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Após ser derrotado na estreia pelo UFC, brasileiro tem outra parada dura pela frente
Lutando pelo menos uma vez por ano desde o começo no MMA em 2007, Bruno 'Carioca' Santos estreou no UFC em 2013, após mais de um ano parado.
O brasileiro não teve vida fácil ao fazer o primeiro duelo no UFC, quando saiu derrotado por decisão unânime (perdendo assim a invencibilidade diante do polonês Krzysztof Jotko), em evento realizado na Austrália.
“Não quero dar desculpas, mas aquele tempo parado somado ao fato da luta ser do outro lado do mundo influenciou muito meu desempenho”, disse o atleta da Nova União.
Agora, ele afirma estar melhor treinado para seu segundo compromisso no octógono, neste fim de semana, contra o experiente Chris Camozzi nas preliminares do UFC 175, em Las Vegas.
Perder sempre é complicado, mas ainda quando se tem um cartel invicto, e isso te leva até o maior evento do mundo. Como ficou sua cabeça após a derrota na estreia pelo UFC?
Você se questiona sobre várias coisas. Acho que tudo tem relação com que tipo de lição você tira. Achava que ia ficar muito mal com isso, que nunca iria perder uma luta, que chegaria em qualquer lugar sem perder. Queria competir e me achava apto, mesmo com um intervalo grande entre minha última luta e a estreia no UFC, a ter um bom desempenho e vencer. Não aconteceu, porém me forçou a treinar mais e vir muito mais preparado para enfrentar o Chris (Camozzi). Não posso garantir a vitória, mas minha vontade de mostrar serviço está enorme.
Apesar do cartel invicto antes de lutar no UFC pela primeira vez, das suas 13 vitórias apenas duas não foram por decisão. Muitos fãs e especialistas acabavam questionando se o seu estilo não seria um pouco amarrado. Como você encara isso?
Tenho muita vontade de finalizar e nocautear, sempre foi assim. Mas sempre lutei com caras que estavam em fases melhores que a minha. Então, bati todos por estar seguindo a estratégia correta, por estar disciplinado em derrotá-los naquele momento. Utilizava meus atributos e não inventava nada. Ganhei lutas muito difíceis. Na sequência, vinham caras bem mais duros. Optei por isso. Derrotar lutadores que são considerados abaixo do seu nível não te faz evoluir. É aí que você acaba surpreendido.
O Chris Camozzi tem muito mais experiência que você dentro do octógono. Como foi a preparação para encarar um cara que talvez tenha os 'atalhos' no cage do UFC?
Confio demais no meu jogo de força, gosto de mostrar minha superioridade nesse sentido. Me prepare bem para enfrentar qualquer tipo de desafio dentro da luta. Do pouco que assisti dele, vi que é um cara da trocação, que gosta do muay thai, então preciso encontrar meu caminho para aproximar e impôr meu estilo, seja trocando (golpes) ou no chão. Quero render muito nessa luta, está tudo preparado, vou tentar fazer tudo que treinei e acredito que alguma dessas coisas vai dar muito certo.
Garante a vitória nesta segunda luta no UFC?
Garantir é muito complicado, garanto que tenho muita, mas muita vontade mesmo de busca-lá. Meus amigos do Rio de Janeiro e Bahia estão me dando aquela força extra-treinos, me ligando, mandando mensagens de incentivo tipo, “Não vai dar aquele mole da primeira luta”, “Confiamos que agora vai”, e apesar de parecer que não, ajuda muito. Então é nessa que vou embarcar, e vocês verão uma grande luta.