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Brasil pode coroar campeãs nas duas categorias femininas na International Fight Week
Além da óbvia relevância para a história do UFC e para os rumos da organização, com mais de 60 lutas realizadas em três dias, e cinco cinturões em disputa, a International Fight Week 2016 pode ficar eternizada também para o MMA feminino brasileiro.
Isso porque o país que já conquistou títulos em todas as categorias masculinas do UFC - à exceção dos pesos mosca e meio-médio - terá duas lutadoras brigando por cinturões nas duas divisões femininas da organização, os pesos galo e palha, com Amanda Nunes e Claudia Gadelha, respectivamente.
Candidatas à heroínas do esporte nacional, as lutadoras, que, simplesmente por atingirem tal patamar de competitividade, já são merecedoras de admiração, por derrubar o preconceito de que não haveria espaço para mulheres no mundo das lutas, brigam para chegar ao ponto mais alto do esporte, coroando carreiras que já duram quase uma década.
Claudinha Gadelha - desafia Joanna Jedrzejczyk pelo cinturão peso-palha no TUF 23 Finale, dia 8 de julho
A primeira a entrar em ação será a potiguar Claudinha Gadelha, de 27 anos. Na luta principal do segundo evento da International Fight Week, ela encara sua arqui rival, a polonesa Joanna Jedrzejczyk, e tenta vingar a única derrota sofrida na carreira.
A brasileira enfrentou a atual campeã em dezembro de 2014, quando lutavam pela oportunidade de desafiar a então detentora do cinturão peso-palha, Carla Esparza.
Claudinha era apontada como a adversária natural de Esparza, uma vez que havia conquistado o direito de enfrentá-la quando a americana era campeã do Invicta FC. Entretanto, as duas foram contratadas pelo UFC antes de o combate ocorrer, e elas acabaram seguindo caminhos distintos.
Após uma luta equilibrada, Joanna venceu Gadelha em uma polêmica decisão dos jurados, com a qual a brasileira nunca concordou. A polonesa acabou conquistando o título, e Claudinha teve que voltar para a fila e se credenciar para uma revanche.
Menos de dois anos depois, as duas acabam de treinar equipes rivais na 23ª edição do TUF, o que só gerou ainda maior animosidade entre as partes. Se a primeira luta já foi como foi, a revanche promete ainda mais emoções.
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Amanda Nunes - desafia Miesha Tate pelo cinturão peso-galo no UFC 200, dia 9 de julho
Missão não menos espinhosa terá a “Leoa” Amanda Nunes, que encara uma embalada e recém-coroada campeã Miesha Tate em uma das três disputas de título do UFC 200.
A baiana de 28 anos chega à disputa de cinturão em um momento de transição na categoria, que, por anos, foi dominada por Ronda Rousey.
Em novembro de 2015, Ronda foi surpreendida por Holly Holm e acabou nocauteada no segundo assalto; Quatro meses depois, Holly foi quem acabou pega de surpresa por Miesha Tate, e foi finalizada no quinto round. Considerada grande azarona para o combate, Amanda espera repetir o feito das duas últimas campeãs.
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Para isso, ela terá que encerrar a sequência de cinco vitórias consecutivas de Miesha, considerada uma das atletas mais completas e resistentes do peso, que sofreu sua últimas derrota para a própria Ronda, ainda em 2013.
A principal arma da brasileira será a contundência de seus golpes. A “Leoa” conquistou três de suas cinco vitórias no octógono por nocaute técnico - são nove nocautes ao todo na carreira -, mas também mostrou habilidade no chão ao finalizar Sara McMann em agosto de 2015.
Sua mais recente vitória foi em março deste ano, sobre Valentina Shevchenko, por decisão unânime - apenas a segunda vez na carreira que uma luta de Amanda foi para os jurados.
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Chegou a vez das mulheres
Se há pouco mais de três anos ainda não tínhamos visto uma luta feminina sequer no octógono, hoje elas fazem lutas principais em eventos da International Fight Week, e estão no card principal do UFC 200, o maior da história da organização.
E as mulheres brasileiras estão diretamente ligadas à esse crescimento, envolvidas nas disputas dos dois cinturões do Ultimate. Na semana mais importante da história da organização, o Brasil pode ter duas mulheres campeãs.
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