O UFC 223 coroa o fim de uma das semanas mais loucas, intensas e dramáticas da história do Ultimate
O presidente do UFC, Dana White, resumiu o UFC 223 perfeitamente.
"Eu mal posso esperar pelo domingo", disse, na conferência de imprensa após o evento. "Estou feliz que isso tenha acabado."
O UFC 223 se tornou uma das semanas mais loucas e dramáticas da história do UFC. Desde o Media Day de quinta-feira, com Conor McGregor, até as aparentemente intermináveis trocas de oponentes de Khabib Nurmagomedov, nunca houve um momento de tédio no Brooklyn.
No entanto, depois de tudo isso, o evento faturou US$ 3 milhões, tornando-se o maior evento ao vivo na história do Barclays Center. White elogiou Nurmagomedov por permanecer no card e lutar contra quem o UFC pudesse colocar contra ele pelo título dos leves. Quatro lutadores diferentes foram considerados em algum momento na sexta-feira. No final, foi Iaquinta quem conseguiu a aprovação para salvar o evento principal do UFC 223.
Uma coisa que parecia certa toda semana era a segunda luta principal. Rose Namajunas estava pronta para provar que sua vitória no UFC 217 não foi acaso, e Joanna Jedrzejczyk parecia focada para recuperar o que ela acreditava ser dela. A revanche tornou-se uma presença estável para um evento incerto.
Esses são os pontos de discussão do UFC 223...
Khabib finalmente tem um cinturão
Depois de anos de infortúnio quando se trata de agendar a grande luta, Khabib Nurmagomedov finalmente entrou no Octógono com o cinturão em jogo. E o resultado foi o que muitos esperavam o tempo todo: domínio. Nurmagomedov superou Al Iaquinta no volume de golpes (172 x 43), e marcou cinco quedas apenas nos dois primeiros rounds.
Nurmagomedov mostrou até uma nova área do seu jogo. Com a luta claramente em seu controle após as parciais 1 e 2, "The Eagle" só garantiu uma queda nos três rounds finais, enfrentando Iaquinta em pé com um jab de esquerda implacável. Era quase como se quisesse provar para todo mundo que ele tem outro elemento dominante em seu jogo.
Missão cumprida.
"Me dê 30 minutos e eu posso lutar com qualquer um", disse Nurmagomedov no Octógono. "Tony, Conor, isso não importa".
Palavras confiantes do campeão que havia acabado de lutar cinco rounds pela primeira vez em sua carreira no UFC.
"Eu sou apenas melhor, cara"
Rose Namajunas levou o cinturão de Joanna Jedrzejczyk de maneira limpa e justa quando as duas se encontraram no UFC 217. Mas havia razões para acreditar que a campeã de longa data retomaria o título no sábado, no UFC 223.
Jedrzejczyk estava se solidificando como uma das melhores de todos os tempos e parecia subestimar Namajunas antes do UFC 217. E havia a questão do corte de peso, com Jedrezejczyk não atuando em 100%. Namajunas admitiu acreditar na última, "Eu sei que o corte de peso a afetou na primeira luta. Mas eu sou apenas melhor, cara."
Ela não deixou dúvidas no sábado. Rose dominou a ex-campeã nas duas primeiras rodadas. E quando as coisas estavam levando o caminho de Jedrzejczyk nos rounds 3 e 4, Namajunas respondeu com uma quinta parcial dominante - a primeira vez que ela foi a distância completa em sua carreira no UFC.
Jedrzejczyk havia desmantelado a maior parte da divisão a caminho de cinco defesas de título consecutivas. Com Namajunas provando ser superior, o céu é o limite para o seu legado na divisão.
E agora que a rivalidade com Jedrzejczyk acabou, qual o próximo passo para a estrela em ascensão? Outra lutadora no card tem um argumento muito forte ...
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De volta ao mix
O impressionante desempenho de Karolina Kowalkiewicz é um passo gigantesco na direção de uma disputa de título. Kowalkiewicz mostrou uma estratégia feroz, conectando vários golpes do clinch e não se incomodando com os contra-ataques de Felice Herrig. A vitória é a segunda seguida da polonesa, mas é seu currículo que garante uma boa chance ao title shot.
No UFC 205, ela deu a Jedrzejczyk um teste tão grande quanto qualquer outro durante a corrida histórica da ex-campeã. Mais importante, ela é a última lutadora a derrotar Namajunas. Jessica Andrade e Claudia Gadelha estão certamente na lista quando procuramos a próxima candidata, mas permitir que Namajunas vingue sua última derrota pode tomar precedente - o que é uma boa notícia para Kowalkiewicz.
Dê uma luta para esse cara
Não admira que Zabit Magomedsharipov tenha tido problemas para encontrar um adversário. Depois de uma surpreendente Luta da Noite contra Kyle Bochniak, o experiente russo disse que ninguém quer lutar contra ele. Agora sabemos o motivo. Magomedsharipov levantou a torcida com chutes na perna e tentativas de queda.
Ele permaneceu equilibrado, e fez parecer ser fácil evitar os ataques agressivos de Bochniak. Com um cartel 3-0 no UFC, e bônus em todas as aparições, fica claro que o peso-pena vai fazer barulho na divisão. Um confronto com Yair Rodriguez - que Magomedsharipov desafiou depois de sua vitória - seria uma disputa imperdível com dois dos mais brilhantes lutadores do UFC.
