Ainda sem poder treinar, peso-médio fala sobre fase atual e possível retorno
É comum ver lutadores brasileiros fazendo as malas e partindo para outros países em busca de novas técnicas e rotinas de treinamento. Mas não foi exatamente o MMA que motivou Ronaldo Jacaré a levar a família para passar alguns meses na Flórida (EUA).
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Pai de três crianças, o peso-médio pensou em como morar em outro país, mesmo que não de forma definitiva, influenciará no futuro dos pequenos. Ele falou a respeito em entrevista com a reportagem do UFC Brasil.
"Estou dando aos meus filhos a oportunidade de falarem duas línguas, de conhecerem uma cultura diferente. Estou gostando, aqui as coisas funcionam direitinho, parece um relógio. É bem legal ter a oportunidade de viver essa outra cultura também. Estou feliz", disse.
"Estou me adaptando bem, até porque tem muitos brasileiros aqui. O Brasil é uma terra tão bonita, tão legal, e naturalmente a gente sente saudades, mas estamos bem aqui, melhor do que esperava. Nem a comida está muito diferente! Tem um mercado brasileiro aqui do lado, eu posso comprar feijão brasileiro, arroz brasileiro. Está tudo indo muito bem".
Se as coisas estão em paz no lado pessoal, o ritmo está menos acelerado no profissional. Em abril, depois da derrota para Robert Whittaker, Jacaré passou por uma cirurgia para corrigir uma ruptura no músculo peitoral e, apesar de frequentar a academia, ainda não pode treinar com força total.
"É bem frustrante, porque queria fazer treinos fortes e isso me deixa triste. Sou um cara que gosta de movimento. No fim de outubro meu médico vai passar por aqui e dar uma olhada para me liberar".
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Em uma recente entrevista ao portal "MMA Fighting", o empresário de Jacaré, Gilberto Faria, declarou que gostaria de ver o brasileiro retornando contra o ex-campeão Chris Weidman. O duelo agrada Jacaré, que listou também outros nomes para a sua volta.
"Faz bastante sentido. A gente nunca lutou, é uma luta que tem apelo de mídia, mas também acho que Romero, Rockhold, até mesmo o Whittaker (têm apelo). Eu dei a chance do Whittaker lutar comigo quando ele não merecia. Agora seria bom se ele me desse essa oportunidade de lutar com ele. Ainda estou no topo da divisão dos médios", disse, sem esquecer que ainda precisa se recuperar totalmente antes de voltar ao octógono.
"Tenho que voltar a treinar primeiro para poder falar 'posso lutar tal dia, o que vocês têm para mim nessa data?'".
Aguardamos ansiosamente.
