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Depois da ação: Fabricio Werdum fala da reestréia

Após um período longe do Octógono, o brasileiro Fabríciuo Werdum fez um retorno em grande estilo no UFC 143

Fabrício Werdum, o Vai Cavalo, voltou com tudo ao UFC. Na 143ª edição do evento, no dia 4 de fevereiro, o brasileiro especialista em Jiu-Jitsu mostrou que também estava com o muay thai afiado, tendo batido o nocauteador Roy Nelson numa luta em pé, por decisão unânime. Melhor ainda, faturou o bônus de combate da noite.    
    Fabrício (15-5-1) quer fazer barulho na categoria de pesos pesados e pode falar com propriedade sobre a próxima disputa de cinturão da divisão, o combate entre Junior "Cigano" dos Santos e o holandês Alistair Overeem. Cigano foi o responsável pela única derrota por nocaute de Werdum, no UFC 90, em 2008, exatamente quando o gaúcho deixou a organização. Já contra Overeem, Werdum se apresentou duas vezes, com um triunfo no Pride por finalização, em 2006, e a derrota por decisão unânime no Strikeforce, em 2011.
         "Cigano vai passar por cima no primeiro round, tenho certeza. O Overeem foi muito bem contra o Brock Lesnar, mas mostrou um muay thai travado. Acho que o Cigano vai nocautear ele e é o que eu quero que aconteça", dispara. "O Overeem não solta o jogo, ele trava, porque tem medo de ser derrubado", completa.      
   Treinado pelo mestre de muay thai Rafael Cordeiro, Werdum mostrou a evolução da sua trocação no retorno ao Ultimate. Disparou potentes joelhadas e resistiu à mão pesada do adversário. Segundo o lutador, isso vem de um trabalho a longo prazo e a apresentação contra Nelson foi ideal para provar a todos a sua versatilidade.    
    "Pude mostrar que evolui. Sempre quis mostrar essa parte de trocação, que venho melhorando com o tempo. Muitas vezes o jogo não casa, então temos que trocar a tática e estratégica. Nessa luta, provei que estou com o muay thai afiado", comenta ele, que garante: quando encarou Overeem no Strikeforce, já estava com os socos e chutes em dia.      
   "Fui bem contra ele em pé. No entanto, passei do ponto nos treinos e não pude mostrar tudo de mim. O Overeem cancelou a luta duas vezes, então vinha sempre me preparando e acabei estafando. Contra o Nelson foi perfeito, treinei três meses. Eu estando forte, consigo fazer a técnica que eu quero. O Roy já nocauteou muita gente, parece que não tem um preparo bom, mas ele aguenta muito".         

Como dá para perceber, a torcida do Vai Cavalo é toda para Cigano. No entanto, isso não quer dizer que, num futuro próximo, não queira desafiar o atual campeão. Aliás, para ele seria o desfecho perfeito.      
   "Tenho vontade de fazer essa luta com o Cigano novamente. Quando ele chegou ao UFC, dei a oportunidade de ele lutar comigo. Não sabia quem ele era, e aceitei. Acabei nocauteado e depois saí do evento", recorda. "Tenho vontade de fazer essa revanche com ele e, se for pelo cinturão, vai ser melhor ainda. Seria uma luta em que o título permaneceria no Brasil e uma espécie de volta por cima. Saí do UFC e venci o Fedor Emelianenko. Bater o único cara que me nocauteou e ainda ficar com o cinturão seria o ápice", define.  
       Enquanto isso, Werdum segue treinando. Ao lado dos companheiros Wanderlei Silva, André Dida e Renato Babalu, participa das gravações do TUF Brasil. Dessa forma, espera estar preparado para alcançar os objetivos e realizar os sonhos que impulsionam o lutador para dentro do Octógono. As metas estão traçadas e, no estilo irreverente de sempre, Werdum buscará todas elas.
        "O Dana White ficou feliz com a luta contra o Nelson, foi muito bom para a minha volta ao UFC. Quero fazer no mínimo mais um combate e ter a oportunidade contra o Cigano. Aliás, vou fazer até uma campanha no Twitter e pedir para a galera me ajudar. Quero lutar no Brasil! Fazia três anos que não vinha ao Brasil e estou muito feliz por estar de volta. Quero estar no card do próximo evento aqui!", avisa.