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Mais experiente, Ryan Bader quer se divertir em revanche com Minotouro

Meio-pesados fazem a luta principal do UFC em São Paulo, em 19 de novembro


Ryan Bader estava curtindo férias no Havaí e comemorando o aniversário de sua esposa quando o telefone tocou. Alexander Gustafsson havia se machucado, e Rogério Minotouro precisava de um novo oponente para liderar o card do UFC em São Paulo, em 19 de novembro.

Não fazia muito tempo que Bader havia lutado, e a vontade de voltar logo ao octógono era grande. Por que não? Desafio aceito.

O duelo tem história. Em 2008, quando venceu a oitava edição do The Ultimate Fighter, Bader fazia parte do time comandado por Rodrigo Minotauro, irmão gêmeo do oponente. Em 2010, o norte-americano venceu Minotouro por decisão unânime no UFC 119.

Desde então, muitas coisas mudaram. Bader aponta que, naquela primeira ocasião, ficou nervoso ao se deparar com o "primeiro grande nome" que enfrentou na carreira, e admite que não se sentia nada confortável na luta em pé, especialmente contra um adversário habilidoso no boxe. Agora, além da evolução técnica, "Darth" aposta no amadurecimento emocional para superar mais uma vez o brasileiro.

"Estava tão focado em conseguir um title shot, que só pensava em vencer a qualquer custo. Isso me fazia lutar de certa maneira, correr certos riscos. Sou capaz de me divertir agora, e isso significa que estou livre ali dentro. Não me importo tanto em ganhar ou perder, mas sim em lutar de acordo com meu potencial. Se faço isso, tenho mais chances de vencer do que se entrar com o único propósito de ganhar. Agora consigo ficar relaxado na semana da luta. Não fico tão nervoso, me divirto e aproveito todo o processo", disse o atleta em conversa com jornalistas no Rio de Janeiro.

Relaxar pode ser justamente uma das ferramentas fundamentais para vencer no Brasil. Afinal, a torcida do país é conhecida por colocar pressão extra nas costas dos estrangeiros que enfrentam os atletas da casa. Bader, no entanto, conta com a experiência de quem já passou por isso antes, já que enfrentou Glover Teixeira em Belo Horizonte (MG) em 2013.

"Minha preparação é na experiência. O público no Brasil é apaixonado, apoiam os lutadores da casa. Sei que não vão torcer por mim, mas vou usar isso como combustível para conseguir a vitória. Para mim, se tiver paixão e energia, não importa se é para mim ou contra mim, eu me alimento disso. Adorei lutar no Brasil, gostei da interação com os fãs, apesar de eles estarem do lado do Glover, havia muitas pessoas legais. Foi definitivamente uma experiência legal", disse. O norte-americano foi nocauteado na ocasião.

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Vindo de uma vitória impressionante por nocaute sobre Ilir Latifi no UFC Hamburgo, em setembro, Bader ocupa atualmente o quarto lugar do ranking dos meio-pesados. Com Anthony Johnson escalado para enfrentar o campeão Daniel Cormier, Glover vindo de derrota e Gustafsson lesionado, o veterano não descarta a possibilidade de lutar pelo ouro em breve.

"Eu sempre acredito que estou a uma luta do title shot. Sou um dos melhores, e só preciso bater um daqueles caras do top 3. Sempre acredito em mim".