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Entrevistas

Dana White responde

Presidente do UFC fala sobre a companhia, Amanda Nunes, Conor McGregor e o que vem por aí

Quando Dana White e os irmãos Fertitta compraram o UFC em 2001, eles adquiriram mais do que o nome e um Octógono.

“Quando fizemos a compra, esperávamos apenas que a ESPN cobrisse os eventos, nem imaginávamos que transmitissem”, disse Dana, “Acreditávamos que esse poderia ser um esporte global, que poderia dar certo em todo lugar. Praticamente tudo que eu e os irmãos Fertitta acreditávamos há 20 anos se realizou”.

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E muito mais. Duas décadas depois, aquele investimento se tornou uma potência dos esportes internacionais que continua a expandir e evoluir rapidamente.

Neste final de ano, e também de década, nos sentamos com o presidente do UFC para refletir sobre os triunfos do passado e suas visões sobre o futuro.

UFC: Sob qualquer perspectiva, ano passado foi grandioso para o UFC. No futuro, quando pensar em 2019, qual será a principal memória?

Dana White: Há muitas coisas de que se lembrar quando pensar em 2019. Foi um ano de quebra de recordes para nós em diferentes maneiras, desde bilheteria à quantidade de lutas que fizemos. O acordo com a ESPN - estivemos com eles desde o início de 2019 e o negócio como um todo decolou. Inauguramos o UFC Apex esse ano. O Instituto de Performance do UFC, que já existia em Las Vegas, agora está aberto também em Shanghai. Esperamos chegar ao México em breve. Vindo de tudo o que conquistamos nos últimos 20 anos, 2019 foi um ano bem forte para nós.


UFC: Em que momento você percebeu que essa companhia estava destinada a ser um modelo internacional para o MMA?

DW: Do dia em que começamos os negócios, pensamos como os fãs em tudo, desde como o evento ao vivo deveria acontecer, como deveria ser na televisão, como deveria ser apresentado aos fãs em cada aspecto. Tínhamos essa visão de tornar esse o maior evento ao vivo dos esportes. Digo isso o tempo todo e é verdade; não estou sendo arrogante: quando você vai ao nosso evento, é o melhor evento esportivo que você verá. É ótimo na TV, mas é ainda melhor ao vivo. Sempre acreditamos que chegaríamos aqui, e chegamos.

Top 12: Os melhores da década

UFC: O UFC ultrapassou a NFL em número de seguidores no Instagram esse ano. Com certeza esta foi uma grande afirmação.

DW: Sim. Olhando pelo aspecto amplo, essa companhia - desde a produção até muitas outras coisas - não recebemos o crédito que merecemos pelo ótimo trabalho de todos aqui e pelo produto que realizamos, sendo praticamente o primeiro esporte verdadeiramente global. Quando você pensa em todos esses outros esportes e no tempo que demorou para se tornarem globais, nós realizamos em apenas 20 anos. Então temos nossas pequenas vitórias aqui e ali - como passar a NFL em número de seguidores - mas eu adoraria ver as talentosas pessoas que trabalham aqui receberem o crédito que merecem um dia.

UFC: O Dana White’s Contender Series tem sido um grande sucesso tanto nos Estados Unidos como no Brasil. O que mais te empolga sobre a nova versão asiática do programa?

DW: Eu amo o conceito do Dana White’s Contender Series, então acho que qualquer versão que façamos em qualquer lugar do mundo, vamos encontrar os melhores talentos como temos feito nos últimos dois anos. Mas a Ásia está com tudo agora. Temos nossa primeira campeã asiática, a Weili Zhang, e há muitos outros talentos. É um jogo de números. Quando você tem mais de um bilhão de pessoas, você vai encontrar alguns lutadores talentosos. E agora com eles tendo acesso a algo como o Instituto de Performance de Shanghai, os próximos cinco ou seis anos serão muito interessantes.

UFC: Amanda Nunes defendeu seu título mais uma vez no mês passado. Em que momento, na sua opinião, ela foi de campeã à melhor de todos os tempos?

DW: Uma das lutadoras mais temidas de todos os tempos, Cris Cyborg, a Amanda absolutamente a destruiu. O nocaute mais rápido da divisão. O melhor de todos os tempos é estabelecido ao longo do tempo. Não é só sobre quem você vence, mas como você vence. Se você olhar para quem ela venceu, foram as melhores. E se você ver como ela as venceu… não há muitas mulheres nocauteando as outras. Ela nocauteia todas.

Brasil

UFC: Você está iniciando 2020 com uma grande luta entre Conor McGregor e Cowboy Cerrone no UFC 246. Mesmo sem um cinturão, o que é sobre McGregor que você acha que cativa os fãs de luta?

DW: Conor é um daqueles caras que têm essa personalidade incrível, que tem algo diferente que o torna uma superestrela. Mas mais importante, ele aparece e faz lutas incrivelmente empolgantes para os fãs. Tudo desde ele aparecendo na arena, a coletiva de imprensa, a pesagem, tudo é tão empolgante quanto a luta. Ele tem pessoas que o amam e o odeiam, mas todos estão empolgados por vê-lo de volta.

UFC: Estamos com os dedos cruzados para que dessa vez a luta entre Khabib Nurmagomedov e Tony Ferguson realmente aconteça no UFC 249. Além desta luta, que outros combates você gostaria de ter feito que não se materializaram?

DW: A única luta que eu queria fazer e nunca aconteceu foi Brock Lesnar x Fedor Emelianenko. Faríamos no Texas Stadium, mas eu não consegui chegar a um acordo com Fedor, então nunca aconteceu.

UFC: Uma década incrível está chegando ao fim para o UFC. Nos dê uma pista do que você imagina para os próximos 10 anos da organização.

DW: Se você olhar para o quanto os negócios cresceram em um ano com a ESPN, espere para ver quando estivermos com eles há 10. Falei que no ano passado decolamos com a ESPN, e com todas as outras coisas que estamos trabalhando com eles, vai ser incrível o que faremos. E isso é só aqui nos Estados Unidos. Isso nem inclui o restante do mundo. Estamos com tudo agora na Austrália, na Ásia. Na Rússia também, no Oriente Médio. Os negócios estão se tornando tudo o que eu imaginei que poderiam ser, e isso é divertido. Ainda estou me divertindo tanto quanto há 15 anos, e estou muito empolgado para os próximos 10.

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