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Luta acontece no UFC 207, dia 30 de dezembro
A última imagem de Ronda Rousey dentro do octógono é nebulosa. Surpreendida e confusa após sofrer sua primeira derrota - um nocaute para Holly Holm no UFC 193, em novembro de 2015 - Rousey perdeu o cinturão e seu até então intacto cartel para um grande chute de esquerda.
Desde então, é quase como se o mundo do MMA estivesse doente.
“Fui pega na primeira trocação e fui nocauteada em pé”, disse Ronda a Ellen Degeneres em fevereiro, “Eu não tive percepção. Quase senti que não podia enxergar. Eu podia ver, mas não conseguia dizer quão longe minha mão estava do meu rosto, ou quão longe ela estava de mim. Eu estava lutando cega. Eu sabia que ela estava lá, mas não lembro de quase nada”.
Sem Rousey, a divisão peso-galo parecia incompleta.
Agora, todas as peças estão de volta após o anúncio do retorno de Rousey, que espera recuperar seu cinturão no duelo contra a atual campeã Amanda Nunes no UFC 207, dia 30 de dezembro, em Las Vegas.
Olhando para o reinado de Rousey - três anos de dominação e demolição na divisão peso-galo -, sua marca no esporte é ainda mais expressiva se considerarmos o que aconteceu desde a derrota para Holm. Houve três campeãs nesse período, e nenhuma delas conseguiu defender o título uma única vez.
Ronda defendeu o cinturão seis vezes antes de perdê-lo. Não há dúvidas - Rousey é a mulher mais dominante que já pisou no octógono.
E ela está de volta.
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Agora, Ronda pode estar prestes a enfrentar seu maior desafio no UFC. Amanda Nunes mostrou sua trocação destrutiva quando aniquilou Miesha Tate no UFC 200, finalizando a mulher que estrangulou Holm, que havia nocauteado Rousey.
O grande problema para Amanda tem sido sua perceptível queda de rendimento com o decorrer das lutas. Contra Cat Zingano em 2014, Amanda estava perto de vencer no primeiro round, mas Zingano se recuperou e usou seu wrestling para, eventualmente, conseguir o nocaute técnico no terceiro round.
O chão da brasileira é de alto nível. Ela é faixa-preta de jiu-jítsu e treina na American Top Team, na Flórida. Ela se prepara ao lado de alguns dos melhores do mundo e, caso Rousey queira levar a luta para o chão, usando o melhor judô do UFC, ela vai ter que lidar contra uma lutadora forte no tablado.
“Treino jiu-jítsu desde que comecei. Jiu-jítsu e judô, ambos juntos”, disse Amanda em uma sessão de perguntas e respostas em julho, “Sei como bloquear as quedas do judô, sei como usar bem meus quadris. Sei que, se a Ronda Rousey voltar, vou conseguir manter meu título”.
Parar as quedas do judô é uma coisa. Parar as quedas de Ronda Rousey é outra completamente diferente.
A trocação de Rousey foi exposta contra Holm - uma ex-campeã mundial de boxe. Desde então, a equipe de Ronda admitiu que ela provavelmente pensou a luta de forma errada. Ela estava sedenta e tentou uma aproximação agressiva contra Holm, que é excelente no contra ataque, tem boa envergadura e poderosos chutes.
Contra Amanda, Ronda enfrentará uma lutadora que costuma andar para frente. A campeã tem muito poder e gosta de perseguir suas oponentes, colocando golpes duros com frequência. Isso pode ser exatamente o que Ronda quer.
Mas, quando a luta começar, será um verdadeiro jogo de xadrez.
Esse confronto é intrigante, e marca o retorno de uma das maiores estrelas do UFC e da história do esporte.
“Todos precisam se reerguer em algum momento. Talvez eu tivesse que ser esse exemplo para todos e me levantar do chão. Talvez eu tenha sido feita para isso”, disse Rousey, “Eu realmente acredito que ainda estou invicta, porque ser derrotada é uma escolha. Todos fazem escolhas na vida, e eu sempre escolho não ser derrotada”.
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