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Renan Barão e José Aldo são atuais campeões. Glover, Lyoto e Werdum podem aumentar a lista
Quando Glover Teixeira pisar no octógono do UFC 172, sábado (26) com a indigesta missão de acabar com a hegemonia de Jon Jones nos meio-pesados, o Brasil - que atualmente tem José Aldo (penas) e Renan Barão (galos) como únicos campeões da organização - dará o primeiro dos cinco passos previstos para tentar encerrar a temporada 2014 com a soberania de cinturões do Ultimate.
Fora Barão e Aldo, os Estados Unidos dominam todas as outras sete categorias. O Brasil já deteve quatro cinturões simultâneos em 2012, recorde até agora.
Até o fim do ano, pelo menos cinco lutadores nacionais estão garantidos em disputas ou defesas de títulos. Se a média atingir os 100%, o país dominará cinco das nove categorias.
Como a palpitagem sempre é livre, dissecamos algumas possibilidades.
Galos: Renan Barão amplia a margem de dominância em cada performance. O próximo compromisso será contra o norte-americano TJ Dillashaw, quinto colocado do ranking, no dia 24 de maio.
Direto e reto: Dillashaw é outro wrestler que exerce controle dinâmico da luta e confia em um par de sequências de golpes em pé, fato que já se mostrou insuficiente para deter o jogo versátil e explosivo de Barão. O potiguar venceu duas vezes Uirjah Faber, o ‘mestre’ de Dillashaw, e se o bichinho do imponderável não teimar em aparecer, o Brasil mantém a cinta por mais um tempo.
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Penas: José Aldo ainda não tem o próximo desafio agendado. Invicto desde 2005, o campeão possivelmente fará revanche contra Chad Mendes, no segundo semestre.
Direto e reto: Da mesma forma que o parceiro de treinos Barão, voa baixo na divisão há anos. Espera-se que o manauara suba para os leves em médio prazo, onde tem compromisso pendente contra o habilidoso campeão Antonny Pettis.
Médios: Lyoto Machida pega o campeão Chris Weidman. O combate foi adiado de maio para julho por causa de uma lesão no joelho do norte-americano.
Direto e reto: Com duas vitórias em duas lutas pela divisão 84kg, o carateca brasileiro se repaginou mais em aspectos físicos – ganhou agilidade e velocidade, por exemplo - do que tecnicamente na nova categoria, onde mantém o jogo de distância, movimentação e contragolpes sempre em dia.
Na última atuação contra o Gegard Mousasi, mostrou maturidade estratégica e controle total do combate para costurar importante vitória por pontos. Weidman tem um handicap mais que vistoso: duas vitórias sobre Anderson Silva, e com isso a fama intimidante de grande ‘destruidor de lendas’.
A disputa contra Machida será a primeira para o norte-americano começar a escrever a hegemonia em uma divisão repaginada e com fila casca-grossa de postulantes ao título, na qual estão nomes como Vitor Belfort, Ronaldo Jacaré e Luke Rockhold.
Pesados: Fabrício Werdum se credenciou para encarar o campeão Cain Velásquez após triunfo por pontos e dominante sobre o havaiano Travis Browne, no UFC Orlando. Por ora, a expectativa é que ambos protagonizem o primeiro TUF com atletas mexicanos, e que o combate comande a programação do primeiro evento realizado pela organização no país latino, terra dos pais do campeão.
Direto e reto: Velásquez é um espécime físico diferenciado para os pesados, o que configura grande pesadelo para qualquer desafiante. Ele conta com o melhor preparo físico da categoria e a capacidade de atuar como uma máquina de destruição constante.
Werdum demonstrou certo cansaço contra Browne, mas se recuperou bem e mostrou novamente boa evolução na parte em pé, com combinações bem treinadas e grande obediência tática.
Em uma primeira vista, o campeão é o franco favorito. Mas o brasileiro conta com o melhor trabalho de guarda no solo – e finalizações da posição - da divisão, o que pode ser fator essencial para deter o temido jogo de abafa e controle por cima de Velásquez.