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De volta ao berço: lendas do UFC falam da relação entre Rio de Janeiro e MMA

O UFC retorna à cidade onde tudo começou em 3 de junho, no UFC 212


Não há como negar que a relação entre o MMA e o Rio de Janeiro é estreita. De fato, é praticamente impossível separar o nascimento do MMA da capital carioca.

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Resumo (bem) rápido: na década de 1920, Carlos Gracie começou a promover desafios a fim de provar a superioridade do que viria a ser o jiu-jítsu brasileiro, adaptação das técnicas ensinadas por Mitsuyo Maeda na época em que morava em Belém (PA), sobre outras modalidades. As competições tornaram-se tradição familiar, que continuou por décadas na capital carioca até que Rorion Gracie se mudou para os Estados Unidos e fundou o UFC, expondo a arte suave para o mundo e plantando a semente do Vale-Tudo.

Por mais que tenha se expandido para outros países, o legado dos desafios e mistura de artes marciais continuou no Rio, e hoje a cidade é uma das principais expoentes do MMA brasileiro para o mundo.

"O Rio tem esse DNA da luta", diz Rodrigo Minotauro, ex-campeão peso-pesado do UFC que atualmente trabalha como Embaixador de Relacionamento com Atletas. "A gente tem outras cidades que cultuam o MMA, como Curitiba e São Paulo, e existem muitos eventos de MMA no Norte e Nordeste, mas disparado o Rio é onde temos mais eventos, mais lutadores, grandes centros de treinamento, e a modalidade está presente na periferia da cidade".

E depois de mais de um ano, o octógono será montado novamente na Cidade Maravilhosa para receber um card que agrada até ao fã mais exigente. Nomes como Vitor Belfort e Claudia Gadelha batalham em evento que será liderado pela unificação dos títulos dos penas entre José Aldo e Max Holloway, ressaltando que o Brasil é um dos maiores celeiros de atletas no mundo.

"Por muito tempo os lutadores de jiu-jítsu do Rio eram os melhores no MMA, e hoje você vê bons lutadores no Brasil inteiro. Mas a volta do UFC realmente torna o Rio uma vitrine do esporte. É bom ver isso de perto. Quando comecei a lutar Vale-Tudo, seria inimaginável um evento dessa magnitude", disse Murilo Bustamante, primeiro brasileiro a conquistar um cinturão linear do UFC.

"Essa volta é fundamental, já que começou aqui. Acho que os melhores eventos deveriam ser aqui sempre. Juntar todos estes nomes é maravilhoso para a cidade, porque atrai o mundo todo. O Rio merece isso", declarou Pedro Rizzo, três vezes desafiante ao cinturão dos peso-pesados do UFC.

Além de ser uma das lendas cariocas do Ultimate, Rizzo é um dos principais treinadores de Aldo, acompanhando o manauara desde o início da carreira. Apesar de não estar presente na preparação para o confronto contra Holloway, o "pai dos leg kicks" garante que lutar na cidade que chama de lar motiva o campeão.

"Quando eu fui atleta, sempre gostei de lutar no quintal de casa. Você não sai do conforto, não sai para viajar. (O Aldo) gosta muito de lutar no Rio, ainda mais que hoje em dia ele está super popular. Ele deve ser o lutador mais popular no Brasil hoje. Tem várias pessoas organizando caravana, várias amigos vindo assistir. Isso tudo motiva ele a treinar mais".

Minotauro ainda vê outro lado: o do turismo que movimenta uma das cidades mais famosas do país.

"Quem não quer ir ao Rio para ver qualquer evento? A luta do Aldo vai ser a principal, e ele é o Rei do Rio, tem a simpatia da torcida do Flamengo. O Vitor Belfort está confirmado, teremos Claudinha, Marlon Moraes, que é um atleta muito bom", disse. "A volta do UFC ao Rio é um grande evento, não só para aquelas 15 mil pessoas que vão lotar a arena, mas cria-se todo um turismo em torno disso. Nas praias só se fala em MMA, e muita gente vai só para ver os eventos do UFC. É importante com certeza o UFC voltar ao Rio, um lugar clássico e obrigatório".

"O Rio é bom para o UFC, assim como o UFC é bom para o Rio", reforça Bustamante. "A cidade é maravilhosa, e as belezas do Rio são agradáveis para os turistas. É impensável o UFC estar no Brasil e não estar no Rio, o maior celeiro de lutadores de todos os tempos, o início de tudo". 

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