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As 8 tendências de lifestyle de 2019

De bebidas sem álcool ao cuidado com o sono, uma lista de tudo o que vai bombar em relação à saúde, comportamento e bem-estar neste ano

1) Autocuidado

A ideia é a pessoa cada vez cuidar mais da própria saúde para ter que se preocupar menos com a doença. Para isso, é essencial priorizar hábitos saudáveis. Conforme as pessoas se tornam mais autossuficientes, tomam medidas preventivas contra doenças e contra o que as deixam infelizes ou desconfortáveis sem precisar consultar um profissional. O foco é a prevenção. E a tendência é uma das 10 mais importantes para 2019 segundo o relatório anual da Euromonitor Internacional, empresa de pesquisa de mercado. De acordo com o estudo, ela é caracterizada por “formas de restrição personalizadas; a autoimposta reordem de sua vida, seja a dieta, a casa ou o guarda-roupa”. “Essa tendência se reflete na maneira como as pessoas comem, bebem e abordam sua saúde alimentar em geral. Tornou-se muito menos aceitável ser desinformado sobre comida”, afirma Sara Petersson, analista de pesquisa sênior da Euromonitor.

2) Higiene do sono

O nome soa estranho, mas é essa a forma que os especialistas chamam a série de recomendações para termos bons hábitos de vida que refletem no nosso sono e o tornam muito melhor. Um estudo feito a pedido da empresa Royal Philips e divulgado no ano passado mostrou que 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono, como insônia, ronco ou apneia (quando a respiração para e volta várias vezes enquanto se dorme). Nos Estados Unidos e na Europa, o mercado está inundado de apetrechos que ajudam a dormir: desde suplementos até lâmpadas que têm menos luz azul para combater a insônia, passando por aparelhos eletrônicos como smartwatches com monitor de sono. De acordo com o Pinterest 100, um apanhado das principais procuras na plataforma usada por mais de 250 milhões de pessoas, a busca por formas de otimizar o sono cresceu 116% no ano passado. Um dos métodos mais populares apontados é o “registro de sono”, uma espécie de diário que o usuário preenche com dados sobre seu dia e sua noite para, junto com o médico, identificar padrões que possam ser prejudiciais.

3) Ioga

Sim, ela voltou firme e forte. Primeiro a ioga virou febre mas, de uns anos para cá, parecia ter perdido espaço para outros treinos como pilates, crossfit, funcional e spinning. No entanto, de acordo com o relatório de tendências fitness do American College of Sports Medicine, ela está entre as top 7 em 2019. Os benefícios da prática são diversos: de aumento de flexibilidade e força até forma de combate da ansiedade e depressão. “As revisões de pesquisas disponíveis de uma ampla gama de práticas de ioga sugerem que elas podem reduzir o impacto de respostas exageradas ao estresse e podem ser úteis tanto para a ansiedade quanto para a depressão”, afirma o Harvard Health Publishing, publicação da prestigiosa Faculdade de Medicina de Harvard.

4) Voltar ao básico como símbolo de status

Também apontada pelo estudo da empresa de pesquisas de mercado Euromonitor Internacional, essa tendência está baseada no fato de os consumidores estarem cada vez mais rejeitando os produtos industrializados produzidos em massa. Para os pesquisadores, 2019 vai presenciar o favorecimento de produtos posicionados como mais simples, uma volta ao básico e à busca por qualidade, o que implica em uma elevação de status. Isso inclui coisas como a busca por superalimentos – caso dos brotos de vegetais e cereais (como broto de girassol, de rúcula, de agrião etc.), que têm entre quatro e 40 vezes mais vitaminas e minerais do que as versões maduras das hortaliças – e a preferência por experiências ecoluxuosas nas férias, como o hábito do glamping (uma junção de glamour e camping). Mas não é só: a tendência passa ainda pela opção por consumir produtos artesanais como papinha de bebê e artigos de beleza. “Os consumidores estão procurando por produtos diferenciados e autênticos e experiências que os permitam expressar sua individualidade”, afirma o relatório.

5) Manter-se sóbrio

Mais uma tendência apontada pelo Pinterest 100. Procuras pela expressão “sober living”, que em português quer dizer algo como “vida sem álcool”, tiveram um aumento de incríveis 746%. Um estudo da Nielsen Consumer & Media View de 2017 aponta uma possível explicação: os millenials estão menos propensos a beber do que seus irmãos mais velhos ou seus pais – comportamento intensificado pelo grande número de celebridades que anunciam cada vez mais, orgulhosas, sua sobriedade. No Pinterest, as buscas encontram resultados como frases motivacionais e ideias de drinques sem álcool. Quer uma receita de caipirinha álcool zero? Aqui vai uma, que rende um copo e leva apenas 5 minutos: macere suavemente em um copo, com duas colheres de chá de açúcar, dois morangos, uma colher de sopa de amoras e uma colher de sobremesa (se não achar a fruta fresca, vale usar a versão congelada). Adicione gelo a gosto e complete o copo com club soda. Mexa bem o fundo com um mexedor. E delicie-se.

6) Coaching de bem-estar



Você já deve ter ouvido falar de – ou até ter feito – coaching nos últimos tempos. O método que ajuda as pessoas a conseguirem resultados pessoais ou profissionais em um curto período ganhou fãs país e mundo afora. O wellness coaching, ou coaching de bem-estar, no entanto, ainda não é tão popular por aqui, embora nos Estados Unidos já movimente mais de 6 bilhões de dólares por ano. Entre os vários tipos de coaching que existem, o wellness é o que trabalha o indivíduo com uma abordagem ampla, que abrange os aspectos emocional, social, espiritual, intelectual, ocupacional e corporal. O objetivo do processo é acelerar a realização de mudanças de comportamento para que a pessoa alcance níveis elevados de bem-estar e saúde, estabelecendo metas individuais de estilo de vida.

7) Reconexão com a natureza

Não importa se é cultivando plantas dentro de casa ou fazendo exercícios ao ar livre. O que buscamos cada vez mais é estar em contato com a natureza, o verde, o meio ambiente. Tudo o que remete a isso está em alta em 2019: treinamentos no parque ou na praia, correr na rua, pedalar na ciclovia, fazer uma horta comunitária, o abuso de suculentas no design de interiores ou ingressar em aulas de permacultura (os sistemas de cultivo ecologicamente viáveis que aliam conhecimentos ancestrais sobre a terra à ciência e tecnologia para melhorar o manejo). Pesquisas dão respaldo à tendência: elas mostram que viver em ambientes mais verdes tem relação com uma melhor saúde mental e com menor índice de mortalidade.

8) Foi-se o FOMO, agora é JOMO

Já ouviu ou leu sobre o termo FOMO? Ele vem do inglês e significa “fear of missing out” – ou seja, no mundo tecnológico e globalizado que vivemos, é o medo de não participar de algo, de estar perdendo alguma modinha da qual todos estão sabendo. Por sofrer disso, muita gente não consegue ficar longe das redes sociais e tem um piripaque ao perceber como-assim-todo-mundo-está-fazendo-a-hashtag-desafio-dos-10-anos-menos-eu? Pois então: essa história, afirma o relatório 2019 da Euromonitor Internacional, está sendo substituída pela tendência JOMO: “joy of missing out” – ou a alegria de não participar. Isso porque os consumidores notaram que precisam proteger seu bem-estar mental, desconectar-se um pouco e priorizar o que realmente gostam de fazer. Hashtag bora viver?