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Campeão dos galos mostra confiança para a revanche contra o brasileiro, dia 30 de agosto
Vencer um lutador que não perdia há quase dez anos foi menos complicado que o esperado. TJ Dillashaw dominou cinco assaltos, cravou vitória por nocaute técnico e tomou o cinturão de Renan Barão no UFC 173, em uma das performances mais contundentes dos últimos tempos.
A nova ordem para o rei da divisão é provar que não é um ‘campeão de papel’, e que poderá fazer tudo novamente contra o habilidoso brasileiro. A revanche está marcada para a edição 177, dia 30 de agosto, e promete ser outro marco entre os pesos mais leves da organização.
Nesta entrevista ao site do UFC, Dillashaw mostrou confiança para a nova empreitada e prometeu novidades. "Vou surpreender novamente com coisas que ele nem imagina", disse o norte-americano, que viu a rivalidade crescente entre Nova União e Team Alpha Male como "positiva", e manteve a língua solta durante todo o papo. "Todos verão novamente o melhor TJ e o pior Barão dentro do octógono".
Você venceu um cara que não lembrava mais o que era uma derrota há quase dez anos. Em quais aspectos acha que Barão virá mais preparado para a revanche?
Sempre esqueço que era tanto tempo assim que ele não perdia (risos). Ele virá muito mais faminto, com certeza. Barão e seus treinadores sabem que o aspecto físico foi preponderante e favorável a mim, e devem ter focado muito nisso. Mas tenho de estar preparado para tudo. Ele não se manteve invicto durante tanto tempo à toa.
A mudança brusca de total azarão para campeão mexe mesmo com a cabeça do lutador?
Não vi aquela vitória como algo inesperado, foi fruto de um trabalho muito pensado e focado. O mais complicado já fiz: derrotei um cara ‘quase unanimidade’. Agora vou vencer de novo para ter chance de progredir, de lutar contra caras diferentes e iniciar meu legado nessa categoria.
Neste sentido, podemos dizer que a fórmula vai ser mantida?
Vou surpreender Barão novamente com coisas que ele nem imagina. Não foi porque venci o primeiro combate que não assisti tudo novamente várias vezes e corrigi o que não estava bom. Nem tirei folga, praticamente emendei um camp no outro. Todos vão ver novamente o melhor TJ e o pior Barão dentro do octógono.
Acha que a rivalidade entre Nova União e Alpha Male é a melhor ferramenta de promoção para os pesos mais leves, que ainda enfrentam resistência para cair de vez no gosto do público?
É algo tradicional. Rivalidades enriquecem qualquer esporte, mas o limite entre promoção e desrespeito sempre é difícil de ser controlado. No geral, acho que isso tem trazido sentido positivo para nossos atletas e os deles (Nova União). Promoção é tudo e todos ganham com isso. Fico muito animado com novos desafios e gosto de divulgar minhas lutas da melhor forma possível.
E o retorno do ex-campeão Dominick Cruz aos galos após quase três anos? Acha que ele ainda tem condições de figurar entre os cabeças em breve?
Ele é um lutador fantástico e foi uma das referências quando comecei pra valer no MMA. Mas se configurar qualquer ameaça para meu cinturão, terei de enfrentá-lo e vencê-lo. É simples. É assim que funciona o esporte.