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Josh Barnett: O Mercenário

"Não existe melhor lugar para estar. Eu comecei com o UFC, e gostaria de acabar no UFC." - Josh Barnett

Josh Barnett - Peso pesado do UFCBem, há mais ou menos uma década depois de sua última aparição no Octógono, e mais de 15 anos e 38 lutas de uma carreira que o levou ao mundo todo, Josh Barnett está de volta ao UFC.

Se ele fosse uma figura de Star Trek, ele seria Boba Fett. Se ele fosse um personagem da Marvel, ele seria o DeadPool. Olhe para estes dois indivíduos fictícios. O homem conhecido como “The Warmaster” é um mercenário, um homem armado contratado para fazer um trabalho. E com um preço feito em acordo quando o trabalho estiver feito.

“Estive nisto por tempo suficiente, passei por diferentes organizações e batalhas que não demoraram muito para aquela mentalidade de mercenário aparecer”, disse Barnett, que pega o ex-campeão Frank Mir na luta co-principal do UFC 164 neste fim de semana em Milwalkee. “É isto que somos – mercenários; você nos paga para lutar, e é isto que fazemos.”

“Eu lembro de uma entrevista recente – alguém me perguntou (uma pergunta sobre ser um mercenário),  mas onde mercenário foi usado de forma ruim? – como se mercenário fosse um termo depreciativo. Eu olhei para ele e disse, ‘eu sou um mercenário, o que você espera de mim?’

“Se você tem alguém que precisa eliminar, eu irei fazer o trabalho. Não me importa quem são. Não me importa por que, e não me importa se eles são bons, ruins ou indiferentes. Se o dinheiro está lá, está feito.”

Mas Barnett não está de volta ao UFC somente para receber seu dinheiro e fazer um trabalho. Desta vez, o wrestler tem outra motivação além do dinheiro.

Apesar de ter gastado uma metade de uma década competindo contra os melhores pesos pesados que a divisão tinha a oferecer no PRIDE no Japão, sua primeira turnê de trabalho pelo UFC veio depois que o The Ultimate Fighter, e seu lugar ao lado dos grandes pesos pesados não era garantido.

Desde que o PRIDE fechou as portas, Barnett foi aonde podia para coletar sua maior recompensa. Ele competiu no World Victory Road, Affliction, Dream, e na organização australiana Impact FC antes de assinar com o Strikeforce, onde ele finalizaria Brett Rogers e Sergei Kharitonov para avançar as finais do GP dos pesos pesados.

Depois de quase vencer Daniel Cormier nas finais, Barnett voltou com uma vitória contra Nandor Guelmino no evento final da organização. O mercenário estava de volta ao mercado, pronto para ser contratado, e quando você é um peso pesado no MMA só existe um lugar onde você quer competir.

“Se você é um artista – dançarino, ator, qualquer coisa – você quer ir à Broadway. Você quer fazer um show no maior ambiente, no maior nível de competição no lugar da apresentação, com o reconhecimento, e mais exigente agenda. Como lutador, é isso que o UFC é.”

“Não que o UFC seja a Broadway com várias pessoas pulando pra lá e pra cá cantando música do musical Cats, mas não está longe disto”, ele continua, rindo com sua comparação. “Você já viu as lutas algumas vezes? Elas parecem bastante com coisas da Broadway. É como o West Side Story em uma jaula.

“Se eu não lutar no UFC, não estarei cimentando meu legado. Não vou a um lugar onde as batalhas são mais constantes e a um nível maior. Não vou dar a oportunidade pro resto do mundo de ver o que estou fazendo, e também estarei me dando prejuízo porque não poderei fazer o que quero fazer, e colher os benefícios da maior organização do mundo, as melhores ofertas de pagamento, o maior reconhecimento para todos os meus outros projetos em que estou envolvido.

“Não existe melhor lugar para estar. Eu comecei com o UFC, e gostaria de acabar no UFC.”