Pular para o conteúdo principal
/themes/custom/ufc/assets/img/default-hero.jpg

Rafael Dos Anjos: 'Luta com Henderson vai ser uma aula de MMA'

Peso leve carioca confia em vitória sobre primeiro do ranking para garantir chance de título

A ambição é clara, mas a cautela é necessária. Rafael dos Anjos retorna ao octógono do UFC sábado, no Fight Night Tulsa, contra o primeiro colocado do ranking dos leves, Ben Henderson.

Bastante ativo nesta temporada - fará a terceira luta em pouco mais de quatro meses - o lutador carioca havia engatado sequência de cinco vitórias consecutivas.

Mas um revés para o russo Khabib Nurmagomedov brecou por ora as intenções de alcançar o topo O bom resultado seguinte - vitória por nocaute sobre Jason High -, porém, abriu caminho para outra disputa que pode colocá-lo na disputa direta pelo cinturão da categoria, em posse atual de Anthony Pettis.

Neste papo com o site do UFC, Dos Anjos comentou ambições, a rotina pesada de treinamentos e o que espera da nova chance cabal na carreira.

Mais um cara na sequência de ‘pedreiras’ em pouco mais de quatro meses, além do primeiro main event pelo UFC. A parte mental mereceu mais atenção neste desafio?
Com certeza, mas não fiz nada em especial. Acho que é consequência da rotina. Tenho treinado forte há muitos meses, e isso forja também a parte psicológica. Claro que tem muita coisa envolvida, toda a ansiedade por ser mais um momento crucial. Mas com esse dia-a-dia que tenho, lutar é a coisa mais natural que faço. 

Com esse curto espaço de tempo, foi preciso dosar mais o preparo para evitar o overtraining, mesmo tendo pela frente um ex-campeão?

Sim e não (risos). Na verdade, gosto sempre de puxar muito nos treinamentos, quanto mais próximo do real, melhor. Mas sempre tinha algum treinador atento e que pedia para eu 'tirar o pé' quando começava exagerar. Estou bem cansado, tinha planejado tirar um tempo de descanso, mas não tinha como recusar um compromisso desse porte. Pra gente que vive de lutar, ter chances assim é sempre motivo de festa.

Por falar em ex-campeão, a ideia de ir para o combate com esse pensamento na cabeça pode atrapalhar tudo.Você consegue dissimular isso?
A cautela tem de estar a '1000%'. Mas é sempre assim em todos os combates do UFC. (O desafio com Henderson) é o compromisso mais importante para minhas pretensões. 

Leia entrevista com os outros brasileiros em ação no Fight Night Tulsa

Qual o plano básico pra deter as tomadas de ritmo do Henderson? O atleticismo é o grande trunfo dele?
Ele não é o primeiro do ranking dos leves por acaso, foi um ex-campeão com muitos méritos. É polivalente ao extremo, tem aquele jeitão de lutar cadenciado, explode apenas nos momentos certos, e também está familiarizado com cinco rounds. Ele sabe bem como dosar o tempo, e precisa sempre da iniciativa para desenvolver o jogo. É aí que tenho de ficar atento e detê-lo.

O Henderson é criticado muitas vezes pelo excesso de resultados por pontos. Você concorda com isso?
A falta de potência é um grande defeito dele. Mas isso não torna menos perigoso, muito pelo contrário. É muito complicado enfrentar caras estratégicos e que mantém o controle das ações o tempo todo. Acho que timing e velocidade serão cruciais nesse desafio e foi nisso que foquei boa parte do camp.

Você começou no UFC temido pelo jiu-jitsu, depois criou um estilo sólido de striking. Esse compromisso contra um cara do calibre do Henderson é o momento certo de mostrar que seu estilo está totalmente amadurecido?
Cara, essa luta vai ser um festival de fundamentos. Certeza que vamos pro solo, certeza vamos trocar pesado e clinchar. Vai ser uma aula de MMA. Podem esperar por isso.