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Bem-vindo ao UFC, Luiz Henrique Frankenstein

Lutador chega ao Ultimate com 26 anos e dez vitórias por nocaute, oito no primeiro round


O Brasil tem mais um lutador no Ultimate: aos 26 anos, Luiz Henrique, mais conhecido como Frankenstein, chega com um cartel de dez vitórias por nocaute e nenhuma derrota - apenas duas não foram no primeiro round. O lutador pernambucano estreia no UFC 199, em 4 de junho, contra Jonathan Wilson, nos meio-pesados. Apesar da felicidade por fazer sua primeira luta no UFC, Frank faz questão de lembrar que o caminho até aqui não foi nada fácil.
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Criado em família humilde, Frank se mudou para Belém (ele mora no município de Benevides) quando ainda tinha nove anos e logo na sequência já começou a trabalhar para ajudar em casa. “Meus pais nunca me exploraram, mas sempre deixaram claro que eu precisava trabalhar para ganhar dinheiro. Isso me moldou como pessoa e lutador”. Aos 20 anos ele montou uma oficia mecânica com um primo e estava com a vida estabilizada, mas resolveu largar tudo para tentar sobreviver da luta. A ideia não estava dando muito certo.

"Eu estava quase desistindo de viver da luta, provavelmente iria parar nas próximas semanas. Ganhava todos os duelos dando show e não surgiam oportunidades maiores", conta um calmo Frank. "Ainda bem que meus treinadores insistiram pra eu acreditar no meu sonho, que não iria demorar até eu chegar ao maior evento de MMA do mundo".

"Eu estava quase desistindo de viver da luta, provavelmente iria parar nas próximas semanas

Frank é aquele tipo de lutador que já entrou na academia decidido que iria treinar MMA. Ele começou no jiu-jitsu relativamente tarde, aos 16 anos, e alguns dias depois já estava trocando socos e aprimorando as outras áreas de luta. A vontade de se tornar lutador profissional começou aos 15, quando ele assistia aos duelos do Pride e vibrava com os nocautes.

Assim como a maioria dos lutadores profissionais, Frank também não teve apoio dos seus pais no começo da carreira. Ele contou em casa que faria a primeira luta, foi recriminado, mas deu um jeito de comparecer. “Eu disse que iria apenas assistir o evento, mas estava pronto para lutar. Ganhei no primeiro round, mas fiquei com o olho roxo e precisei disfarçar quando conversava com minha mãe. Falava meio de lado para ela não perceber e até colocava graxa pra tentar passar despercebido”.

Estreia no Ultimate
Fran foi contrato após conseguir seu décimo nocaute na carreira, contra o ex-UFC Ildemar Marajo. Sua primeira luta está marcada para um dos principais eventos do ano, na Califórnia: UFC 199 – Rockhold x Weidman. “Ainda não tenho dimensão do que vai acontecer comigo, mas sei que vai melhorar minha vida. É bom ter o trabalho reconhecido e saber que estou fazendo a coisa certa”, diz ele, que só lutou no interior do Pará e no Rio de Janeiro.

Conhecido pelo estilo agressivo, apesar de ter começado no jiu-jisu, o pernambucano faz questão de dizer que prefere a luta em pé. E não vai ser diferente quando estiver frente a frente com Wilson, em junho. “Vai ser uma luta muito boa, estou sabendo que ele também gosta da trocação. Não vai ficar aquele combate amarrado. Pode ter certeza que vou tentar outro nocaute no primeiro round.

Frank?
Não adianta chegar em Benevides e perguntar quem é Luiz Henrique. Todo mundo lá o conhece como Frankenstein, apelido que vem da sua primeira academia. “Falaram que eu era alto, magro e desengonçado... Parecia o Frankenstein. Eu não gostei muito, mas aí é que o apelido pega mesmo. Muita gente nem sabe que meu nome verdadeiro é Henrique, mas todo mundo conhece o Frank”.
 
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