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Retrospectiva de fim de ano - UFC 168

Relembre os melhores últimos eventos do ano na história do Ultimate

No dia 30 de dezembro, o tradicional último evento do UFC do ano acontece na T-Mobile Arena em Las Vegas, com Cris Cyborg defendendo o cinturão peso-pena pela primeira vez contra a ex-campeã peso-galo Holly Holm na luta principal do UFC 219. Para nos aquecermos para o último evento de 2017, vamos lembrar os cinco melhores eventos que fecharam anos anteriores. Hoje é a vez do UFC 168, liderado por duas revanches que cativaram o mundo do MMA.
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UFC 168: Weidman x Silva 2
28 de dezembro de 2013
MGM Grand Garden Arena
A revanche… não há nada como ela no mundo dos esportes de combate, simplesmente porque as questões que a envolvem são infinitas. Teria sido a primeira um golpe de sorte? O que fez o perdedor da primeira luta para mudar o resultado na segunda? Que forças externas atuaram no resultado de cada luta? Estaria o vencedor da primeira luta confiante demais para a segunda?
Nem precisaria dizer, mas havia muitas coisas para falar sobre o UFC 168, porque não havia apenas uma revanche no fim da conta, mas duas.
Na luta principal, Chris Weidman buscava repetir a chocante vitória sobre o ícone brasileiro Anderson Silva e, na co-principal, era Ronda Rousey continuando as hostilidades com Miesha Tate.
No papel, mas lutas eram opostos, mas igualmente intrigantes. Weidman e Anderson não tinham rivalidade entre si, mas o mundo queria saber se Anderson ainda era o “Spider”, ainda era capaz de controlar a divisão que dominou desde 2006. Na primeira luta entre eles, cinco meses antes, Anderson baixou a guarda para provocar e o norte-americano aproveitou, nocauteando o brasileiro, tomando o cinturão dos pesos-médios e causando sua primeira derrota como lutador do UFC. Então alguns acreditavam que Weidman teve sorte, tirando vantagem de um erro bobo do campeão. Weidman não comprou esse discurso, e tinha mais cinco rounds para mostrar que era o verdadeiro rei dos médios.
Já na luta co-principal, Ronda Rousey era a estrela absoluta do MMA feminino e a rainha da divisão peso-galo, apesar de feito apenas uma luta no octógono. Mas entre sua vitória sobre Liz Carmouche e sua luta no UFC 168, ela e Tate estavam nas salas de todo o país como treinadoras rivais no The Ultimate Fighter. E se a primeira luta entre elas em 2012 (vencida por Rousey) não fosse suficiente para evitar que elas trocassem cartões de Natal, seis semanas em Las Vegas certamente foram. Então, se Weidman e Anderson não tinham nenhuma rixa pessoal, Rousey e Tate tinham de sobra, completando um par de combates que todos queriam ver. Eis aqui como descrevemos as duas lutas em Vegas naquela noite.
WEIDMAN X SILVA 2

A aguardada revanche entre o campeão peso-médio Chris Weidman e Anderson Silva teve um fim abreviado na noite de sábado no MGM Grand Garden Arena, quando uma lesão na perna esquerda de Anderson obrigou a interrupção no segundo round da luta principal do MGM Grand Garden Arena.
“Ele ainda é o maior de todos os tempos”, disse Weidman, que foi premiado com a vitória por nocaute técnico no segundo round em uma luta que estava se transformando em um clássico antes de seu final repentino.
Foi uma noite de acontecimentos surreais, que começou com Anderson entrando no octógono pela primeira vez desde 2006 contra Rich Franklin como desafiante ao cinturão peso-médio. Mas quando ele atravessou o portão, foi como se estivesse em casa novamente. No entanto, ele teve que esperar pelo campeão, e as vaias receberam o norte-americano, cuja música de entrada, “I Won’t Back Down”, de Tom Petty, era mais do que apropriada conforme ele se preparava para enfrentar o Spider pela segunda vez.
Ele não se intimidou, encontrando Anderson no meio do octógono, disparando um chute frontal e aplicando uma queda com menos de 30 segundos de luta. Anderson se levantou rapidamente, mas com Weidman grudado nele. Anderson disparou joelhadas, mas o campeão respondeu com uma direita que derrubou o brasileiro. Weidman disparou uma chuva de golpes no chão buscando finalizar a luta, mas Anderson absorveu os golpes e tentou trabalhar por baixo enquanto o norte-americano se mantinha ocupado. Anderson conectou alguns golpes mesmo embaixo, fazendo o campeão sangrar, mas o gongo soou e o round foi claramente de Weidman.
Anderson abriu o segundo round com um chute baixo, claramente buscando frear o avanço de Weidman enquanto começava a entrar no ritmo com sua trocação. Weidman respondeu com um chute no corpo, e quando Anderson disparou outro chute baixo, Weidman defendeu e a perna de Anderson quebrou. O brasileiro imediatamente caiu no tablado, e o árbitro Herb Dean interrompeu na marca de 1m16s, em um resultado estranhamente reminiscente da idêntica lesão de Corey Hill em 2008 na luta com Dale Hartt. Hill conseguiria se recuperar e voltar a lutar, mas era obviamente cedo demais para dizer se o mesmo aconteceria com o lendário futuro membro do Hall da Fama.
ROUSEY X TATE 2

Ronda Rousey consegue lutar por mais de cinco minutos. Após sete vitórias no primeiro round em suas primeiras sete lutas profissionais, ela chegou ao terceiro assalto na noite de sábado no MGM Grand Garden Arena, mas o resultado foi o mesmo na luta co-principal do UFC 168, com a campeã derrotando sua rival Miesha Tate com uma chave de braço e defendendo o cinturão peso-galo.
“Não tenho desculpas”, disse Tate, que perdeu seu título do Strikeforce para Rousey em 2012 e foi sua treinadora rival no TUF 18, “Ela foi a melhor lutadora essa noite”.
Mas Rousey teve que cavar fundo para conquistar a vitória, enfrentando um esforço espirituoso de Tate.
Após uma trocação franca no início da luta, Rousey encurtou a distância e engajou com Miesha. A desafiante conseguiu evitar a queda, mas absorveu alguns duros golpes encurralada contra a grade. Momentos depois, o combate foi para o chão, e Tate buscou um triângulo, defendido por Rousey. As duas se embolaram e Tate conseguiu aplicar sua própria queda, mas Rousey trabalhou por baixo e dessa vez foi ela quem tentou um triângulo enquanto desferia socos contra a rival. Pouco antes da marca de dois minutos, Tate escapou, as duas se levantaram, Tate conectou vários golpes duros até que Rousey se aproximou e a levou para o chão. Rousey buscou sua marca registrada, a chave de braço, mas Tate se livrou, levantou, e foi derrubada novamente. Em seguida as duas se levantaram novamente e Rousey prendeu Tate contra a grade até o final do assalto - a primeira vez que Rousey lutou um round inteiro em sua carreira.
Tate sorriu para Rousey antes do início do segundo assalto, ciente de que sua oponente estava entrando em um território desconhecido, e sua confiança estava evidente quando ela conectou chutes em Rousey no início. Mais uma queda poderosa colocou Ronda de volta no controle, mas Tate escapou novamente. Desta vez, Rousey colocou Tate de volta para baixo imediatamente, e mesmo com o público gritando “Miesha, Miesha”, Rousey conseguiu evitar os ataques de Tate prendendo-a contra a grade, desacelerando as coisas antes de nova queda. Desta vez, Rousey fez maior esforço para assegurar a chave de braço, mas a resiliente desafiante não cederia, mesmo quando pega com menos de 90 segundos para o fim. Rousey não abriu mão da posição e aplicou mais alguns golpes até o soar do gongo.
Rousey saiu do corner com a boca aberta para o terceiro round, mas ainda foi capaz de colocar Tate na grade e segurá-la lá até conseguir a queda. No chão, Rousey rapidamente aplicou sua chave de braço, desta vez com sucesso, com Mario Yamasaki interrompendo a luta na marca de 58 segundos. Tate imediatamente estendeu sua mão para Rousey ao final do combate, mas a campeã deu as costas, deixando claro que a rivalidade não havia terminado e atraindo vaias do público.
Mas não importou. Mais uma vez, sua luta teve a palavra final.
Com a vitória, Rousey vai para 8-0; Tate cai para 13-5.
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