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Loucuras de Março: 10 lutas clássicas do UFC

 


Ao longo dos anos, o mês de março viu algumas lutas incríveis no octógono.

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Você poderia dizer isso de muitos meses, especialmente aqueles que tradicionalmente têm grandes eventos, como maio, julho e dezembro, mas março tem um certo elemento de “pegar de surpresa”.

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Dos eventos icônicos da história do UFC, todos sempre lembram daqueles em feriados ou na noite em que 55.000 pessoas lotaram o Rogers Centre em Toronto, mas poucos se lembram de uma noite em Las Vegas, quando uma rivalidade começou ou a carreira de um lutador foi alterada.

Aqui estão algumas das lutas do UFC mais memoráveis do mês de março, começando com três do UFC 58: EUA vs. Canadá.

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Sam Stout vence Spencer Fisher por Decisão Dividida – UFC 58 (4 de março, 2006)

Neste mês, Stout entra no octógono com Ross Pearson no card preliminar do UFC 185, mas há nove anos, o peso-leve canadense com queixo de aço fez sua estreia no UFC em um clássico que acabou virando o início de uma trilogia contra Fisher.

Eles começaram a trocar no começo e só pararam quando a buzina soava para sinalizar o fim de cada round. Ambos tiveram seus momentos nessa luta acirrada, onde mostraram ter coração e habilidade de absorver golpes.

Stout levou a vitória por decisão dividida, mas era uma questão de tempo para remarcarem esse encontro. A revanche aconteceu 15 meses depois e foi ainda melhor, com Fisher levando a vitória por decisão unânime em uma das melhores lutas de 2007. Com uma vitória para cada lado, os dois se encararam novamente cinco anos depois, com Stout levando a vitória em mais um encontro que ficou com o prêmio de Luta da Noite.

Georges St-Pierre vence B.J. Penn por Decisão Dividida – UFC 58

Quase uma década depois, você ainda pode dividir um grupo de fascinados por MMA ao falar desta luta.

Era um duelo que não só determinava o desafiante número 1 da categoria dos meio-médios, como também o retorno de Penn ao UFC, e ‘O Prodígio’ entrou no octógono com o cinturão que nunca havia perdido e uma camiseta que dizia “Campeão Mundial.” Era o clássico BJ e esse foi um encontro que iniciou uma rivalidade.

Penn logo fez St-Pierre sangrar, acertando uma série de jabs duros no início. Depois do primeiro round, o canadense estava estragado, mas no segundo e terceiro, o futuro campeão usou seu wrestling, colocando o havaiano com as costas no solo e começando a tirar o melhor em pé já que Penn estava cansando.

A luta foi à decisão dos juízes e St-Pierre levou a vitória, uma decisão que não foi bem aceita por Penn. Três anos depois, com St-Pierre de volta ao topo da categoria dos meio-médios e Penn campeão peso-leve, os dois se encontraram novamente e não foi acirrado como da primeira vez, com o treinador de Penn parando a luta depois que St-Pierre o complicou durante 20 minutos.

Rich Franklin vence David Loiseau por Decisão Unânime – UFC 58

A pontuação final diz tudo que você precisa saber sobre essa luta: 50-42, 50-42, 50-43.

Por mais que ‘O Corvo’ tenha acertado Franklin com um gancho que veio do nada no terceiro round, não foi o suficiente para vencer o round e o campeão peso-médio maltratou o desafiante canadense até o fim em uma das decisões mais unilaterais da história do UFC.

Franklin vinha de vitória por nocaute no primeiro round sobre Nate Quarry e simplesmente dominou Loiseau em todos os aspectos. Por mais que o desafiante tenha mostrado raça no decorrer da luta enquanto apanhava, essa foi a mais completa performance da carreira de Franklin e sua última defesa do título dos pesos-médios com sucesso; sete meses depois, ele se deparou com um desafiante brasileiro chamado Anderson Silva.

Randy Couture vence Tim Sylvia por Decisão Unânime – UFC 68 (3 de março, 2007)

Oito anos mais tarde, o fato de Couture retornar de uma aposentadoria de 12 meses para não só vencer, mas dominar Sylvia e se tornar o campeão peso-pesado, continua como um momento no MMA que você só acredita vendo.

“The Maine-iac” havia vencido seis lutas consecutivas e retornado ao topo da categoria dos pesos-pesados, enquanto Couture havia se tornado comentarista e começava sua carreira de ator. Ele parecia contente e confortável como aposentado, mas atendeu ao pedido para voltar ao octógono e teve uma performance memorável.

Não é só a maneira que Couture venceu Sylvia, mas como ele dominou a ação, derrubando o campeão com uma mão direita certeira com menos de 10 segundos de luta, e levou a pontuação para vencer o último título do UFC de sua carreira.

Anderson Silva vence Dan Henderson por Finalização (Mata Leão) – UFC 82 (1 de março, 2008)

O tempo apagou a quantidade de ansiedades e incertezas que havia antes desta luta, mas na época, esse duelo havia muita importância, pois colocava o campeão peso-médio do UFC contra o campeão peso-médio do PRIDE, com cinturões e direitos de unifica-los em jogo.

Acabou sendo um dos marcos iniciais da excelência de Silva. “The Spider” perdeu o primeiro round, mas voltou para encerrar a luta no segundo, pegando as costas de Henderson e aplicando o mata-leão.

O brasileiro venceu mais 10 lutas e levou sua sequência de vitórias consecutivas a 16 antes de perder para Chris Weidman, no UFC 162. Depois de disputar o título do UFC em suas duas primeiras lutas ao voltar ao octógono após um longe período no PRIDE, Henderson nunca mais lutou por um título no Ultimate.

Jon Jones vence Maurico Rua por nocaute técnico (Golpes) – UFC 128 (19 de março, 2011)

Essa foi a coroação de um novo campeão e o amanhecer de uma nova era na categoria peso meio-pesado. Porque tem sido tão dominante desde então, que esquecemos que houveram lutas no caminho de Jones ao topo em que “Bones” não era o favorito e essa foi uma delas.

Agora, o fato que Jones finalizou Ryan Bader para enfrentar “Shogun” e vencer o título meio-pesado em seis semana é só parte do legado do campeão, com Rua sendo o primeiro de cinco ex-campeões seguidos que Jones venceu na sequência. Na época, parecia um grande desafio e um sério teste para o jovem, mas ele tirou de letra e não olhou mais para trás.

Jones controlou as coisas do início e não parou até que a luta fosse interrompida no meio do terceiro round. Quatro anos e oito lutas depois, ele continua como o campeão indiscutível e está perto de ser considerado o melhor lutador de todos os tempos.

Chan Sung Jung vence Leonard Garcia por Finalização (Twister) – UFC Fight Night: Nogueira vs. Davis (26 de março, 2011)

Menos de um ano antes desta luta, Jung e Garcia fizeram uma luta sangrenta no WEC 48 que acabou ganhando o prêmio de Luta do Ano em 2010, e com muitos fãs e críticos achando que a decisão deveria ter sido a favor de Jung. O UFC foi ágil em remarcar a luta, uma vez que os pesos-pena foram adicionados à organização.

Em vez de fazer mais uma luta sangrenta, “O Zumbi Coreano” fez uma luta mais técnica e medida. Sim, ele trocou socos com o duro membro veterano da Team Jackson-Winkeljohn, mas ele também aproveitou seu lado forte e levou a luta ao solo no fim do segundo round, e foi aí que a história aconteceu.

Com o tempo se esgotando para o fim do round, Jung fez Garcia bater na primeira finalização por twister na história do UFC, levando sua cabeça para um lado e o corpo para outro. Até hoje ninguém foi capaz de repetir essa finalização no octógono.

Dong Hyun Kim vence John Hathaway por Nocaute (Cotovelada Giratória) – Final TUF China (1 de março, 2014)

Bem quando Hathaway parecia estar estabelecendo um ritmo e levando o momento a seu favor - pronto!

Giro. Cotovelo. Queixo. Boa noite.

Quando “The Hitman” andou para frente, Kim girou e conectou com uma das cotoveladas giratórias mais sórdidas que você verá. Jon Jones já acertou algumas cotoveladas giratórias, mas “Bones” ainda está para nocautear alguém como Kim fez. Hathaway caiu ao solo como se tivesse levado um tiro, enquanto Kim comemorava sua segunda vitória consecutiva por nocaute.

Johny Hendricks vence Robbie Lawler por Decisão Unânime – UFC 171 (14 de março, 2014)

Das 41 lutas que ocorreram no octógono em março passado, essa foi facilmente a melhor de todas. E podemos argumentar que foi a melhor do ano.

Hendricks e Lawler brigaram pelo título vago da categoria peso meio-médio em um clássico no ano passado, em Dallas. Hendricks vinha de uma derrota controversa para Georges St-Pierre quatro meses antes, enquanto Lawler estava no processo de orquestrar um dos maiores retornos de carreira da história do MMA, vencendo três seguidas para disputar o título do UFC pela primeira vez.

E essa não desapontou. Até no começo do quinto round - Hendricks havia vencido o primeiro e terceiro, e Lawler o segundo e quarto - o ex-campeão nacional de wrestling simplesmente tinha um pouco mais de gás para a reta final, lutando melhor que Lawler nos últimos cinco minutos e selando a vitória com uma queda no fim do round.

Eles se encontraram novamente depois de nove meses, com Lawler vencendo e deixando aberta a possibilidade de uma trilogia pelo título.

Dan Henderson vence Mauricio Rua por Nocaute Técnico (Socos) – UFC Fight Night: Shogun vs. Henderson 2 (23 de março, 2014)

O primeiro encontro no UFC 139 em novembro de 2011 é lembrado como uma das melhores lutas da história do MMA, com Henderson levando a vitória por decisão unânime em uma luta cheia de mudanças e momentos em que quase terminou.

Ninguém esperava que a revanche seria como o primeiro encontro épico, mas esses dois lendários veteranos fizeram um bom trabalho tornando a segunda luta também memorável.

Rua controlou no início, evitando as tentativas de Henderson acertar sua famosa mão direita e misturando com seus golpes de efeito.

Com dez minutos de luta, “Shogun” parecia estar no caminho para a vitória, mas 91 segundos depois, a luta acabou e seu nariz estava completamente estragado.

Depois de uma tentativa fracassada de queda, Henderson voltou e acertou Rua com um gancho de direita que levou o ex-campeão peso meio-pesado ao solo, com o árbitro Herb Dean encerrando o combate logo depois.