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Uma das realizações de maior prestígio para todo atleta é representar seu país nas Olimpíadas. Independentemente de a pessoa ganhar medalha ou não, “atleta olímpico” é um título que sempre acompanha o esportista. Para alguns, porém, isso marca apenas o início de sua carreira. Do judô e da luta livre, ao taekwondo e ao caratê, os esportes de combate são disputados nos Jogos Olímpicos a cada quatro anos, e muitos atletas que participaram da competição migraram para as artes marciais mistas.
Alguns, como Henry Cejudo e Ronda Rousey, passaram de medalhas de ouro a campeões do UFC. Enquanto isso, outros, como Daniel Cormier e Dan Henderson, nunca chegaram ao pódio nas Olimpíadas, mas tiveram grande sucesso no MMA.
Confira abaixo uma lista com todos os lutadores do UFC que participaram das Olimpíadas.
“Funky” foi um dos lutadores universitários mais bem-sucedidos da década de 2000 no Missouri, recebendo honras de All-American quatro vezes e acumulando dois títulos nacionais e troféus Dan Hodge ao longo do caminho. Ele fez a transição para a competição de estilo livre antes dos Jogos Olímpicos de 2008, mas não ganhou nenhuma medalha. Askren teve um cartel de 18-0 antes de lutar no UFC três vezes, ganhando de Robbie Lawler em sua estreia no Octógono.
O cubano Batista ganhou uma medalha de bronze nos Jogos de Pequim, mudou-se para o MMA oito anos mais tarde e conseguiu um cartel de 4-0, 1 NC antes de conquistar um lugar na equipe de Robert Whittaker na 28ª temporada do The Ultimate Fighter, onde chegou às semifinais. Ele competiu no card da final da temporada, perdendo para Maurice Greene.
O pai do ground and pound começou como lutador, ganhando vários prêmios competindo pela Miami University e pela Ohio State University. Coleman conquistou uma vaga na equipe olímpica de luta livre de 1992 antes de seguir para uma carreira icônica no MMA, que incluiu duas vitórias no torneio do UFC, o título inaugural dos pesos-pesados e um lugar no Hall da Fama do UFC.
Arjan Singh Bhullar golpeia Luis Henrique "KLB" no UFC 215. (Foto por Jeff Bottari/Zuffa LLC)
O primeiro indiano a representar o Canadá nas Olimpíadas na luta livre, Arjan Singh Bhullar fez sua transição para o MMA em 2014 e fez sua estreia no UFC em apenas sua sétima luta profissional. Ele teve um cartel de 3-1 no UFC, com vitórias sobre Luis Henrique, Marcelo Golm e Juan Adams.
O lutador quatro vezes All-American levou seu sucesso para a níveis mundiais quando ganhou o ouro em Barcelona. Quando entrou no Octógono no UFC 14, ele foi apenas o segundo medalhista de ouro a fazer isso. Jackson venceu o torneio de pesos meio-pesados em julho de 1997 e lutou pelo primeiro cinturão da categoria em dezembro de 1997, perdendo para Frank Shamrock.
O competidor olímpico mais prolífico veio da Austrália, pois Daniel Kelly representou o país quatro vezes antes de treinar a equipe australiana de judô nas Olimpíadas de 2016 e 2020. O peso-médio faria sua estreia no UFC dois anos após sua última participação olímpica, compilando um cartel de 6-4, incluindo vitórias sobre Rashad Evans e Antônio Carlos "Cara de Sapato" Júnior.
Henry Cejudo comemora a conquista do cinturão peso-galo no UFC 238. (Foto por Jeff Bottari/Zuffa LLC)
“Triple C” teve sua primeira experiência com o ouro em Pequim, quando se tornou o então mais jovem americano a ganhar o ouro olímpico na luta livre, aos 21 anos. Cinco anos depois, Cejudo se profissionalizou no MMA e conquistou um cartel de 10-0, ganhando uma chance contra Demetrious Johnson pelo título dos pesos-mosca. Embora Cejudo tenha perdido, ele vingaria a derrota e garantiria o cinturão dois anos depois, antes de subir de categoria e conquistar um segundo título do UFC na divisão dos pesos-galo.
Matt Lindland conquistou sua vaga na equipe dos Estados Unidos por meio de algumas circunstâncias peculiares, que incluíram um recurso que levou a uma revanche da última partida de testes da equipe. O sucesso de Lindland continuou nas Olimpíadas de Sydney, onde ele ganhou uma medalha de prata. Ele fez sua estreia no UFC 29 e registrou um cartel de 9-3 ao longo de cinco anos.
O judoca cubano levou seus vários títulos nacionais de judô para as artes marciais mistas, onde adquiriu uma reputação de nocauteador ao longo de sua carreira de 49 lutas. Seu tempo no Octógono se estendeu de 2012 a 2018 e incluiu vitórias sobre Nate Marquardt e Jake Shields.
Robelis Despagne comemora a vitória no UFC 299. (Foto por Chris Unger/Zuffa LLC)
O peso-pesado representou Cuba nas Olimpíadas de 2012, conquistando a medalha de bronze. Uma década se passaria antes que Robelis fizesse sua estreia nas artes marciais mistas, mas ele o faria de forma dominante. Em quatro lutas no cenário regional, Despaigne obteve quatro vitórias em pouco mais de cinco minutos de tempo de combate, incluindo três em um total de 19 segundos. Quando ele fez sua estreia no UFC em março de 2024, levou apenas 18 segundos para conquistar sua primeira vitória no Octógono.
Um dos muitos grandes nomes do tatame que surgiram da Universidade Estadual do Arizona, Saunders ganhou uma medalha nos Jogos de Atlanta e lutou duas vezes no MMA, perdendo no UFC para Pat Miletich e Mikey Burnett em 1998-99.
McMann tornou-se a primeira mulher americana a ganhar uma medalha olímpica ao conquistar a prata em Atenas. Sete anos depois, ela começou sua carreira no MMA, desafiando Ronda Rousey pelo título dos pesos-galo em sua segunda luta no Octógono, no UFC 170. Embora ela tenha saído derrotada, a carreira de McMann durou até 2022 e incluiu vitórias sobre Lauren Murphy, Jessica Eye e Lina Lansberg.
Daniel Cormier comemora a vitória no UFC 230 sobre Derrick Lewis. (Foto por Steven Ryan/Getty Images)
Após ter uma carreira de destaque na luta livre no estado de Oklahoma, Cormier chegou às semifinais em Atenas, ficando em quarto lugar. Ele também participou da equipe de Pequim, ganhando a distinção de capitão da equipe antes de se retirar por motivos de saúde. “DC” viria a se tornar um dos lutadores mais importantes da década de 2010, conquistando os títulos dos pesos meio-pesados e pesos-pesados, tornando-se o primeiro lutador a defender o título em duas categorias de peso. O membro do Hall da Fama também é um comentarista regular das transmissões do UFC após sua aposentadoria.
O dinamarquês Mark O. Madsen migrou no MMA como um lutador de luta greco-romana extremamente talentoso, conquistando a prata quatro vezes no Campeonato Mundial e uma vez a prata nas Olimpíadas. Ele deu início à sua carreira nas artes marciais mistas com 12 vitórias consecutivas, incluindo quatro no Octógono sobre nomes como Clay Guida e Vinc Pichel. Sua série invicta chegaria ao fim em 2022 e, após derrotas para Grant Dawson e Jared Gordon, Madsen encerrou a carreira.
Kayla tornou-se a primeira norte-americana a ganhar uma medalha de ouro olímpica no judô, quando conquistou o feito em Londres. Ela repetiria o acontecimento no Brasil quatro anos depois, já tendo sido introduzida no Hall da Fama da Federação de Judô dos Estados Unidos. Ela teve um início dominante em sua carreira nas artes marciais mistas, compilando um cartel de 16-1 antes de fazer sua estreia no Octógono no UFC 300 contra Holly Holm, vencendo no 2º round.
Quando Mark Schultz competiu no UFC 9, ele foi o primeiro medalhista de ouro olímpico a lutar na história da organização. Ele fez isso com sucesso, derrotando Gary Goodridge por interrupção médica. Schultz tem muitos prêmios de luta livre, incluindo o ouro olímpico em 1984 e dois títulos mundiais na década de 1980.
Ronda Rousey finaliza Liz Carmouche na luta principal do UFC 157. (Foto por Josh Hedges/Zuffa LLC)
Talvez a maior sensação da história do esporte tirando Conor McGregor, os dias de Rousey nas artes marciais mistas vieram somente depois que ela se tornou a primeira americana a ganhar uma medalha no judô. A duas vezes atleta olímpica iniciou sua carreira no MMA três anos depois das Olimpíadas de Pequim e teve uma das carreiras mais influentes e icônicas da história do esporte. A ex-campeã dos pesos-galo e membro do Hall da Fama é regularmente citada como a razão pela qual muitas mulheres começaram no esporte.
“Hendo” representou duas vezes os Estados Unidos na luta greco-romana antes de ter uma das carreiras mais icônicas da história das artes marciais mistas. Ele conquistou títulos no PRIDE, no Strikeforce e no UFC, compartilhando batalhas lendárias com nomes como Mauricio “Shogun” Rua, Michael Bisping e Antônio Rogério Nogueira, para citar alguns.
O “Soldado de Deus” representou Cuba duas vezes, conquistando a prata em Sydney. O sempre explosivo Romero era conhecido por seu estilo enigmático de luta, que ele exibiu em sua plenitude nos duelos contra Robert Whittaker, Luke Rockhold e Chris Weidman. Romero disputou o cinturão do UFC três vezes e, embora nunca tenha conquistado o título, foi um dos mais temidos lutadores do peso-médio na década de 2010.
Fredy Serrano, da Colômbia, representou seu país em 2008 antes de fazer uma breve transição para as artes marciais mistas. Ele começou sua carreira no MMA com um cartel de 3 -0, incluindo duas vitórias e um bônus de desempenho no Octógono.