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Exército brasileiro pronto para as batalhas no Texas

Cinco lutadores nacionais entram em ação no Fight Night San Antonio

Cinco lutadores brasileiros sobem ao octógono do UFC Fight Night San Antonio, sábado, nos Estados Unidos. O 'exército' brasileiro falou com o site do UFC sobre intenções, ambições, chances e possibilidades. Confira.

Após o nocaute embasbacante sofrido contra CB Dollaway, Cezar 'Mutante' Ferreira se diz pronto para correr atrás do prejuízo contra Andrew Craig. O revés ainda perturba o lutador.

“Fiquei doente três vezes naquele período, tive sinusite pesada. Meu corpo não estava na luta. Meu foco é o Craig agora, mas logo vou pedir revanche contra o CB, pode ter certeza disso”, disse.

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Fora do Top 15 da categoria da mesma forma que o adversário da vez, Mutante destaca o estilo moderno de luta como a grande virtude de Craig.

“Ele é da nova geração, vem ‘pronto de fábrica’. Wrestling forte e manda golpes inesperados. Estudei bastante a repetição dos golpes dele, e desenhei os treinos em cima disso”, endossou o brasileiro, que vislumbra terminar o ano na lista dos melhores da divisão.

“Pode ser batido aquele papo do ‘um passo de cada vez’, mas é exatamente isso. A derrota (para CB) atrasou os planos de terminar 2014 entre os dez melhores, é melhor prever ficar entre os 15”, disse.

Hacran Dias terá parada dura pela frente. Expert em finalizações, cria da Nova União e recuperado de ´seria lesão na mão direita, o lutador encara Ricardo Lamas, último desafiante derrotado pelo campeão (e parceiro de treinos) José Aldo.

“Tenho de ficar atento com os chutes e as entradas de guilhotina que ele sempre faz. Essas foram as dicas mais valiosas que o Aldo me passou”, disse Hacran.

O brasileiro sabe que uma vitória sobre o último contender pode alavancar o nome no ranking dos penas. Mas sabe que, mesmo com a motivação, é preciso ter cautela redobrada.

“Nem ligo muito pra essas coisas (ranking) por enquanto. Sei que ele virá para cima cheio de moral, mas tenho respostas pesadas para qualquer coisa que ele tentar. Vamos ver como meu jogo casa com o dele, e quem sai do octógono com a vitória”, afirmou.

Estreante da vez no Ultimate, Carlos Diego Ferreira está invicto há nove combates.O brasileiro radicado no Texas também se diz precavido com a possibilidade de ‘resetar’ a carreira com adversários mais complicados no UFC.

“Novidades sempre são bem-vindas. Ter a oportunidade de atuar pelo UFC é providencial para um cara de 29 anos como eu (risos). Esperei bastante por isso, e não vou deixar barato”, disse.

Ferreira enfrenta Colton Smith, que vem de duas derrotas consecutivas e luta para sobreviver no Ultimate. Para o brasileiro, a má fase do adversário pode funcionar como contrapartida.

“Ele virá com muito mais fome justamente por isso, ele precisa manter o lugar dele no UFC. O combate vai ser entre um estreante e um cara que não pode perder. Tem tudo para ser bom”, comentou o lutador.

Pronto para a terceira apresentação no UFC, Marcelo Guimarães retomou as origens. Após passagem conturbada nos meio-médios, voltou para a divisão até 84kg, a de origem, e enfrenta Andy Enz na noite texana.

“Aprendi que é preciso respeitar meu limite biológico. Perdia muita velocidade e potência, ficava com apenas 2% de gordura no dia da pesagem, o que é muito nocivo. Nos médios, me sinto melhor em todos os sentidos. Em qualquer esporte, o atleta tem de estar feliz para render melhor”, explicou.

Sem lutar há mais de um ano, o brasileiro confia em dois detalhes dos treinos para amenizar a falta de ritmo. “Meu condicionamento está melhor do que nunca. Desta vez busquei um trabalho psicológico também, para lidar melhor com adrenalina e ansiedade. O esporte hoje em dia exige todo e qualquer detalhe. Não dá para descuidar de nada”, afirmou.

Outro ás do jiu-jitsu que aposta pesado no MMA é Antonio Braga Neto. Também sem competir há mais de um ano em virtude de sucessão de lesões, o brasileiro confia em impor o jogo de alto nível no grappling contra o perigoso striker Clint Hester, que carimbou três vitórias seguidas na organização. 

'“Ele pode ser mortífero em pé e vem embalado, mas tem várias derrotas por finalização. Aí é que está meu ponto forte. Estou na 'ponta dos cascos' nos fundamentos no solo. Quero colocar em prática várias coisas novas”, colocou Neto, que vislumbra carreira extensa no Ultimate.

“Cara, quando entrei pela primeira vez para lutar foi a melhor sensação da minha vida. Não fico nervoso. Curto tudo, os bastidores, o clima. Definitivamente nasci para lutar”, disse.