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Brasileiro segue invicto no Ultimate com duas vitórias
O brasileiro Alexandre Pantoja segue correspondendo às expectativas depositadas nele desde sua chegada ao Ultimate.
No UFC Glasgow, ele finalizou o veterano irlandês Neil Seery, conquistando seu segundo triunfo no octógono e ampliando para 11 o número de vitórias consecutivas na carreira. Isso mesmo após um camp de treinamentos conturbado.
“Tive uma lesão no braço, rompi um ligamento oito semanas antes da luta e tive que ficar quase um mês parado fazendo tratamento”, contou Pantoja em entrevista ao UFC Brasil, “Isso foi o que mais me deixou apreensivo antes da luta, mas consegui me recuperar bem. Quando estava com o braço machucado, treinei muito os chutes e isso me abriu muitos caminhos na luta”.
Confira o perfil oficial de Pantoja | Confira o ranking dos pesos-mosca
Mas o receio pela lesão não fez com que o carioca de 27 anos abrisse mão da trocação e, ciente de como deveria agir em cada round, Pantoja conta que fez exatamente o que havia planejado para o combate.
“Acho que casaram essa luta muito bem, porque gosto muito da luta franca e o Neil Seery também. Foi um presente para ele, para mim e, mais ainda, para os fãs”, disse, “Esperava exatamente o que aconteceu, uma luta bem franca. O que me surpreendeu foi que ele jogou muito na base de destro, e esperava que jogasse de canhoto. Ganhei os dois primeiros rounds e sabia que, no terceiro, ele viria para o tudo ou nada. Mas percebi que ele já estava bem cansado e, se eu quisesse levá-lo para o chão, ele não ia conseguir se defender. Se eu tivesse tentado levar para o chão no primeiro round, talvez ele se defenderia, eu cansaria mais que ele e daria uma chance para ele me vencer. No terceiro, foi bem tranquilo levar ele para o chão, ele não mostrou muita reação, então fui evoluindo até montar, pegar as costas e encaixar o mata-leão”.
Após chegar até a semifinal do TUF 24, em campanha na qual derrotou inclusive o atual sétimo colocado no ranking dos moscas, Brandon Moreno, Pantoja acredita que se firmou entre os melhores nomes da divisão, e espera que um desafio ainda maior esteja em seu futuro, apesar de não querer escolher um próximo adversário.
“Não tem nenhum nome específico, mas acho que o pessoal do Top 5, Top 10, pode dar um bom espetáculo”, disse, “É o que eu espero. Acho que tem bons nomes com quem posso fazer um bom show para todo mundo”.
E enquanto aguarda o nome de seu próximo oponente, o brasileiro estará de olho na próxima disputa pelo título de sua divisão, entre o campeão absoluto Demetrious Johnson - que busca quebrar o recorde de defesas consecutivas do Ultimate - e o desafiante Ray Borg. O duelo acontecerá no dia 9 de setembro, no UFC 215.
“MMA é imprevisível, tudo acontece, mas acredito que o Demetrious Johnson pode vencer com certa folga”, analisou o brasileiro, “O Ray Borg é um atleta muito forte, inteligente e bem rápido. Com certeza não vai ser uma luta fácil para o Demetrious”.
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