DC-Rumble, Weidman-Mousasi: prontos para lutar e vencer no UFC 210
Coletivas de imprensa recheadas de trash-talking e frases de efeito são muito divertidas. Encaradas nas quais os combatentes se desentendem e iniciam uma briga sempre energizam o público. Conferências onde os participantes soltam alfinetadas e declarações sobre a destruição programada para sete ou oito dias depois geram manchetes chamativas e ajudam a deixar todo mundo mais animado para o evento.
Isso tudo é importante, mas o UFC 210 é uma dessas raras ocasiões onde os protagonistas não estão necessariamente preocupados em intimidar um ao outro através da imprensa, e dizendo coisas que incendiariam as massas. Os quatro homens que fecham o card do próximo fim de semana estão mais interessados em focar no que é mais importante.
Apesar de Michael Bisping ter sido criticado, nenhum dos atletas que subirão ao octógono em 8 de abril disse alguma palavra depreciativa sobre o oponente, usando o tempo para lembrar aos entrevistadores e ouvintes que o foco é unicamente o adversário, e que isso é tudo o que importa.
"Eu só posso controlar algumas coisas. Não me preocupo com o que não posso controlar", disse Weidman quando questionado sobre a situação da categoria dos médios e seu lugar nela atualmente. "Posso controlar a mim mesmo vencendo o Mousasi em 8 de abril, e só estou focado nisso".
"Quero essa vitória, que é o mais importante, e estou pronto. Mais que pronto", declarou Mousasi, que vem de quatro vitórias seguidas. "No fim das contas, preciso vencer. Preciso fazer meu trabalho primeiro, e depois veremos o que acontece".
O sentimento era o mesmo nos combatentes da luta principal, que se encontram pela segunda vez com o cinturão dos meio-pesados em jogo.
O primeiro encontro, no UFC 187, que foi casado com menos de um mês de antecedência e valeu o título vago, começou com tudo e pareceu que acabaria em menos de dois minutos, quando Johnson mandou Cormier para o chão após conectar uma mão direita devastadora. Cormier, no entanto, sobreviveu e passou a atacar, cansando "Rumble" e finalizando a luta no terceiro round, conquistando o cinturão.
Ambos estão em fases notáveis desde então, com Cormier registrando uma vitória dura sobre Alexander Gustafsson em sua primeira defesa, e adicionando uma vitória sobre Anderson Silva no UFC 200 ao seu currículo. Johnson, por outro lado, nocauteou Jimi Manuwa, Ryan Bader e Glover Teixeira em um total de sete minutos, voltando ao papel de desafiante.
Apesar do histórico, das performances recentes e dos postos de competidores mais ativos da categoria, tanto campeão quanto desafiante precisaram reiterar que a única luta em suas mentes é a que acontecerá em Buffalo em 8 de abril.
"Não posso me preocupar com o próximo passo porque, mesmo acreditando que a vitória está no meu caminho, a única maneira que ele tem para me vencer é muito perigosa", disse Cormier, baseado na própria experiência. "Ele realmente pode me nocautear muito rápido, e essa é uma possibilidade grande, então só estou preocupado com o Anthony".
"Não posso desperdiçar minha energia com um cara que não tem lutado, e realmente não se pode confiar que ele vai lutar", disse, em relação a Jon Jones, o ex-campeão e maior rival de Cormier.
"O Jon não está nos meus pensamentos, nem o que acontecerá depois dessa luta", disse Johnson, abordado com mesma pergunta sobre "Bones" e o futuro após o UFC 210. "Estou focado no Daniel, e isso é tudo que preciso pensar agora. Vou pensar em outras coisas e outras pessoas em 9 de abril, talvez dia 10".
Em vez de depreciar o oponente, os atletas rasgaram elogios um aos outros. Cormier falou bem do repertório de Johnson, e "Rumble" chamando o campeão de "grande lutador" com um ótimo queixo, enquanto Weidman e Mousasi que a vitória não virá facilmente, e que será crucial para as oportunidades futuras.
Foi renovador, e serviu para criar boas expectativas para as duas lutas que fecharão o UFC 210, mesmo que os comentários incendiários e alfinetadas que agitam a internet tenham ficado de fora.
