Evento do último sábado ficará marcado como um dos maiores da história
O retorno de Georges St-Pierre ao octógono era a grande incógnita do UFC 217 no Madison Square Garden. Cody Garbrandt x TJ Dillashaw e Joanna Jedrzejczyk x Rose Namajunas eram garantias.
Mais UFC 217: Grandes vencedores | GSP: "Melhor noite da carreira" | Três vezes St-Pierre | Qual o futuro da divisão peso-palha? | Estrelas do MMA reagem à vitória de GSP | Personalidades comentam triunfo de Namajunas
Com GSP longe por quatro anos, o ícone canadense estava voltando a um cenário do MMA completamente diferente daquele em que ele dominou a divisão dos meio-médios. Estaria ele enferrujado? Seria inteligente subir para os médios? Aos 36 anos, teria o esporte o ultrapassado?
Demorou menos de um round para obter a resposta para estas três perguntas no sábado, já que St-Pierre confirmou o que havia dito antes da luta, de que sua melhor versão estaria em ação em Nova York. Ele conectou seu famoso ‘superman punch’ perto do fim do primeiro assalto, além de um chute rodado na cabeça de Bisping, para delírio do público no MSG.
No segundo, Bisping freou o bom momento de St-Pierre após GSP concluir apenas uma de suas três tentativas de queda. No terceiro, St-Pierre possivelmente consolidou seu status como o maior de todos os tempos com sua primeira vitória sem decisão dos jurados em quase uma década. Ele conectou um gancho de esquerda e castigou com o clássico ground and pound de GSP até que Bisping deu as costas, permitindo a “Rush” encaixar o mata-leão para a vitória.
“Não tenho palavras”, disse St-Pierre após se tornar apenas o quarto lutador na história do UFC a conquistar títulos em duas divisões diferentes. “Peguei esta luta para me desafiar e estou honrado por ser campeão novamente”.
Aqui estão os Pontos de Discussão do UFC 217
A estrela de St-Pierre brilha mais forte que nunca
Após duas disputas de título memoráveis no UFC 217, Georges St-Pierre foi recebido por uma empolgação do público reservada apenas para os maiores de todos os tempos. O barulho no MSG foi significativo quando ele entrou no octógono, e ainda mais alto quando finalizou Michael Bisping.
De volta e com outro título em sua coleção, St-Pierre começa o segundo capítulo de sua história lendária. Michael Jordan deixou o basquete após seus primeiros três títulos e em seu auge. O ícone do Chicago Bulls ainda era tão bom, e talvez ainda melhor, quando voltou para os três últimos títulos de sua carreira.
St-Pierre provou que ainda tem o que é preciso, e agora será divertido ver o que a história guarda para os fãs do UFC.
O reinado de Bisping deve ser aplaudido e valorizado
É difícil bancar o vilão. Bisping faz isso melhor do que ninguém na história do esporte. Mas fora as provocações nas coletivas de imprensa, com insultos e brincadeiras, o “Conde” tem sido uma jóia das artes marciais mistas por mais de uma década.
Bisping não recebeu nada de graça, e conquistou seu aguardado title-shot após trafegar pelos rankings do UFC por anos. Quando teve a oportunidade, ele aproveitou com um dos maiores nocautes da história das disputas de título.
É fácil não gostar de Bisping por causa de sua suposta arrogância, mas é igualmente simples respeitar a carreira de uma lenda que só será verdadeiramente valorizada quanto tiver partido.
A postura de Dillashaw ganhou o dia
A disputa pelo cinturão peso-galo entre Cody Garbrandt e TJ Dillashaw foi repleta de emoções. Ex-parceiros de treinos, cuja roupa suja foi lavada na televisão durante o The Ultimate Fighter, fizeram dessa colisão algo imperdível.
Dillashaw aprendeu com sua performance contra Dominick Cruz, quando ele perdeu o título em 2016. Então, ele ignorou as provocações, as acusações e insultos em geral vindo da Team Alpha Male e focou em sua missão: conquistar o cinturão perdido em uma decisão apertada para Cruz.
Esse foco, calma e resiliência o levaram ao nocaute sobre Garbrandt, dando a Dillashaw a primeira vitória na rivalidade pública entre os dois.
“Você pode dizer ‘novo’, mas para mim é ‘ainda campeão’, porque acredito que nunca perdi esse cinturão”, disse Dillashaw, “É ótimo tê-lo de volta e me diverti muito nessa luta. Sabia que ele tinha poder em suas mãos e ele me pegou durante a luta, mas sabia que eu conseguiria”.
Namajunas trabalhou para tirar a campeã
Valentina Shevchenko tem três vitórias no muay thai contra Joanna Jedrzejczyk, e ela provou ser a ajuda perfeita para a nova campeã peso-palha, Rose Namajunas. “Thug Rose” treinou com Shevchenko no Colorado e a especialista na trocação parece ter aparecido em Namajunas.
Na luta, Namajunas não perdeu tempo diminuindo o espaço para a normalmente ativa e precisa Jedrzejczyk. Ela estava confiante em sua trocação, dizendo que pensava que nocautearia Jedrzejczyk no terceiro round. Mas nem precisou de tanto.
“A promoção para a luta me mostrou muito”, disse Namajunas, “EM muitas maneiras, Joanna me mostrou como ser uma campeã, mas também mostrou como não se comportar como campeã. Espero que esta noite tenha mudado algumas opiniões dela sobre mim. Tenho muito respeito por ela e por todos os que entram no octógono e fazem isso”.
Ex-campeões brilham mesmo na derrota
Todos os três ex-campeões apareceram para a coletiva de imprensa após serem derrotados em Nova York no maior palco do esporte. Bisping, Garbrandt e Jedrzejczyk podem não ter mais o cinturão, mas provaram ter postura de campeões, mesmo na derrota.
Assine o Combate | Siga o canal do UFC no YouTube | Baixe o aplicativo do UFC
