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Campeã peso-pena já mira sua primeira defesa de cinturão no Ultimate
No último mês de julho, Cris Cyborg coroou sua brilhante carreira nas artes marciais mistas com a conquista do cinturão peso-pena do Ultimate na vitória sobre Tonya Evinger, no UFC 214. Imediatamente após a vitória, a brasileira já sentiu as primeiras mudanças na vida de campeã.
“Fiz escala no Panamá e lá já tinham várias pessoas pedindo para tirar foto comigo”, contou Cyborg em conversa com jornalistas no Rio de Janeiro nesta terça-feira, “Eu falei que não tinha dormindo ainda, mas fiz as fotos com prazer. Preciso apoiar os meus fãs, eles que fizeram tudo isso acontecer, sempre apoiaram, desde a minha primeira luta”.
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Com o título de Cyborg, o Brasil tem agora duas campeãs brasileiras (Cris e Amanda Nunes) nas três divisões femininas existentes no UFC, algo que enche a curitibana, uma das pioneiras do MMA feminino, de orgulho.
“Antes eram apenas os homens que tinham os títulos, agora são as mulheres”, disse, “Isso mostra que chegamos para ficar. A Amanda Nunes também tem feito muito pelo esporte, com certeza os fãs estão felizes com a gente representando eles”.
E quem acha que a chegada ao topo mudará a mentalidade da lutadora de 32 anos está muito enganado. Menos de um mês após a conquista do cinturão, Cyborg já pensa em sua primeira defesa de título, e reforçou o desejo de encarar a ex-campeã peso-galo e ex-desafiante ao cinturão peso-pena do Ultimate, Holly Holm.
“Não tenho nada contra a Holly Holm, sou até amiga dela, fizemos um filme juntas, mas ela é uma grande adversária”, disse Cris, “Ela tem um jogo muito bom em pé, que eu também gosto de jogar, mas acredito que essa luta seja boa porque é um confronto que os fãs vão querer assistir”.
Dona de diversos títulos no boxe profissional, Holly chocou o mundo do MMA ao se tornar a primeira mulher a vencer Ronda Rousey quando nocauteou a então campeã invicta em 2015.
Desde então, a norte-americana perdeu o título da categoria e foi derrotada também por Germaine De Randamie no duelo pelo cinturão inaugural do peso-pena, mas se recuperou do momento ruim ao vencer a brasileira Bethe Correia em sua luta mais recente, no último mês de junho.
“A Holly Holm não tem poder de nocaute nas mãos, ela sempre nocauteia com chute, nunca com um soco”, analisou Cris, “Tem vários pontos falhos em seu jogo. Não tem wrestling, na luta contra a Germaine De Randamie isso ficou claro, ela tentou levar para o chão e não conseguiu. Acredito muito na minha parte em pé, tenho força e sei que poderia nocauteá-la”.
Todavia, como fez ao longo de toda sua carreira, em trajetória na qual conquistou também os títulos do Strikeforce e do Invicta FC, Cris Cyborg seguirá aceitando qualquer desafio que se apresente e buscando confirmar, luta após luta, que é a maior lutadora da história do esporte.
“Estou indo para a Tailândia começar meu camp e vou finalizá-lo nos Estados Unidos. Não sei quem vai ser minha adversária, gostaria que fosse a Holly Holm, mas estarei preparada”, concluiu.
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