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Charles “do Bronx” Oliveira fará uma das lutas mais importantes de sua carreira neste sábado (12), quando enfrentará o ex-campeão interino dos pesos-leves Tony Ferguson no UFC 256, mas o brasileiro não terá a presença de seu treinador principal, Diego Lima, em seu corner para o duelo.
Isso porque o líder da Chute Boxe em São Paulo testou positivo para COVID-19 dias antes da viagem da equipe para Las Vegas, sendo obrigado a desfalcar a entourage do lutador.
“Quando eu fiquei sabendo do diagnóstico, não acreditei”, contou Diego em conversa com a reportagem do UFC Brasil, “Como eu estava sem sintomas, e ao mesmo tempo naquela empolgação da luta - uma luta que a gente tanto pediu -, a gente nem acredita quando alguma coisa assim acontece. Até fiz outros exames, mas acabaram dando positivo também, então não teve outra saída”.
“Foi frustrante”, continuou, “Por mais que a gente não acredite, a gente fica frustrado, triste, preocupado. Imediatamente avisei ao Charles e para ele também foi um baque, não acreditou. Na hora, eu já falei: ‘Não esquenta a cabeça. Foco na luta, foco no objetivo. Deus sabe de todas as coisas e o que tiver que ser, vai ser. A gente vai respeitar, vai acreditar e vai buscar a vitória de qualquer maneira”.
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Em reta final de preparação e corte de peso desde segunda-feira em Las Vegas, Charles também comentou com pesar a ausência do treinador, que segue auxiliando o aluno à distância, por meio de videoconferência durante os treinamentos: “A gente fica triste, chateado, mas ele está aqui com a gente no coração, no pensamento positivo, em espírito, e a gente sabe que vai dar tudo certo. A falta dele aqui me dá força para mostrar que a gente pode vencer e que a gente fez um trabalho maravilhoso juntos”.
Embalado por sete vitórias consecutivas no Octógono, sendo todas por nocaute ou finalização, ‘Do Bronx’ acredita que um triunfo sobre ‘El Cucuy’ o levará à sonhada disputa pelo cinturão do Ultimate, e Diego acredita que o atleta tem plenas condições de alcançá-lo.
“Acho que essa luta vai ser uma guerra, ainda mais depois do depoimento do Ferguson dizendo que se o Charles não bater o peso, ele não aceita lutar”, disse, “Isso quer dizer que o Ferguson já viu o tamanho do Charles, viu que ele está forte, e sábado vai ser o dia não só de ver, como de sentir a força dele - sentir a persistência, a dedicação e todo o trabalho que foi feito”.
“Acredito que o Charles tem condição de ganhar em qualquer área - tanto em pé, quanto no corpo a corpo, na grade, como no chão”, concluiu, “O Charles é um cara muito duro, muito versátil e está cada vez melhor. É o momento dele”.