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Diretor de operações do UFC comenta legalização do MMA em Nova York

 


Finalmente o MMA está a caminho de ser legalizado no estado de Nova York. Foram precisos mais de oito anos para que essas palavras se tornassem realidade, mas, nesta terça-feira, os principais empecilhos foram resolvidos para que o UFC comece a sediar eventos no estado.
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Para o diretor de operações do UFC, Lawrence Epstein, um dos generais na batalha para legalizar o esporte em Nova York desde 2007, a espera valeu a pena.

“Valeu totalmente a pena, e não poderíamos estar mais empolgados para realizar nosso primeiro evento em Nova York e muitos outros depois”, disse.

O projeto de lei do MMA tem sido aprovado pelo Senado há sete anos. Mas, hoje, o projeto para legalizar e regulamentar o MMA profissional no estado passou pela conferência da Assembleia Democrática pela primeira vez, sendo aprovado em votação por todos os comitês responsáveis.

Então, qual o próximo passo?

“A primeira coisa que precisa acontecer é o governador Andrew Cuomo assinar o projeto, e ele deu indícios, e esperamos que o faça o mais rápido possível, porque, de acordo com a legislação, uma lei somente entra em vigor após 120 dias de sua aprovação”, disse Epstein, “A razão para isso é que o estado precisa de tempo para esboçar a regulamentação do esporte, ter uma equipe apropriada e treinar a comissão atlética, que ficará responsável pelos eventos. Esta é a próxima etapa do processo”.

Por sorte, o empenho do UFC em ajudar a regulamentar o esporte nos Estados Unidos e no mundo vai acelerar o processo da legalização do MMA em Nova York.

“A boa notícia para Nova York é que eles têm centenas de modelos em que se espelhar, então este processo deverá ser bastante rápido para eles”.

Assim que tudo estiver pronto, o passo seguinte será aquele que todos os fãs e atletas estiveram esperando por anos - ter um evento em Nova York. Enquanto a beleza de realizar um evento em Nova York é óbvia, é ainda mais importante o crescimento das artes marciais mistas, uma bandeira que a organização sempre carregou.

“Não estamos tentando fazer apenas o UFC crescer”, disse Epstein, “Estamos tentando fazer o MMA crescer. Um dos objetivos da nossa organização foi sempre fazer com que o MMA se tornasse um membro permanente na paisagem dos esportes nos Estados Unidos e no mundo. Quando você tem as leis de um estado tão importante e grande como Nova York proibindo a realização do MMA, é um grande problema a ser resolvido para quem está tentando construir o esporte”.

Falando sobre a beleza mencionada, o que seria melhor do que ver um evento do UFC no mesmo Madison Square Garden que recentemente comemorou os 45 anos da primeira luta entre Joe Frazier e Muhammad Ali?

“Nova York é muito importante para nós”, disse Epstein, “Sabemos disso pelo número de pay-per-views que vendemos no estado. Sabemos da audiência televisiva que temos nesse estado, e que Nova York tem dois mercados distintos muito importantes para o UFC. O primeiro, é claro, é a cidade de Nova York, que tem o Madison Square Garden e o Barclays Center. É uma cidade internacional, o mais importante mercado de mídia do mundo, um lugar que cria tendências, e isso é importante para nós porque seremos capazes de realizar grandes e importantes eventos na cidade de Nova York”.

Mas existe mais no estado além da “Big Apple”, e o UFC está ciente de que a população do estado de Nova York está pronta para ver o octógono chegar em suas cidades.

“No oeste e no norte de Nova York, cidades como Buffalo e Rochester têm uma grande base de fãs”, disse, “Além disso, eles estão muito próximos do Canadá, então nossos fãs canadenses podem facilmente cruzar a fronteira e comparecer a eventos nestas cidades. Estamos muito animados com essa oportunidade”.

Para o UFC enquanto negócio, a legalização do MMA em Nova York acaba com qualquer estigma existente ao redor do esporte e abre as portas para a organização e o esporte crescerem ainda mais nos próximos anos.

“Temos tido muito sucesso em vender grandes patrocinadores sob a marca do UFC”, disse Epstein, “Mas ter o esporte associado à nossa marca como sendo ilegal em um grande mercado como Nova York não é bom para conseguir patrocínios. Remover esse estigma negativo de ser proibido em um estado vai ajudar o UFC a conquistar novos e expandir patrocínios já existentes. Além disso, do ponto de vista regulatório, as pessoas nos perguntam quando estamos em lugares como a França ou a Ásia, “O que acontece em Nova York? Por que o esporte é banido em Nova York?’. Isso não fez com que outras jurisdições proibissem o esporte, mas queremos ter uma resposta para essas perguntas, e a resposta é que o esporte não é mais proibido em Nova York”.

Esta é a notícia que Epstein esperou oito longos anos para divulgar. Mas, mesmo nos dias difíceis, ele sabia que conseguiria.

“Tivemos esse debate em todos os outros estados nos Estados Unidos, Canadá e outras jurisdições, e em países ao redor do mundo. Nunca perdemos um debate, porque os fatos estão ao nosso lado. Sempre achei que esse dia chegaria. Achei que seria um pouco antes, mas estou muito empolgado por finalmente ter chegado”.