Pular para o conteúdo principal
/themes/custom/ufc/assets/img/default-hero.jpg

Ryan Bader: O estraga prazer

"Acredito que sou perigoso em qualquer lugar, e sinto que estou chegando onde preciso estar.”  - Ryan Bader

UFC light heavyweight Ryan BaderRyan Bader não dá muita bola se você o chamar de zebra indo para a luta principal desde noite no UFC Fight Night Combate contra Glover Teixeira. Mas não faça parecer como se todos os brasileiros do card só precisassem aparecer em Belo Horizonte para conseguir a vitória. É este tipo de coisa que faz Bader não só ficar empolgado para vencer, mas também acabar com os planos de Glover por uma chance ao título.

“Eu gosto de ser a zebra porque mantem a pressão longe e me liberta basicamente”, ele explica. “É quando eu luto melhor. Mas o que realmente me irrita é quando as pessoas começam a falar desta luta como se nós não fossemos realmente lutar, como uma luta dada, com ele falando sobre lutar com Jon Jones e Jones falando sobre lutar com Glover mesmo com os dois tendo lutas antes. E os fãs estão falando sobre a chance ao cinturão com Glover e como será sua luta contra Jon Jones. Mas ele tem uma luta dura no dia 4 de setembro e vou lá vencer. Vou vencê-lo para que todo esse falatório seja por nada.”

E Bader tem tudo para vencer. Por sorte, chega em uma hora onde parece que seu tempo de aprender já acabou. Não em um sentido de luta, mas de um modo que o homem de 30 anos já experimentou todas as outras coisas no mundo da luta que não aparecem em uma vitória ou em uma derrota. Ele já lutou no Japão, Austrália e agora Brasil, já esteve em turnês de imprensa, já foi vaiado e enfrentou os desafios que apareciam quando se luta com ícones do esporte. Esta noite, fora do Octógono, o pior oponente que ele terá que encarar será a multidão, e ele sabe, mas não está preocupado. Não mais.

“Eu fui vaiado um pouco na luta contra Tito Ortiz, e no Japão quando lutei com Rampage, e mesmo sendo uma multidão mais silenciosa, eles estavam vaiando bem alto quando saí”, ele disse. “Acho que já superei isto. Eu estou nesse jogo a tempo suficiente para aguentar pessoas falando besteiras para mim no twitter e em redes sociais, fiquei mais duro agora. Sei que serei vaiado na arena e que haverá cantos e essas coisas, tive esta experiência quando os americanos lutaram com os brasileiros no Rio quando eu estava aqui. É assim. Só espero que não afete os jurados.

Ou melhor, que tal não envolver os jurados de maneira nenhuma, já que Bader gostaria muito de uma finalização espetacular em um homem que não tem sido finalizado desde sua estreia em 2002. Duvida que Bader consiga? Ele não duvida, já que ele não é mais somente um wrestler com força.

“Eu trabalhei duro para evoluir”, ele disse. “Quando cheguei, eu era puramente um wrestler com um cruzado de direita. Eu batia forte e era só isso. Mas adquiri habilidades, fui para a academia e me empenhei. Tive uma luta rápida com o Matyushenko, então sinto que isto não mostrou meu verdadeiro potencial em uma luta ainda e gostaria de fazer isto nesta luta. Temos todo o tempo do mundo com esses 5 rounds e sinto que cresci muito na minha trocação e no meu jiu jitsu em relação a ser mais eficaz e mais técnico, e acredito que sou perigoso em qualquer lugar, e sinto que estou chegando onde preciso estar.”