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Bruno Blindado posa para retrato após o UFC 269
Entrevistas

Blindado quer deixar seu legado no MMA

Paraibano enfrenta o compatriota Alex "Poatan" no UFC Vegas 50, no próximo sábado (12)

Ele vem de três vitórias seguidas no Octógono e agora terá mais um grande desafio pela frente. Bruno Blindado encara o compatriota Alex "Poatan" no UFC Vegas 50, programado para o próximo sábado (12), no UFC Apex.

Aos 32 anos, Blindado tem uma vasta história no MMA. O peso-médio lutou na seletiva do TUF Brasil 3, foi campeão em um evento de MMA na Rússia e começou sua jornada no UFC de forma impressionante, se tornando um dos atletas favoritos dos fãs brasileiros.

"As mensagens que mais gosto de ouvir são quando as pessoas falam que tinham perdido a vontade de assistir MMA, mas voltaram a ter depois que me viram lutar. Eles me comparam com a época do PRIDE. Época do Wanderlei, do Shogun, do Minotauro. Da galera das antigas, a galera raiz", disse em entrevista exclusiva ao UFC Brasil.

Apesar de ser um 'porradeiro' no Octógono, como ele mesmo se chama, o paraibano garante que é uma pessoa completamente diferente no dia-a-dia. Para ele, é importante encarar o trabalho a sério, mas também é necessário viver de forma leve e divertida.

Confira o card completo do UFC Vegas 50

Bruno Blindado na pesagem do UFC 269

Bruno Blindado na pesagem do UFC 269. (Foto por Carmen Mandato/Getty Images)

Bruno Blindado na pesagem do UFC 269. (Foto por Carmen Mandato/Getty Images)

"Quando fecha o Octógono, para mim não tem amizade. Não tem brincadeirinha, risadinha, aperto de mão. Pra mim é um momento único, que eu vou para cima do cara. Eu tenho que acabar com a luta ou o cara vai acabar comigo".

"Tem uma galera que gosta de ver o outro lado do lutador. O lado brincalhão, que não é só de porrada. O lado humano, o lado de pai. Eu sou um cara muito feliz e grato pelo que eu tenho. Gosto de dançar, gosto de dar risada, gosto de ter as pessoas do meu lado e de fazê-las sorrirem".

E toda essa naturalidade ao tratar do seu modo de viver se resume a uma palavra: legado. Blindado não quer apenas ser lembrado como um grande lutador, mas como uma grande pessoa e um grande ídolo no esporte.

"Conselho é bom, mas o exemplo é o principal", começa o peso-médio. "Eu sempre preguei muito a parte de legado. Legado é você não passar despercebido em um lugar. Eu acho que a parte bacana é você deixar sua história, seu estilo de luta. Ser único. O pessoal lembrar do cara porradeiro, lembrar do meu nome. Que minha história motive as pessoas, motive as crianças e os jovens que queiram lutar".


Um outro passo para chegar mais próximo desse objetivo é conquistar outra mais uma grande vitória no UFC Vegas 50. Para o lutador, o duelo contra "Poatan" chega em uma ótima hora, especialmente por toda a expectativa que o rival carrega por ter vencido o campeão Israel Adesanya no kickboxe.

"Minha carreira toda foi como se eu fosse um menino jogado em cima de leões. Às vezes batia, às vezes apanhava. Você vai ver muitos altos e baixos em meu cartel, especialmente no começo da minha carreira. Nos últimos anos, tenho só uma derrota. Então eu aceitei numa boa e vai ser uma grande luta".

"Com o "Poatan", eu não sei. Ele defende muito bem na grade, mas eu sou um cara que derruba mais no meio. Então eu vou trocar porrada com ele. Luta é luta, independente de quem seja o adversário. Ele, Anderson Silva, Demian Maia. Vou fazer o que sempre faço, focado na luta. Se tiver bom em cima, continuo em cima. Se não tiver, vou mandar pro chão".

Bruno Blindado comemora a vitória no UFC 269

Bruno Blindado comemora a vitória no UFC 269. (Foto por Jeff Bottari/Zuffa LLC)

Bruno Blindado comemora a vitória no UFC 269. (Foto por Jeff Bottari/Zuffa LLC)

E como ele se vê daqui a alguns anos? Ainda na ativa e no topo da categoria. Porém, Blindado quer acima de tudo deixar uma lição de vida para todos os que acompanharão sua carreira.

"Deus não fez nenhum homem para ser miserável. Deus fez todos para vencer. O legado que eu quero deixar é esse. Não importa o lugar que você venha. A cidade, a classe social, a cor. Não importa nada disso. O que importa é que você acredite, trabalhe, tenha fé em Deus e mantenha os pés no chão".

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