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Moicano admite torcida por Holloway no UFC 223: "Não foge do desafio"

Brasileiro também compete neste sábado, enfrentando Calvin Kattar pelo peso-pena


Em julho de 2017, o brasileiro Renato Moicano fez contra Brian Ortega um duelo de promessas então invictas do peso-pena, que terminou com o norte-americano vencendo por finalização no terceiro assalto, após dois rounds e meio de extremo equilíbrio.
A partir de então, os dois lutadores seguiram caminhos distintos: Ortega fez mais duas lutas, liquidou os veteranos Cub Swanson e Frankie Edgar e se consolidou como o primeiro colocado no ranking da categoria.
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Moicano, que saiu lesionado do octógono na ocasião, com uma fissura na face, está fora de ação desde então, mas somente até o próximo sábado (7), quando enfrentará Calvin Kattar no UFC 223, tentando deixar para trás, definitivamente, a primeira e única derrota de sua carreira.
“Foi muito difícil num primeiro momento, no primeiro, segundo dia. Mas depois que parei para analisar e pensar sobre isso, me senti bem melhor”, disse Moicano em conversa com a reportagem do UFC Brasil sobre o revés, antes de ressaltar que o sucesso de Ortega, para ele, não foi nenhuma surpresa.
“Eu esperava isso. Quando soube que ele ia lutar com o Cub Swanson, esperava que ele fosse vencer - só não tão rápido”, disse o brasileiro, “E com o Edgar foi a mesma coisa, porque o jogo em que ele é muito forte é o jogo que o Edgar gosta de fazer, que é levar para baixo. Só não esperava que fosse um nocaute daquele, mas ele é um grande atleta”.
Os impressionantes resultados recentes de Ortega certamente minimizaram o peso da derrota de Moicano - o que não significa que o brasileiro, que se preparou para o compromisso deste sábado pela primeira vez na American Top Team, não está ansioso para virar a página.
Neste sábado, ele terá pela frente outro embalado e promissor adversário. Kattar está invicto há mais de oito anos e tem duas vitórias em duas lutas no octógono, sendo a mais recente sobre Shane Burgos por nocaute técnico no último mês de janeiro.
“Ele é um atleta bom e está mostrando serviço na organização”, analisou Moicano, “Venceu dois caras bons, que não estavam rankeados mas eram de bom nível, e venceu bem. Acredito que é uma luta que faz sentido”.
Na torcida por Max Holloway
Moicano e Kattar se enfrentam na última luta do card principal do UFC 223 antes das duas disputas de cinturão que lideram o evento.
Na última luta da noite, o atual campeão da categoria deles, Max Holloway, busca seu segundo cinturão desafiando Khabib Nurmagomedov pelo título dos leves. E o brasileiro não esconde sua torcida.
“Acho que a luta para ele (Holloway) é muito difícil, porque é o Khabib. Se a gente for botar no papel, a chance de o Khabib passar por cima é muito grande, mas vou estar torcendo para ele, porque parece ser um cara bastante gente boa, além de ser um cara que não foge de nenhum desafio”, disse, “A gente viu isso contra o Aldo, ele venceu e logo depois deu a revanche imediata, achei muito bacana da parte dele. E aceitar essa luta contra um cara como o Khabib em uma semana mostra o quão bom ele é. Espero que ele vença”.
Além da simpatia para com o havaiano, Moicano também sabe que uma possível vitória de Holloway poderia deixar o campeão mais tempo longe da divisão até 65,7kg, o que abriria portas para outros atletas - como ele próprio.
“Se ele vencer, acho que a categoria fica mais aberta ainda, porque acho que, vencendo agora, ele não botaria o cinturão do peso-pena em jogo tão rápido”, previu o brasileiro, “Ele vai esperar um tempo, talvez fique nos 70kg. Realmente não sei o que vai acontecer, mas acho que caso ele vença, a categoria pode ficar mais aberta para o pessoal que está no Top 15”.