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Aldo x Mendes 2: novas possibilidades para velhos adversários

Dois anos depois, revanche promete agitar os penas



José Aldo e Chad Mendes se enfrentaram pela primeira vez no UFC Rio 2, no começo de 2012. Com o climão de novidade ainda em alta, os eventos no Brasil causavam temor nos atletas estrangeiros pelo tom alto de intimidação vindo da torcida, com o agora tradicional - e sempre pouco simpático - grito de guerra ‘Uh, vai morrer!’ 


Como preparo para o caldeirão brasileiro, Mendes temperou as entrevistas ao afirmar que assistia ao filme ‘Rocky 4’ diariamente. Nele, o personagem de Silvester Stallone ia até a Rússia em plena Guerra Fria para enfrentar o ídolo local Ivan Drago. Ambiente mais hostil impossível.
 

Dentro do octógono, Mendes travou momentaneamente o jogo explosivo de Aldo em alguns momentos. Mas com investidas ‘retas’ e previsíveis demais para tentar quedas contra um dos caras de melhor aproveitamento defensivo no quesito, acabou nocauteado por uma joelhada no rosto nos últimos segundos do primeiro assalto.


Dois anos depois, o nível de dominância de Aldo na divisão ainda é intenso. Mas a evolução de Mendes para a revanche em Los Angeles, dia 2 de agosto, é visível. O norte-americano traz  ‘set ups’ de habilidades em pé reformulado, e muito mais trabalhado para abrir brechas, cadenciar e preparar ações que facilitam o sólido padrão de wrestling pelo qual é conhecido. Desde o revés para o campeão, engatou cinco vitórias consecutivas, com quatro nocautes.


Na última atuação, contra Ricardo Lamas no UFC 169, Aldo teve maturidade e sangue frio suficientes para capitalizar a performance no aproveitamento de golpes em cinco rounds e venceu por decisão unânime. O norte-americano adotou estratégia mais longa, que visava aproveitar a 'puxada de freio' que o campeão geralmente apresenta nos dois últimos rounds.


Sem extravagâncias, Aldo encurralou sistematicamente o adversário no octógono e foi superior na (quase) sempre traiçoeira média tentativa/acerto.

A atuação mais cerebral causou críticas, que alegavam baixa capacidade de encerrar combates pelas vias rápidas, fato que mascarou o triunfo obtido com frieza de campeão.


Para uma categoria fadada à mesmice no melhor estilo ‘até que Aldo os separe’, o novo combate traz atrativos renovados e nível de competitividade muito mais equilibrado do que a luta do Rio de Janeiro.


Mendes terá a chance da vida para acabar com a fama de ‘na trave’ e (finalmente!) dar um título para a Team Alpha Male. Aldo terá - mais uma - prova cabal para atestar a soberania até 66kg. Aí (finalmente!) pode subir para os leves e acertar contas com ‘Showtime’ Anthony Pettis, este sim um desafio com potencial de sobra para ser o grande clássico dos levinhos desta geração. 

Tomara!