Top 10: As melhores lutas de novembro no UFC

Esta é a melhor época do ano se você é um fã de lutas.
Independentemente do que os 10 primeiros meses do ano trouxeram, os últimos dois sempre tendem a ter grandes eventos e muitas estrelas em ação. Este mês não será diferente, e terá um grandioso card no Madison Square Garden dando a largada para uma maratona de quatro eventos em quatro semanas.
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Sem mais delongas, confira uma seleção das melhores lutas deste mês.

UFC 217: Bisping x GSP - Sábado, 4 de novembro, Nova York
Stephen Thompson x Jorge Masvidal
Esta não apenas é uma luta entre dois meio-médios Top 5, e uma batalha para ver qual deles se mantém próximo de uma disputa de título, mas também um duelo estilístico, porque com ambos em busca da vitória, a hesitação que eles mostraram em suas lutas mais recentes deve ficar no passado.
Na última vez em que Thompson pisou no MSG, ele vinha de sete vitórias consecutivas e lutava pelo cinturão dos meio-médios. Desta vez, o “Wonderboy” busca voltar à velha forma após duas lutas com o campeão. Após começar o ano com vitória sobre Donald Cerrone, Masvidal foi superado em decisão dividida por Demian Maia, o que freou sua escalada na categoria, e agora ele tenta recuperar o bom momento.
Será Masvidal capaz de usar seu afiado contra-ataque para pegar Thompson, ou será que o carateca conseguirá entrar, bater e sair sem que o atleta da American Top Team lhe cause danos?
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Joanna Jedrzejczyk x Rose Namajunas - pelo cinturão peso-palha do UFC
Até alguns dias atrás, não parecia haver muita tensão entre essas duas, mas então a campeã e a desafiante esquentaram as coisas na conferência telefônica da última semana e a animosidade para o duelo cresceu consideravelmente.
Jedrzejczyk é um dos maiores talentos do esporte; uma competidora voraz, tecnicamente brilhante e experiente. Namajunas é uma atleta nata que ainda está em desenvolvimento após ser cercada de expectativa desde o início de sua carreira. Enquanto Jedrzejczyk parece melhorar com a energia do público, Namajunas é uma competidora fria que está apenas começando a atingir seu potencial.
Cada performance de cada uma das duas no octógono até hoje foi elétrica e o casamento entre elas deve produzir algo especial.
Cody Garbrandt x TJ Dillashaw - pelo cinturão peso-galo do UFC
Isso é muito mais do que um confronto entre campeão e desafiante.
Estes amigos que se tornaram rivais tem contas a acertar no octógono. Este é o duelo entre um ex-campeão buscando retomar seu posto no topo da divisão e um confiante campeão que ainda precisa consolidar seu lugar. Ele é uma possível super-estrela buscando a primeira de muitas defesas de título e faminto para dar o primeiro passo rumo à dominação do mundo.
Garbrandt teve uma das performances mais chocantes de 2016 em sua vitória em cinco rounds sobre Dominick Cruz no UFC 207, mas está de molho desde então, enquanto Dillashaw se recuperou da perda do cinturão para Cruz com triunfos impressionantes sobre Raphael Assunção e John Lineker. Ambos são versáteis, agressivos e nenhum deles quer que este duelo seja equilibrado.
Não fique surpreso se estes pesos-galo roubarem o show no sábado.
Michael Bisping x Georges St-Pierre - pelo cinturão peso-médio do UFC
Apesar de o vencedor sair com o título dos médios, parece que há mais em jogo nesta luta do que o cinturão que Dana White entregará ao final da noite.
Bisping não está apenas lutando para manter seu lugar no topo da divisão dos médios, mas uma vitória lhe deixará isolado como o maior vencedor da história do UFC e será a terceira sobre lendas do esporte. Ela também, talvez, lhe dará o respeito que ele merece por uma carreira fantástica.
Para St-Pierre, esta é a chance de adicionar mais um feito ao seu já impressionante currículo. Com uma vitória, ele se tornará o quarto homem a conquistar cinturões do UFC em diferentes categorias, empatará com Bisping com o maior número de vitórias na organização e chegará ao 13º triunfo consecutivo, apenas três atrás do recorde de Anderson Silva.
Mesmo sem as implicações históricas, está é uma grande luta e será um interessante jogo de xadrez entre dois candidatos ao Hall da Fama do início ao fim.
UFC Norfolk: Poirier x Pettis - sábado, 11 de novembro
Tatiana Suarez x Viviane Pereira
Deixe-me começar dizendo que há muitas grandes lutas neste card que poderiam ter entrado nesta lista em um mês menos concorrido, mas já que posso apenas listar 10 lutas, este duelo entre pesos-palha em ascensão é uma das duas deste evento que gostaria de destacar.
Pereira conquistou, de maneira quieta, duas vitórias no UFC, aumentando seu cartel para 13-0. A brasileira de 24 anos superou a ex-desafiante ao cinturão Valerie Letourneau em sua estreia na organização e em seguida passou por Jamie Moyle no último mês de junho. Com mais uma vitória, “Sucuri” certamente entrará para o ranking e enfrentará adversárias mais consolidadas.
Competindo pela primeira vez desde a vitória no TUF 23, Suarez tem potencial para lutar pelo título, com uma luta agarrada de primeira linha e experiência competindo sob pressão. Apesar de ela estar apenas começando sua carreira no MMA, a lutadora de 26 anos tem o tipo de pedigree que pode fazê-la escalar rapidamente os rankings.
Dustin Poirier x Anthony Pettis
Os ex-WEC lideram a primeira edição do UFC em Norfolk em um duelo de veteranos que buscam seguir em frente na competitiva divisão dos leves.
Após rápida passagem pelo peso-pena, Pettis voltou à categoria da qual foi campeão com vitória sobre Jim Miller em julho, sua primeira no peso desde a defesa de cinturão sobre Gilbert Melendez no UFC 181. Focado em somar outro triunfo, Pettis tem uma grande oportunidade para mostrar que é capaz de voltar ao topo da divisão.
Poirier também conquistou vitória sobre Miller recentemente, superando o veterano em fevereiro antes de sua luta com Eddie Alvarez no UFC 211 terminar de forma polêmica. Com essa rivalidade em espera, o “Diamante” vai em busca da maior vitória de sua carreira e do tipo de performance que pode aproximá-lo de uma disputa de título.
UFC Sydney: Werdum x Tybura - sábado, 18 de novembro
Bec Rawlings x Joanne Calderwood
Ignore seus resultados recentes, porque após anos competindo no peso-palha, Rawlings e Calderwood finalmente terão a chance de competir no octógono pelo peso-mosca e certamente estarão em suas melhores formas para esta luta.
Calderwood já mostrou do que é capaz competindo pelo peso-mosca no UFC, vencendo Valerie Letourneau quando elas se enfrentaram neste peso no Canadá. Essa performance mostrou uma Calderwood agressiva e ofensiva, e não há por que imaginar que será diferente desta vez.
Como sua companheira de TUF 20, Rawlings teve resultados alternados no peso-palha, vencendo Lisa Ellis e Seohee Ham antes de derrotas consecutivas para Paige VanZant e Tecia Torres. A duríssima australiana deve estar motivada para encerrar esta sequência negativa em sua terra natal.
Com a divisão perto de ter uma campeã inaugural, a vencedora desta luta pode se juntar a Mara Romero Borella à frente da perseguição pelo título.
Fabricio Werdum x Marcin Tybura
Após voltar a vencer ao finalizar Walt Harris no UFC 216, Werdum foi escolhido para substituir Mark Hunt contra Tybura.
Depois de uma performance incomum contra Alistair Overeem no início deste ano, muitos se perguntaram sobre o que o futuro reservava para o ex-campeão peso-pesado. Apesar de sua vitória sobre Harris não oferecer tantas respostas, este é o tipo de confronto que pode mostrar se uma nova disputa de título está no futuro do brasileiro.
Entrando na melhor forma de sua carreira no UFC, Tybura tem a chance de se consolidar como um possível desafiante caso vença Werdum. Sólido em todos os aspectos do jogo, o polonês de 31 anos tem trabalhado na Jackson-Wink MMA e já mostrou evolução em suas quatro lutas no octógono.
Se conseguir bater o ex-campeão, Tybura pode se ver a uma luta de um title-shot em 2018.
UFC Xangai: Silva x Gastelum
Zabit Magomedsharipov x Sheymon Moraes
O vencedor desta luta deve ser adicionado à lista de talentos em ascensão para observarmos na equilibrada divisão peso-pena.
Parceiro de treinos de Frankie Edgar, Magomedsharipov conquistou um bônus de Performance da Noite em sua vitória por finalização sobre Mike Santiago em sua estreia no octógono, em setembro. Amparado por uma forte equipe que é só elogios ao atleta de 26 anos, o russo tem a chance de se catapultar aos rankings em caso de nova boa apresentação.
Moraes não fica para trás, também vem de uma forte equipe (Blackhouse), e também tem um currículo impressionante, tendo vencido nove de suas 10 lutas, com a única derrota de sua carreira para o peso-galo Top 10 Marlon Moraes (de quem não é parente). O atleta de 27 anos se reabilitou da derrota com vitórias sobre os veteranos Robbie Peralta e Luis Palomino, e chega ao octógono pela primeira vez pronto para frear a ascensão de Magomedsharipov e provar que ele é a verdadeira promessa da categoria.
Anderson Silva x Kelvin Gastelum
Agendado previamente para o UFC 212, a perda do Rio de Janeiro virou o ganho da China já que Anderson e Gastelum finalmente vão se encontrar na última luta do mês.
Em fevereiro, o brasileiro conquistou sua primeira vitória em mais de quatro anos ao superar Derek Brunson por decisão dos jurados no UFC 208. Após o anúncio do resultado, em lágrimas, o ex-campeão dos médios falou sobre seu amor ao esporte e o desejo de continuar competindo apesar de saber que não é mais o mesmo que dominou a divisão no passado.
Gastelum chega em posição interessante após ser derrotado em uma empolgante luta contra Chris Weidman em julho. Aos 26 anos, ele ainda não está em seu auge como atleta, e seus melhores dias devem estar no futuro, mas após 12 aparições no octógono, Gastelum precisa mostrar a consistência necessária para encarar os melhores.
É claro, uma vitória sobre um dos maiores de todos os tempos não seria uma maneira ruim de fechar 2017 e começar a escalada rumo ao topo da divisão. Já para Anderson, ser capaz de bater um talentoso lutador mais de 15 anos mais novo que ele poderia provar que o “Spider” ainda tem alguns anos até que o sol se ponha… e ele chegue ao Hall da Fama do UFC.
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