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Livre, emocionado, em busca de recordes: o retorno de Gleison Tibau ao octógono

Brasileiro faz, no UFC 220, sua primeira luta em mais de dois anos


O nome de Gleison Tibau não é estranho a nenhum fã de MMA: atleta do UFC desde 2006, ele já dividiu o octógono com nomes como Nick Diaz, Jim Miller, Rafael dos Anjos, Tony Ferguson, entre outros, e é um dos atletas que mais vezes pisou no octógono em todos os tempos.
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Entretanto, há quem possa ter se esquecido do veterano peso-leve últimos dois anos, período em que o potiguar cumpriu uma suspensão que se encerra oficialmente neste sábado (20), quando ele volta à ação para enfrentar Islam Makhachev no UFC 220.
“Está sendo muito emocionante para mim retomar minha história depois de dois anos, estou me sentindo livre, feliz”, disse Tibau em conversa com a reportagem do UFC Brasil, “Esses dois anos foram os piores da minha vida. Tinha dias que eu acordava e pensava ‘Dois anos? Vai ser duro para mim’. Tem a parte financeira também, porque se a gente não luta, não ganha dinheiro. A gente perde ritmo de competição, perde financeiramente, mas aproveitei esse momento para me fortalecer”.
“Falei para mim mesmo, ‘Vou tirar esse tempo para mim, para treinar, evoluir meu jogo’”, continuou o brasileiro, “Cortei muitos gastos para conseguir sobreviver, mas consegui, graças a Deus. Consegui manter meus treinos com os melhores nomes da categoria, sempre participando do camp dos meus parceiros que lutam no UFC e fazendo tudo junto com eles, até para eu não ficar ultrapassado, já que o esporte está evoluindo tanto. Consegui tirar algo bom desse momento ruim e volto agora com a cabeça boa, força de vontade e motivado para retomar minha carreira”.
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O próprio corpo do brasileiro reflete algumas mudanças que foram feitas durante o tempo afastado. Mais leve, Gleison Tibau já não precisa mais do corte de peso agressivo que costumava fazer para bater os 70kg, e, na semana da luta, sente a diferença.
“Nesses dois anos, mudei muita coisa na minha alimentação”, contou, “Normalmente, hoje (quarta-feira) eu estaria mais pesado, precisaria tirar 10kg até sexta. Hoje, estou mais leve, preciso tirar 5kg. Antigamente, lembro que cortava quase toda a alimentação, não comia quase nada na semana da luta. Hoje estou tomando café, fazendo todas as refeições normais, com bastante energia. Sinto que essas mudanças estão fazendo bastante efeito agora no final, não estou passando fome e está tudo de acordo com o planejado”.
Apesar da sensação de estar recomeçando sua trajetória, Tibau tem que lidar com o fato de que vem de duas derrotas consecutivas no octógono, e sabe que não terá vida fácil contra o russo Islam Makhachev, adversário oito anos mais novo, que busca afirmação no Ultimate.
Mas com toda experiência que possui, o brasileiro garante que não entra pressionado para o duelo - pelo contrário, ele quer fazer uma luta leve e divertida para provar algo aos fãs.
“O Makhachev é um atleta novo, que treina em uma escola muito boa de wrestling com aquele que eu considero o melhor do mundo hoje, o Khabib”, analisou Tibau, “É o mesmo estilo do Khabib, aquele jogo de pressão, grade, wrestling. É um cara duro. Venho preparado para fazer uma grande luta porque sei que vai ser uma prova dura para mim”.
“Acredito no meu wrestling, no meu jiu-jítsu, mas acredito que o caminho para mim nesta luta é trabalhar o boxe”, continuou o brasileiro, “Quero aproveitar e mostrar nesse retorno que tive uma evolução. Quero deixar os fãs do UFC felizes com meu retorno. Vai ser uma grande luta. O bom é que vai ser a primeira luta da noite, então não tem muita pressão de torcida. Quero lutar como se fosse um treino, fazer meu jogo fluir e fazer bonito”.

Prestes a pisar pela primeira vez no octógono desde novembro de 2015, Gleison Tibau fará neste sábado sua 46ª luta profissional, e a 27ª pelo UFC. O brasileiro é um dos atletas que mais vezes competiram na organização, e ficará a apenas três lutas deste recorde, que atualmente pertence a Michael Bisping.
Aos 34 anos, o potiguar não só acredita que consiga buscar o inglês, mas traz essa estatística como uma meta pessoal em seu retorno.
“Uma das coisas que me fez voltar ao UFC é essa história do recorde”, admitiu, “Se eu não estivesse há dois anos sem competir, com certeza já estaria disparado na frente e ninguém estaria próximo de me pegar. Mas estou motivado para quebrar recordes e fazer história na organização”.
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