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Saiba quem são os atletas que estão a caminho de serem eternizados no Ultimate
Os três eventos da International Fight Week vão impactar o cenário do MMA atual, com disputas de cinturão, desafiantes tentando subir nos rankings e promessas tentando se consolidar.
Mas tudo isso é agora. E daqui a 10 ou 20 anos? Será que, no futuro, olharemos para os dias 7, 8 e 9 de julho como os dias que mudaram o esporte, que produziram talentos do Hall da Fama lutando em um mesmo card? Este é um tópico de debate interessante, então por que não começar esse debate aqui mesmo, com 10 lutadores que entrarão em ação na próxima semana e podem, eventualmente, conquistar um lugar no Hall da Fama do UFC.
Os fatos: Campeão peso-leve do UFC. Uma defesa de cinturão. Vitórias sobre Donald Cerrone (duas vezes, Anthony Pettis, Nate Diaz e Benson Henderson).
Os argumentos: Dos Anjos é o exemplo de alguém que deu duro para brilhar, e não estaria aqui se fosse por seu início no UFC, com três vitórias e três derrotas. Mas, a partir de 2012, RDA começou a construir um sólido currículo, e sua única de lá para cá foi para Khabib Nurmagomedov em 2014. Ele nocauteou ex-campeão, e dono de um queixo de aço, Benson Henderson, dominou Nate Diaz e Anthony Pettis, e nocauteou Donald Cerrone na revanche entre os dois.
E agora? Para permanecer nesta lista, RDA precisa vencer Eddie Alvarez no dia 7 de julho. Esta será sua segunda defesa de cinturão. Se conseguir mais uma além dessa, ele se junta a BJ Penn, Frankie Edgar e Henderson com o maior número de defesas consecutivas entre pesos-leves. Quebrando esse recorde, ele deverá conseguir seu lugar.
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Os fatos: Campeã peso-palha do UFC. Duas defesas de título. Vitórias sobre Claudia Gadelha, Carla Esparza, Jessica Penne e Valerie Letourneau.
Os argumentos: A polonesa Joanna Jedrzejczyk é a segunda campeã peso-palha da história do UFC, mas é justo dizer que foi ela quem colocou a divisão em evidência. Isso pode ser suficiente para colocá-la no Hall da Fama um dia, mas, por enquanto, ela ainda tem muitas lutas pela frente. Joanna foi dominante em todas suas lutas, exceto contra Claudia Gadelha em 2014, e ela terá a chance de definir a rivalidade de uma vez por todas se vencer com contundência no dia 8 de julho. Caso consiga, haverá outras desafiantes, mas nenhuma delas será favorita contra Jedrzejczyk.
E agora? Vencer Gadelha em 8 de julho, e então começar a limpar a divisão, uma por uma, como Demetrious Johnson.
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Os fatos: Campeão meio-pesado do UFC. Uma defesa de cinturão. Campeão do Grand Prix dos pesos-pesados do Strikeforce. Membro da delegação dos Estados Unidos em duas Olimpíadas. Vitórias sobre Josh Barnett, Frank Mir, Antônio Pezão, Roy Nelson, Dan Henderson, Anthony Johnson e Alexander Gustafsson.
Os argumentos: Membro da seleção norte-americana de wrestling em duas Olimpíadas, Cormier migrou para o MMA em 2009 e construiu seu nome no Strikeforce como um peso-pesado, divisão em que ele ainda competia quando chegou ao UFC em 2013. Ele venceu nomes impressionantes lutando entre os grandões, mas foi entre os meio-pesados que ele chegou ao título mundial. No dia 9 de julho, na luta principal do UFC 200, ele terá a chance de vingar sua única derrota ao enfrentar Jon Jones
E agora? Vencer Jon Jones dia 9 de julho. Caso consiga, ele terá vencido os três melhores atletas divisão (Jones, Gustafsson e Anthony Johnson), e terá vencido talvez o melhor lutador de todos os tempos em “Bones”. Aos 37 anos, Cormier já não tem mais cinco ou 10 anos de carreira pela frente, então a pergunta é, isso será suficiente para um lugar no Hall da Fama?
Jon Jones
Os fatos: Campeão interino meio-pesado do UFC. Ex-campeão meio-pesado. Mais jovem campeão da história do UFC. Maior número de defesas de título na história dos meio-pesados. Vitórias sobre Stephan Bonnar, Ryan Bader, Mauricio Shogun, Rampage Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort, Chael Sonnen, Alexander Gustafsson, Glover Teixeira, Daniel Cormier.
Os argumentos: Veja acima. Nem uma catastrófica sequência de derrotas daqui até o fim da carreira pode apagar o que Jon Jones já fez. Já podem começar a fazer este troféu de membro do Hall da Fama.
E agora? Apesar de provavelmente não precisar, vencer revanches contra Cormier e Gustafsson e vencer Anthony Johnson seriam as cerejas no bolo desta lendária carreira.
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Os fatos: Ex-campeão peso-pesado do UFC. Duas defesas de título. Vitórias sobre Frank Mir, Heath Herring, Randy Couture, Shane Carwin.
Os argumentos: Este é provavelmente o caso mais interessante. Lesnar fez apenas oito lutas profissionais, vencendo cinco, mas seu impacto na divisão dos pesos-pesados foi único. Então, o que faz dele digno do Hall da Fama? Ele conquistou o título contra Randy Couture na quarta luta de sua carreira. Ele dominou Herring e Mir, e sua vitória sobre Carwin foi uma das melhores lutas de pesos-pesados da história. Estas são as boas notícias. As ruins? Ele perdeu seus dois últimos combates para Cain Velasquez e Alistair Overeem, e sua carreira foi abreviada – e afetada enquanto ele estava na ativa – devido à diverticulite. Derrotas são derrotas, e você não pode cogitar alguém para o Hall da Fama baseado no que ele poderia fazer. Uma vitória no UFC 200 após cinco anos parado ajudaria Lesnar nesse objetivo, e se você levar em conta o impacto dele no esporte, ele teria meu voto.
E agora? Vencer Hunt ajuda, mas mesmo que perca no UFC 200, a possibilidade de Lesnar no Hall da Fama é interessante.
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Os fatos: Campeão peso-pena do WEC. Duas defesas de cinturão. Campeão peso-pena do UFC. Sete defesas de cinturão. Vitórias sobre Frankie Edgar, Chad Mendes (duas vezes), Cub Swanson, Mike Brown, Urijah Faber, Kenny Floria, Chan Sung Jung, Ricardo Lamas.
Os argumentos: Provavelmente garantido no Hall da Fama como o homem que dominou a divisão peso-pena de 2009 a 2015. Este é um grande período no topo, e, apesar de a derrota em 13 segundos para Conor McGregor em dezembro do último ano ter sido difícil de digerir para o brasileiro, ela não deveria diminuir seu legado, especialmente se ele conquistar o cinturão interino no UFC 200 e se credenciar para uma revanche contra o “Notório”.
E agora? Uma vitória sobre Edgar em 9 de julho ajudaria a recuperar seu status com os fãs, mas, mesmo que Aldo se aposentasse amanhã, ele teria um currículo digno de Hall da Fama.
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Frankie Edgar
Os fatos: Ex-campeão peso-leve do UFC. Três defesas de cinturão. Possível desafiante no peso-pena. Vitórias sobre BJ Penn (três vezes), Gray Maynard, Sean Sherk, Charles Oliveira, Cub Swanson, Urijah Faber, Chad Mendes.
Os argumentos: Frankie Edgar foi um azarão durante a maior parte de sua carreira. Agora, prestes a disputar o cinturão interino dos pesos-pena com José Aldo no dia 9 de julho, ele é visto por muitos como um dos melhores da história do esporte. Esse respeito foi adquirido com trabalho duro, e você pode até argumentar que das quatro derrotas de Edgar na carreira, três delas (as duas para Ben Henderson e para José Aldo) poderiam ter ido para qualquer lado. Esta é uma marca expressiva, e, caso vença no UFC 200, ele estará entre os três lutadores na história que conseguiram cinturões em duas categorias no UFC. Conhecendo Edgar, ele não estará satisfeito até conquistar o cinturão linear, mas os fatos são fatos.
E agora? Vencer Aldo e conseguir o cinturão interino. Isto pode garantir a passagem de Edgar para o Hall da Fama.
Miesha Tate
Os fatos: Ex-campeã peso-galo do Strikeforce. Campeã peso-galo do UFC. Vitórias sobre Holly Holm, Jessica Eye, Sara McMann, Liz Carmouche, Julie Kedzie, Marloes Coenen.
Os argumentos: Uma das pioneiras do MMA feminino, Miesha Tate finalmente conquistou o ouro no grande palco ao finalizar Holly Holm em março. Este foi o ápice de uma carreira com altos e baixos, mas agora Tate tem a chance de adicionar ainda mais capítulos à sua história e, possivelmente, colocar “Membro do Hall da Fama” em seu currículo.
E agora? Primeiro, Tate precisa vencer Amanda Nunes em 9 de julho. Então a diversão vai começar. Será que ela enfrentará Holm novamente? E que tal Rousey, pela terceira vez? Uma revanche com Cat Zigano, caso Zingano vença Julianna Pena? As possibilidades são infinitas, mas a verdade é que, se Tate quer um lugar no Hall da Fama, precisa continuar vencendo.
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Cain Velasquez
Os fatos: Ex-campeão peso-pesado do UFC duas vezes. Duas defesas de cinturão. Primeiro atleta de origem mexicana a vencer um título de um grande esporte de combate entre os pesos-pesados. Vitórias sobre Rodrigo Minotauro, Junior Cigano (duas vezes), Brock Lesnar, Antônio Pezão (duas vezes), Ben Rothwell.
Os argumentos: Quando Cain Velasquez venceu Brock Lesnar em 2010 e conquistou o título dos pesos-pesados do UFC, os fãs acreditavam que seria um longo reinado. Mas então Junior Cigano o nocauteou em 2011. Em seguida, lesões perseguiram Velasquez, e ele fez apenas cinco lutas nos três anos seguintes – mas, mesmo assim, conquistou, defendeu, e perdeu novamente o título. Em 9 de julho, Velasquez luta pela primeira vez em mais de um ano, e enfrenta Travis Browne. Com uma vitória, ele pode ter a chance de empatar o recorde e conquistar o título pela terceira vez. O único outro lutador com tal façanha – Randy Couture – está no Hall da Fama. Este pode ser o número mágico para Velasquez.
E agora? Reconquistar o título e defendê-lo mais de duas vezes, quebrando o recorde de defesas que ele já detém.
Os fatos: Vencedor da primeira temporada do The Ultimate Fighter. Ex-desafiante ao título. Vencedor de seis prêmios de “Luta da Noite”. Vitórias sobre Jim Miller, Ross Pearson, Takanori Gomi, Martin Kampmann, Clay Guida, Joe Stevenson, Karo Parisyan, Nick Diaz, Kenny Florian.
Os argumentos: Este é um caso interessante. O que fazer com um lutador que tem sido um dos preferidos dos fãs, e a cara da organização por mais de uma década, realizando uma das lutas mais espetaculares já vistas no octógono, mas que nunca conquistou um cinturão? O caso de Diego Sanchez me lembra de quando Arturo Gatti e Ray Mancini estavam cotados para indução no Hall da Fama Internacional do Boxe. Ambos eram campeões mundiais, mas os críticos achavam que ambos não eram partes da elite da nobre arte. Eu não concordava, e dizia que o impacto de Gatti e Mancini ia muito além do que acontecia no ringue. Eles trouxeram muitos fãs ao esporte, e fizeram com que você conversasse sobre suas lutas no escritório em uma segunda-feira de manhã. Isso é mais importante que vitórias e derrotas. E é assim que me sinto sobre Diego Sanchez.
E agora? Continuar sendo o mesmo Diego, e as coisas acontecerão naturalmente.
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