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UFC 200: Oficialmente, it's time!

 


It's time.

Quando perguntei à "Voz do Octógono", Bruce Buffer, qual era o objetivo dele ao criar a frase que virou sinônimo de UFC, ele não hesitou em explicar.

"Eu pensei: 'Sabe, estamos nesta arena há cinco horas, estes lutadores passaram seis a oito semanas treinando para este momento. Verdadeiramente, chegou a hora". E estas duas palavras podem ser encaixadas em qualquer frase que dará certo. 'It's time' funciona, e é um chamado. É o toque de clarim da integridade pura do espírito competitivo. É por isso que eu grito isso na luta principal".

Em 9 de julho, na T-Mobile Arena em Las Vegas, espere ouvir Bruce Buffer em modo de guerra quando Daniel Cormier encontra Jon Jones no octógono pela segunda vez na luta principal do UFC 200.

E quando Brock Lesnar retornar para encarar Mark Hunt. E quando Miesha Tate tentar defender o título contra Amanda Nunes. E quando José Aldo e Frankie Edgar batalharem pelo título interino peso-pena. E quando.. bom, você entendeu.

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Para uma organização que sempre tenta apresentar as lutas que os fãs querem assistir, o UFC 200 vai além. Quer números?

• Três disputas de título (Cormier-Jones II, Tate-Nunes, Aldo-Edgar II)

• Nove campeões e ex-campeões (Cormier, Jones, Lesnar, Tate, Aldo, Edgar, Cain Velasquez, Johny Hendricks, TJ Dillashaw)

• Três campeões do The Ultimate Fighter (Julianna Pena, Kelvin Gastelum, Diego Sanchez)

• Um campeão do K-1 Grand Prix (Hunt)

• Um campeão do PRIDE (Takanori Gomi)

• Dois campeões do Strikeforce (Tate, Gegard Mousasi)

• Um campeão do WEC (Aldo)

E, apenas uma curiosidade: quando Lesnar e Hunt lutarem, serão 240,4kg combinados em cima do octógono, comparado aos 122,4kg de quanto Tate e Nues ou Peña-Zingano lutarem. A margem de erro é um ou dois quilos a mais ou a menos.

Em outras palavras: é um evento enorme, e não apenas para os fãs.

"Definitivamente é uma marca legal", disse Jon Jones, um dos três lutadores a lutar tanto no UFC 100 como no UFC 200, junto a Lesnar e Jim Miller. Ironicamente, "Bones" nem estava escalado no plano original do card, mas uma lesão de Cormier forçou a revanche programada para o UFC 197, em abril, a ser cancelada. Jones ainda lutou no evento, derrotando Ovince Saint Preux, saindo sem lesões e voltado para ser parte da história.

"Não é algo pequeno liderar um evento como esse. Sou muito grato, e definitivamente isso é motivação extra para treinar mais e vencer novamente. Parece o destino. O timing me favoreceu aqui. DC se machuca, e eu enfrento o OSP. Tirei a ferrugem que não sabia que tinha, e agora vou voltar e recuperar o meu cinturão no maior card da história", disse Jones.

A participação de "Bones" no card mostra o quanto as coisas mudaram, não apenas para ele, mas também para o esporte desde o UFC 100, em julho de 2009. Jones, então futuro campeão meio-pesado e um dos melhores lutadores de todos os tempos, aguardava para fazer apenas a sua terceira aparição no octógono, contra Jake O'Brien, em luta que não era nem a principal entre as preliminares. Essa honra ficou para os integrantes do Hall da Fama Mark Coleman e Stephan Bonnar. Jones era ainda a promessa, e ele sentiu o peso das expectativas.

"Eu me lembro de sentir muita pressão. Eu havia enfrentado o Stephan Bonnar na minha luta anterior, e foi impressionante. Foi o duelo que me colocou sob os holofotes, e sentia que as expectativas chegavam até o teto. As pessoas estavam apostando que eu ganharia o cinturão, e eu chamei a atenção do mundo do MMA. Então, no UFC 100, senti muita pressão para ter uma performance similar, ou melhor".

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Ele deu conta do recado. A oito dias de seu aniversário de 22 anos, Jones finalizou O'Brien no segundo round. Menos de dois anos depois disso, ele era o campeão mundial.

Desde o UFC 100, Michael Bisping é dono de um cinturão mundial, Lesnar está de volta, Coleman e Bonnar se aposentaram, Georges St-Pierre está em um hiato do esporte, e Dan Henderson mostrou que ainda tem lenha para queimar aos 45 anos.

Mas pense nisso: o fenômeno peso-leve Sage Northcutt, que enfrenta Enrique Marin no UFC 200, tinha apenas 13 anos quando Lesnar venceu Frank Mir na luta principal do UFC 100.

Cormier, Dillashaw, Stipe Miocic, Ronda Rousey and Joanna Jedrzejczyk ainda nem haviam estreado no MMA profissional. Por sinal, as mulheres ainda não tinham espaço no octógono do UFC, e ainda não existiam as categorias peso-pena, peso-galo e peso-mosca masculinas na organização.

É como se fosse outro universo no UFC em 2009, o que faz as celebrações sobre o UFC 200 serem ainda mais notáveis. O esporte é diferente do que era antes. Ele é melhor.

É claro que algumas coisas continuam iguais. Jones ainda é um dos melhores de todos os tempos, Brock ainda é um monstro, Gomi é o "Fireball Kid", e Sanches e Joe Lauzon são heróis que estão prontos para roubar a cena. Mas tanta coisa mudou que o card é digno de atenção do mundo todo.

O MMA não é mais o espetáculo underground prestes a ganhar as massas como era em 2009, apenas quatro anos após a explosão do TUF. Ele está aqui agora, e não vai a lugar algum. E, apesar de não gostar de mexer com grandeza, vou alterar um pouco a frase do Sr. Buffer por um momento, apenas para dizer:

"Já estava na hora".