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RDA ignora provocações de Covington: "Bullying não funciona comigo"

Brasileiro e norte-americano disputam cinturão interino dos meio-médios no UFC 225


Escalado para enfrentar Colby Covington pelo cinturão interino dos meio-médios no UFC 225, dia 9 de junho em Chicago, o brasileiro Rafael dos Anjos não pretende se engajar na guerra verbal promovida pelo norte-americano.
Em conversa com a reportagem do UFC Brasil, o ex-campeão dos leves disse acreditar que as ofensas ao Brasil e a ele próprio não passam de um “personagem” que Covington está tentando criar para se promover, e garantiu que esse tipo de atitude não o atinge.
“Sou nascido e criado na ‘Magnólia brasileira’, no bairro do Fonseca, esse negócio de bullying não funciona comigo não. As coisas que tinha na minha juventude, não vai ter igual”, disse Rafael, “A palhaçada é tudo o que ele tem para fazer, esse momento para conseguir a fama dele. Deixa ele fazer besteira, vou deixar ele ocupado tentando fazer um personagem. Eu estou preocupado em fazer o meu trabalho”.
“Sou envolvido com artes marciais há muitos anos e minha base toda é do jiu-jítsu, então as coisas que aprendi são respeito ao adversário, à hierarquia”, continuou o brasileiro, “Não sei como é no wrestling. Esse trash talk está dominando o UFC, os caras acham que conseguem ter mais fama, visualização falando besteira, desrespeitando, falando mal do país das pessoas. Ele assumiu essa linha, mas prefiro respeitar e tenho a minha forma de fazer meu trabalho”.
Apesar de não concordar com o comportamento do atual terceiro colocado na divisão, RDA, que está uma posição acima na categoria, enxerga as qualidades de Colby como lutador, e sabe que terá um adversário duro pela frente no dia 9 de junho.
“É um cara forte, tem poucas lutas, está mais fresco no UFC. É um wrestler de muito alto nível, o Demian (Maia) tem umas quedas muito boas e não conseguiu derrubá-lo”, disse Rafael, citando a vitória mais recente do norte-americano, em outubro, “É um bom lutador, tem um striking decente, mas acho que o ponto forte dele, o wrestling, é o que ele vai tentar - me agarrar, me derrubar”.
Perto de conquistar seu segundo cinturão, o atleta de 33 anos, que completa em 2018 uma década competindo pelo Ultimate, e fará no UFC 225 sua 25ª luta pela organização, olha para sua carreira com muito orgulho.
Se vencer Covington, Rafael será apenas o quinto atleta a se sagrar campeão em duas divisões do UFC, se juntando a BJ Penn, Randy Couture, Conor McGregor e Georges St-Pierre. E ele tem noção da magnitude deste feito.
“É um sonho realizado; eu sair de onde saí, graças a Deus consegui ser o primeiro não-americano a ser campeão em uma categoria dominada por americanos durante anos, o peso-leve. Mudei de categoria e estou chegando em outro cinturão, para mim é muito gratificante, é fruto do trabalho feito ao longo de anos. Não é uma coisa que começou ontem, mas há mais de 10 anos”, disse.
Entretanto, este não será o objetivo final. Conquistar o título interino será motivo de grande orgulho para o niteroiense, mas ele sabe que uma categoria não pode ter dois campeões e, caso vença Covington, voltará sua mira para o detentor do cinturão linear, Tyron Woodley, que, segundo o brasileiro, não terá mais para onde fugir.
“O Tyron Woodley vai ter que esperar por mim. Ele acha que todo mundo tem que esperar por ele, que é um cara que defendeu o cinturão três vezes em um ano e agora pode ficar mais de um ano sem defender. Você não pode estar bom para lutar com um cara e não com outro. Ou você está machucado, ou não está”, criticou Rafael, “Isso não faz sentido, mas é o que ele estava fazendo. Queria lutar com Nate Diaz, GSP, outros caras. Passando essa luta, ele vai ter que esperar por mim”.
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