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Charles encara Anthony Pettis neste sábado, no UFC Vancouver
Com apenas 26 anos de idade, Charles do Bronx já acumula 15 lutas dentro do octógono, nove bônus pós-luta e é o atual sexto colocado no ranking dos pesos-pena.
A experiência, aliada ao potencial de realizar combates explosivos foram ingredientes essenciais na escolha do brasileiro como adversário de Anthony Pettis, ex-campeão dos leves, que estreia na categoria de baixo neste sábado (27), na luta co-principal do UFC Vancouver.
A mudança acontece em um momento conturbado da carreira do “Showtime”, que perdeu três combates consecutivos após realizar sua primeira defesa de cinturão. Apesar disso, Charles, que também já fez a transição entre as divisões, acredita que o norte-americano tomou a decisão correta.
“Muitas pessoas falam sobre o Pettis vir de três derrotas, mas, se você colocar na ponta do lápis, foram derrotas para três grandes nomes: Edson Barboza, Rafael dos Anjos, o ex-campeão, e Eddie Alvarez, o atual campeão. Acho que ele fez a coisa certa ao descer, mas o corte de peso é algo que atrapalha um pouco, e não sei como foi feito o dele”, ponderou o brasileiro em conversa com a reportagem do UFC Brasil.
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Charles, por sua vez, tem apenas um revés nas últimas seis vezes que pisou no octógono, e vem de vitória sobre Myles Jury por finalização, em um duelo no qual o único adversário à sua altura foi a balança.
Para o próximo compromisso, Do Bronx conta que buscou ajuda externa para não voltar a exceder o limite de peso e ficar sem parte da sua bolsa. “Tive uma preparação magnífica. Treinei um pouco de tudo, jiu-jítsu, boxe, wrestling, e tive a ajuda de uma nutricionista na perda de peso, que era algo que vinha me atrapalhando muito, então estou feliz e bem preparado física e mentalmente”, garantiu.
Conhecido pelo alto nível na luta de chão - já são 13 vitórias por finalização na carreira -, Charles não acredita que o confronto contra um especialista em kickboxing será um clássico duelo de estilos. Lutando pela primeira vez em 2016, o brasileiro se considera cada vez mais um atleta versátil, e promete surpresas no sábado.
“Entrei no UFC para ser um dos melhores. Todo mundo sabe que meu chão é agressivo, mas mesmo nisso tenho espaço para crescer. Estou sempre tentando aprender, treinando muito muay thai. Esta luta vai surpreender muita gente”, falou o atleta, “Não sei se vai ser com gol de bicicleta ou de bunda, mas estou indo para ter minha mão levantada no final”.
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Em uma divisão que espera pela definição sobre o futuro do campeão Conor McGregor, Charles sabe que terá pelo menos duas lutas antes de sonhar com uma disputa de título.
E no que depender dele, o próximo compromisso será para vingar sua derrota mais recente. Ou melhor, sua última luta sem vitória, como ele explica.
“Nem considero a luta contra o Max Holloway como derrota, porque ele não me deu um chute, um soco, eu acabei me machucando sozinho”, disse, lembrando o duelo em agosto de 2015, quando sofreu uma ruptura no esôfago e foi declarado derrotado por nocaute técnico, “Mas dizem que o Frankie pode descer, e, caso isso aconteça e eu vença o Pettis, imagino uma revanche com o Max Holloway. Eu contra ele, e quem vencer será o desafiante”.
Quem o vencedor desta hipotética luta desafiaria, Charles ainda não sabe, mas, mesmo que McGregor retorne à divisão, Do Bronx acredita em um confronto brasileiro pelo título dos penas no futuro.
“Desta vez, o Conor vai encontrar um José Aldo focado e o cinturão virá para o Brasil”, aposta Charles, “Em breve, será uma disputa de cinturão de brasileiro contra brasileiro”.
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