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Anthony "Rumble" Johnson foi o dono de um dos socos mais potentes já vistos no Octógono, um nocauteador da maior ordem, e um jovem levado cedo demais, já que foi confirmado que a estrela de longa data do UFC faleceu tragicamente aos 38 anos de idade devido a uma doença.
Nascido em Dublin, no estado norte-americano da Geórgia, e criado pelos avós, o jovem Johnson abraçou seus arredores.
"Fui criado em uma pequena fazenda, então tive muito espaço para correr por aí", ele me disse em 2008. Desde cedo, estava claro que ele era um atleta, o que foi comprovado quando se sagrou campeão universitário nacional de wrestling por Lasson College.
Mas desde mais cedo, "Rumble" tinha um espírito lutador.
"Eu costumava bater no ursinho de pelúcia do meu primo o tempo todo", disse em uma entrevista em 2012. "Ursinhos de pelúcia não revidam, mas eu o arremessava pela casa e fazia coisas estilo WWE. Eu pulava por cima dele, dava socos. Acho que estava treinando ainda pequeno. Então isso não surpreende minha família. Sou aquela criança que eles viram crescer, e que agora está na televisão lutando para valer".
Em 2006, Johnson migrou para as artes marciais mistas e se encaixou perfeitamente no esporte, vencendo suas três primeiras lutas até ser chamado para estrear de última hora no UFC em 2007, contra Chad Reiner. A luta foi ainda mais rápida que o chamado, e ele começou sua carreira no grande palco com um nocaute em 13 segundos.
Nocautes foram marca registrada de Johnson ao longo de sua carreira no UFC, seja na divisão dos meio-médios ou dos meio-pesados, sobre nomes como Yoshiyuki Yoshida, Charlie Brenneman, Rogério Nogueira, Ryan Bader, Alexander Gustafsson, Jimi Manuwa e Glover Teixeira.
Quão forte ele batia? Pergunte ao seu amigo e parceiro de treinos de longa data, o membro do Hall da Fama do UFC, Rashad Evans.
"Ele bate ridiculamente forte", me disse Evans em 2017. "E o que faz do seu poder de nocaute tão único, é que é sem esforço. Ele não está tentando bater forte, ele está apenas jogando golpes, e isso é uma loucura. Às vezes estamos treinando leve, ele joga um soco e eu falo, 'Ei, vá devagar'. Ele diz, 'Eu não estava tentando bater forte, só estava batendo'. E ele realmente estava. Mas ele tem esses ossos pesados e densos. Quando ele te acerta, não é uma dor. Geralmente é como um baque, e às vezes as luzes piscam um pouco para você".
Ou pergunte a Brenneman, que disse, 'É como correr de encontro a uma parede dizendo 'Não consigo parar', e você atinge a parede".
Mesmo com todas as vitórias e momentos memoráveis ao longo de uma carreira que o viu somar um cartel de 23-6 e desafiar Daniel Cormier duas vezes pelo cinturão dos meio-pesados do UFC, ele nunca deixou o estrelato subir à cabeça, permanecendo humilde dentro e fora do Octógono e deixando uma impressão duradoura em seus colegas e fãs de lutas.
A família UFC envia suas mais sinceras condolências aos amigos e à familia de
Anthony Johnson.