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Com a ajuda de um campeão, Ednaldo Lula está pronto para o maior desafio

Peso pesado do nordeste faz estreia no maior palco do MMA no UFC Rio, e busca repetir sucesso no circuito nacional com vitória diante de ex-desafiante ao cinturão.

Invicto em 15 lutas (13-0-1,1NC), Ednaldo “Lula” Oliveira vai ter a grande chance da vida. No próximo dia 14, estará em ação no UFC 142, no Rio de Janeiro, quando faz a estreia na organização. A tarefa não é fácil, contra o experiente ex-desafiante ao título de pesos pesados Gabriel Gonzaga, o Napão. No entanto, para quem superou tantas barreiras e conseguiu chegar tão longe, não falta confiança.
Ednaldo nasceu no estado de Sergipe, em 19 de fevereiro de 1984. Ainda criança, partiu para Salvador, na Bahia e, antes mesmo de praticar artes marciais, já mostrava ter disposição de lutador.

“Sempre tive que batalhar para ter o algo na vida. Meu pai é carpinteiro e a minha mãe trabalha em casa, faz lanches para vender. Nunca passei fome, mas foi uma infância sofrida. Tive que correr atrás e meus pais, dentro do possível, sempre me ajudaram. Nos últimos anos, trabalhava como vigilante noturno de uma faculdade e, por isso, consegui ter uma bolsa de estudos. Estou no 10º período do curso de Direito e não vou abandonar, quero o diploma. Mas agora não preciso mais trabalhar à noite, posso me preocupar apenas em treinar”, conta. 

No meio das lutas, Ednaldo tem o histórico parecido com o de outro grande lutador que faz história no Octógono, o atual campeão peso pesado Junior “Cigano” dos Santos que, inclusive, o ajuda bastante para o desafio.

“Comecei a treinar jiu-jitsu com o mestre Yuri Carlton há 14 anos, que também foi o primeiro treinador do Cigano. Não levava tão a sério e não imaginava que um dia iria me profissionalizar. Mas a gente passou a treinar numa academia mais estruturada e havia alguns colegas que iriam lutar. Comecei a ajudá-los e foi quando eu decidi estrear no MMA. Sem muita pretensão, fui indo bem e hoje tenho contrato assinado com o maior evento do mundo. Batalhei muito para isso, sofri, enfrentei muitas barreiras e finalmente posso viver da luta. É um sonho realizado”, diz.

“Sobre o Cigano, estamos juntos o tempo todo. Ele está sempre me dando conselhos, me ajudando e para esta luta não foi diferente”, completa. 

A ajuda do detentor do título pesado é importante, pois o debutante em UFCs terá um veterano de peso pela frente. Gabriel Napão (12-6-0) chegou perto do cinturão da categoria, quando acabou batido por Randy Couture no UFC 74.

“O Napão é um atleta que dispensa comentários, muito duro e forte, além de ser um lutador bastante experimentado. Só que eu estou aí para buscar o meu lugar e a gente vai se bater lá. Será um combate difícil, mas, com certeza, sairei vitorioso”, garante.

Ednaldo está emocionado pela chance de estrear no UFC dentro do seu país, mas sabe que não pode vacilar. Com muita experiência no jiu-jitsu, Napão também é um perigoso striker, dono de um chute potente que já derrubou gigantes como Mirko Cro Cop. Além disso, a luta marca a sua volta ao UFC, afastado desde a derrota para Brendan Schaub, em 2010. Ou seja, Napão vem com tudo para retomar o seu espaço. 

“Ele é bom de chão, então foquei muito as defesas de queda. Entretanto, sou faixa-preta de jiu-jitsu também e estou preparado para jogar por baixo. Ele tem um chute forte, mas para isso basta manter a guarda alta”, analisa. “Tenho vitórias tanto no chão como lutando em cima. Nas últimas lutas fui mais no boxe, porque consigo aproveitar a minha boa envergadura, tenho 2,01 metros. Meu foco agora é buscar a luta em cima”, prossegue. 

Cheio de ambições e com o companheiro Junior Cigano para treinar e se espelhar, Ednaldo levará para dentro do cercado a mesma gana que o fez vencer na vida. Se vai fazer história no Ultimate, o futuro dirá. Mas algumas coisas o lutador já garante.

“Podem saber que estarei sempre preparado e que as minhas lutas são sempre movimentadas. Contra o Napão não vai ser morno, podem esperar algo emocionante”, encerra.