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Marquardt Empolgado e em Busca da Finalização

"Eu não segui minha estratégia com Chael e que me custou a luta. Aconteceram alguns erros técnicos. Eu estou definitivamente focado em seguir minha estratégia para essa luta".    

    Se a trocação de Nate Marquardt tem se mostrado assustadora nos últimos anos, não é por acaso. E com certeza, com gurus como Trevor Wittman e Mike Winklejohn e uma equipe de MMA renomada por perto só ajuda em mais melhorias.  
    Mas o segredo real pode ser que, enquanto seus colegas estão consistentemente fazendo sparring com outros lutadores de MMA, Marquardt estava colocando o capacete e as luvas para treinar com o ex-campeão mundial médio júnior de Boxe, Verno Phillips.  
   "Por pelo menos dois ou três anos, ele foi um dos meus principais parceiros de treinos", disse Marquardt, que retorna na quarta-feira ao octógono em Austin, Texas para enfrentar Rousimar Palhares no UFC Fight Night. "Fazer sparring com um cara como ele, faz você aprender como boxear. O nível de boxe de caras como ele é surreal e você precisa saber como boxear para treinar com um cara como esse".       

Porém  isso não veio da noite para o dia, e Marquardt relembra o início difícil nos treinamentos com Phillips.
     "Quando eu comecei com ele, era complicado", disse Marquardt, um atleta de MMA desde 1999, ano em que Phillips já possuía mais de uma década no Boxe e tinha vencido Lupe Aquino pelo título da WBO até 70 quilos, batido Santos Cardona e Gianfranco Rosi, e nocauteado Julian Jackson. "A cada sessão de sparring eu sentia como se estivesse indo para uma luta real. Cada soco que ele acertava, eu sentia e ficava tenso e quando eu tentava contra-atacar era apenas para mantê-lo longe de mim".  
   Mas, eventualmente, ele começou a se desenvolver.
    "Depois de um tempo, você aprende a se mover, como contra-atacar, como reagir sem ficar tenso, e é assim que você aprende o Boxe", disse Marquardt.         E apesar de Marquardt sempre estar confiante para trocar com qualquer um, seu jogo em pé só começou realmente a fazer impacto - literalmente - em sua luta de 2007 com Dean Lister. Nessa luta, o plano de Lister era simples: levar Marquardt para baixo. Marquardt, apesar de ser um faixa preta de Jiu-jitsu, tinha outras idéias, mantê-lo em pé e fazer Lister pagar caro toda vez que não conseguisse uma queda.       

Marquardt venceu, e fez isso punindo Lister, não deixando o adversário ver a 'cor da bola' por três rounds. Por que trazer esta luta de mais de três atrás à tona? Porque com Toquinho, Marquardt enfrentará outro especialista em Jiu-jitsu cujo objetivo provável é ir para o chão, e apenas isso. Marquardt concorda com a comparação.     

"Essa é uma luta boa para ver como executo uma estratégia", disse ele. "Lister estava vindo como campeão de Abu Dhabi, e ele é muito bom em chaves de pé, então eu estava treinando muito esse tipo de situação naquela luta. Ele também é um finalizador. Ele não vai lutar para amarrar uma luta durante três rounds, ele vai para finalizar. Então, quando você descobre que eles não serão capazes de levá-lo para baixo ou de abrir espaços para uma finalização, a luta pode se tornar ruim para eles".     

Marquardt tem toda a intenção de torná-la uma luta ruim para Toquinho, e tudo começa com estar no pronto na área onde cada luta começa - em pé.      
 "Seu plano tem que começar em pé, porque é onde começa a luta", disse ele. "Você não começa no chão, então você tem que ter uma estratégia em pé, e uma coisa que você consegue do Boxe é o trabalho com as pernas e isso é uma coisa que realmente traduz bem a mistura das artes marciais. Se você usar o trabalho com as pernas direito, fica difícil para seu adversário chegar perto de você. Se você ficar parado, isso faz de você um alvo estático e fácil de ser levado para baixo".    
  Toquinho é um combatente corajoso que não vai parar de vir para frente, assegurando ou não uma queda, mas Marquardt sabe que, se quiser figurar entre os prováveis desafiantes ao cinturão, ele precisa vencer nesta quarta-feira.  
    Não é a posição que ele queria estar, especialmente porque depois de três nocautes consecutivos sobre Martin Kampmann, Wilson Gouveia e Demian Maia, uma revanche contra o homem que o derrotou em 2007, Anderson Silva, estava se aproximando. Isso se Marquardt tivesse derrotado Chael Sonnen no UFC 109 em fevereiro. Ele não ganhou essa luta, perdendo por decisão unânime. E embora tenha acertado algumas boas no adversário e quase finalizou (com uma guilhotina), o foco de Marquardt é o lado negativo da luta, e não os aspectos positivos.  
    "Olho um pouco para os aspectos positivos, e eu senti como se tivesse conseguido pegar ele no final do terceiro round", disse ele, "mas o que eu realmente tirei da luta foram os aspectos negativos e o que fiz de errado. Olho para eles e tento descobrir como melhorar e como me tornar um lutador melhor, e eu realmente sinto que é o que eu fiz. Eu não segui minha estratégia com Chael e que me custou a luta. Aconteceram alguns erros técnicos. Eu estou definitivamente focado em seguir minha estratégia para essa luta".    

A última vez Marquardt perdeu, antes de Sonnen, foi uma polêmica decisão dividida diante de Thales Leites no UFC 88, em 2008, e ele jurou nunca mais deixar suas lutas nas mãos dos jurados. Ele cumpriu o que prometeu, nocauteando três lutas seguidas. Agora ele está prestes de retornar a posição de destaque na categoria média, vamos esperar um novo Nate Marquardt?
      "Eu só vou ficar focado", disse ele. "Você viu isso na minha última luta - eu estava tentando finalizar o Chael o tempo todo. E essa luta não vai ser diferente. Eu vou procurar fazer estragos, mas eu vou estar muito mais focado, eu vou seguir o planejamento, e encontrar o ponto certo para acabar com ele".