte dele para sempre, e eles aparecem cada vez que ele luta. Assim, mesmo que ele tenha dominado 95% de seus oponentes, ele diz que "todas as minhas lutas foram difíceis."

Esta atitude pode torná-lo o campeão mais perigoso do UFC hoje, e mesmo que ele possa ser facilmente considerado o melhor peso pena de todos os tempos, ele ainda tem coisas a serem feitas, dizendo que há desafios para ele nos 65.7 kg, embora tenha havido uma longa conversa sobre ele subir para a divisão dos leves.

"Lamas é um grande lutador e merece esta oportunidade, e há outros bons lutadores voltando ao topo como Cub (Swanson) e Chad (Mendes).

E mesmo com o domínio na divisão, Aldo, 27 anos, não tirar o pé do acelerador, indo sempre em busca de melhorar o que já parece estar na ponta dos cascos.

"Eu continuo trazendo novos caras para treinar e eu escuto as pessoas com mais experiência", disse ele. E sobre o jogo mental, e a ideia de que todos os pesos pena top do mundo está sonhando em lutar um dia e vencê-lo pelo título?

"Eu continuo sonhando como eles", disse Aldo, que finalmente baixa sua guarda e sorri quando perguntado sobre seu primeiro amor, o futebol e se ele acredita que poderia ter um dia virado profissional se tivesse seguido com o esporte e não  ter ido para o MMA.

"É claro", ele disse. "Conheço futebol como conheço MMA – imagine José Aldo no seu time."