Lutador reuniu seus principais treinadores para o UFC Londres, que acontece neste sábado
Quando perdeu o cinturão dos médios para Chris Weidman no UFC 168, em julho de 2013, Anderson Silva disse ainda no octógono que precisava rever sua carreira e não sabia de voltaria a lutar. Que ele voltou todo mundo já sabe, mas é de conhecimento de poucos que o Spider está cada vez mais tentando voltar para os velhos tempos, de quando começou no Ultimate, em 2006. Para o duelo contra Michael Bisping no UFC Londres, neste sábado (27), apenas amigos e pessoas de confiança acompanharam o ex-campeão nos meses de treino.
Tensão na pesagem | A volta de Anderson Silva | Provocação é o primeiro golpe | Preview UFC Londres por Alexandre Matos
Voltar para as origens foi uma escolha do próprio Anderson Silva, que está em Londres com uma das menores equipes das suas últimas lutas. O time é composto por nomes conhecidos de quem acompanha a carreira do ex-campeão: Ed Soares (empresário), Luiz Dórea (boxe), Rogério Camões (preparados físico), Rafael Feijão (amigo e parceiro de treino), Rodrigo Minotauro (mentor e parceiro de treino), Ricardo De La Riva (jiu-jitsu), Marco Morales (muay-thai e boxe) e Roberto Facada (sparing).
Conversamos com os principais nomes desse time e perguntamos o porque o Spider resolver voltar aos velhos tempos – e o que isso pode influenciar no sábado. As respostas foram bem parecidas: “Ele está feliz, e isso pode ser perigoso para o seu rival”.
Ed Soares – Nos últimos anos, ele começou a reconhecer muitas coisas na vida e analisar o que realmente presta. O Anderson está em uma fase muito boa da sua vida, voltando tudo a ser como era no começo. Quando ele conquistou o cinturão eram apenas dois treinadores e eu. Ele está feliz e não o vejo dessa forma desde antes da luta contra Vitor Belfort.
Rafael Feijão – O Anderson é um cara muito inteligente, só basta ele querer as coisas. Ninguém segura quando ele está com vontade de fazer alguma coisa. E ele está transbordando energia positiva. Nessa categoria dificilmente alguém está no nível dele. Graças a Deus eu estou podendo fazer parte disso, saí da minha luta e corri para o camp dele. Acreditamos muito em energia e por isso filtramos e só está aqui quem tem algo para acrescentar. O Anderson está pronto para fazer o que sabe de melhor: subir no octógono e nocautear pessoas.
Rogério Camões – A maior felicidade dele é voltar a lutar, já que ficou muito tempo parado. Vejo que o Anderson está muito feliz e sinto que passou a dar mais importância às pessoas que sempre estiveram com ele. Depois de tudo que ele passou, estivemos juntos nos momentos mais difíceis e agora ele está retornando. Fico muito feliz em ver essa felicidade nele. Acredito que será um espetáculo, porque fica difícil enfrentá-lo quando ele está assim. É essa felicidade que move o Anderson.
Luiz Dórea – Ele está seguro, motivado e com vontade de nocautear. A união desse grupo faz ele ficar ainda motivado, passamos segurança e experiência. Conheço o Anderson desde o começo da sua trajetória, sei a fórmula para estimular suas habilidades naturais. Ele motivado ninguém consegue parar, é indiscutivelmente o melhor atleta de todos os tempos. Isso é a extensão da nossa família, a energia positiva deixa ele com vontade de lutar.
Rodrigo Minotauro – A energia está boa, rodeado de pessoas que ele confia. Foi a primeira vez que ele fez todo o treino em Los Angeles, treinando perto da sua família. E ele está voltando para a Ingleterra em busca de todo aquele sucesso que ele teve neste país. O Anderson é um campeão, além disso é um artista da luta e se destaca desse jeito. Ele tem um estilo próprio, pode ser considerado polêmico, mas tem um excelente coração. E o público sabe reconhecer isso, basta sair com ele na rua. O Anderson é um atleta mundial, reconhecido em todo lugar.
