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Um Michael Bisping diferente? Nem tanto.

"Em termos de mentalidade, estou mais confiante do que já estive antes. Já tive meus altos e baixos, mas agora eu sinto como se eu soubesse exatamente onde piso".  

Michael 'The Count' Bisping é, na verdade, um tipo agradável e simpático de cara. Aqueles em torno do dele sabem que isso é verdade. Seu último oponente Dan Miller também descobriu um pouco desse lado de Bisping quando eles lutaram em maio. Apesar disso, o orgulho britânico sempre tem que lidar com aqueles que depositam suas esperanças em vê-lo derrotado.  
  Claro, ele trocou farpas com Dan Henderson e Wanderlei Silva e frequentemente exibe uma enorme sensação de confiança, mas isto faz parte da luta. Agora, com 31 anos, Bisping não vai mudar, mas ele admite que a circunstância o forçou a deixar isso um pouco de lado. Enfrentando outro cara legal, Yoshihiro Akiyama do Japão, no dia 16 de outubro, em Londres, Bisping, um bad boy reformado, não teve outra escolha senão sorrir.    "Eu quero realmente vender essa luta, rivalizando um pouco, mas não há realmente nada que eu possa fazer ou dizer", afirmou Bisping, com uma risada. "Akiyama não está me dando muita munição e parece ser um cara muito tranquilo e respeitoso. Eu não posso simplesmente decidir começar a falar mal dele. Isso seria muito injusto com o cara e não reflete muito bem em mim.    "Eu não ouvi nada dele durante a preparação para essa luta. Acredite, se houvesse algo que eu pudesse usar, eu usaria. Tudo o que posso dizer é, acredito que vou nocauteá-lo. Eu estou autorizado a dizer isso como algo que eu acredito que vai acontecer. Eu também acho que sou melhor lutador".    Bisping não tem nenhuma teoria sobre essa paz envolvendo ele e Akiyama.    "Ele está, obviamente, se dedicando demais aos treinos", acrescentou o 'The Count'. "Eu sei que ele está com Greg Jackson, então ele está levando muito a sério e sabe que tipo de ameaça eu vou apresentar. Ele saiu de sua zona de conforto e se mudou para os EUA para desafiar a si mesmo".    Fúteis tentativas de entrar da mente de seu adversário japonês não significam que Bisping vai vencer a luta. Ambos são experientes para não permitir que jogos mentais determinem seus destinos. Desde que perdeu para Henderson, em 2009, Bisping cresceu em força e recuperou-se com escalpos impressionantes de Denis Kang e Dan Miller. Na verdade, se nós estamos falando de jogos mentais, Bisping pode parece mais inabalável do que nunca.    "Em termos de mentalidade, estou mais confiante do que já estive antes", assegurou Bisping, 20-3. "Já tive meus altos e baixos, mas agora eu sinto como se eu soubesse exatamente onde piso. A derrota para o Henderson foi ruim para mim naquele momento, mas também foi provavelmente a melhor coisa que já aconteceu na minha carreira. Isso soa como um clichê e algo que todos os combatentes sentem que têm a dizer, mas eu realmente acredito nisso.    "Eu já percebi que tenho algumas fraquezas e algumas coisas que precisam de melhorias, e que a derrota me mostrou que tipo de lutador posso ser. Ela me ensinou uma lição e me obrigou a ficar melhor. Eu sinto que sou um dos melhores lutadores na divisão, meu boxe é fantástico, o meu jiu-jitsu passou para o próximo nível e meu jogo em geral está muito melhor.    "Eu não estou fazendo isso de propósito, mas a maioria das vezes que faço um sparring eu acabo caindo ou derrubando o cara que está treinando comigo. Eu não estou tentando nocauteá-lo ou machucar ninguém - isso apenas acontece. Isso não é algo que costumava acontecer durante minhas sessões de sparring, mas agora estou plantando mais meus pés, usando o melhor os movimentos de cabeça, sendo mais preciso e acreditando nas minhas mãos".    Bisping certamente parecia muito melhor em maio, quando ele controlou Miller por três rounds no UFC 114. Ele estava com mais convicção em seus socos. Mesmo o combate tendo ido para a decisão, as marcas no rosto de Miller contavam o que tinha acontecido.    "Acho que a luta contra Miller apenas mostrou o quanto eu amadureci como lutador e como estou confiante nas minhas habilidades", lembrou Bisping. "Eu tenho muita experiência agora, e tenho estado envolvido em algumas lutas e eventos grandes, e toda essa experiência ajuda e elevar meu nível.    "Eu ainda acredito que sou melhor que alguns que me venceram, e a única razão pela, qual perdi foi porque cometi erros básicos. Virei a página contra o Miller e eu estou em busca de manter isso, parando Akiyama".    Bisping acredita que ele já viu o suficiente de Akiyama, tanto na derrota quanto em sua vitória apertada sobre Alan Belcher. Com as fraquezas do adversário sendo aparentemente sendo os pontos fortes do britânico, Bisping espera se tornar o segundo homem seguido a parar Akiyama, um lutador que só tinha sofrido anteriormente uma derrota em meia década.    "Em termos de pontos fracos, eu não acho que sua resistência é maior que a minha, eu sou maior e mais forte fisicamente, e estou definitivamente mais rápido. Eu também acho que tenho melhor técnica de boxe do que ele, apesar dele possuir um uppercut bom.    "Ele parece se cansar conforme a luta chega ao segundo, terceiro assalto, e isso é uma coisa ruim quando se enfrenta um cara igual a mim. Ele vai ficando sem técnica. Eu preciso manter a consistência e apenas ter certeza que estou aproveitando os erros que ele cometer".     Bisping é um homem mudado. Se a sua personalidade pode ter amolecido por coincidência, nos últimos meses, o seu estilo de luta está prestes a ficar muito melhor.    "Eu estou realmente focado em nocautear o Akiyama no dia 16 de outubro. Meu poder de nocaute está muito alto, eu mudei o meu estilo de luta e eu estou totalmente confiante de que vou nocautear o Akiyama. Eu fui para a decisão contra o Wanderlei e o Miller e tenho necessidade de derrubar alguém. Eu não vou apenas buscar por um nocaute técnico. Eu quero um nocaute em pé, e mostrar aos críticos que posso nocautear".    Isso é mais parecido com Bisping. Ele tinha feito um bom trabalho de não falar muito até agora, mas com certeza o fogo dentro de Michael 'The Count' Bisping ainda queima como antes.