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Atletas

Donos do ouro – Valentina Shevchenko

Conheça mais sobre a campeã peso-mosca do UFC

Nascida em Bishkek, capital do Quirguistão, em 7 de março de 1988, Valentina Shevchenko teve contato com as artes marciais muito cedo na vida. Afinal, quando sua mãe é faixa-preta 3º Dan de Tae Kwon Do e presidente da Federação de Muay Thai do país, é difícil não ser influenciada.

Valentina começou os treinos de tae kwon do aos cinco anos de idade por incentivo da mãe Elena e da irmã quatro anos mais velha, Antonina (atualmente também lutadora do UFC), e aos 12 iniciou no muay thai.

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"Minha mãe, Elena"

Foi nessa idade que sua carreira como lutadora começou oficialmente. Valentina nocauteou uma oponente de 22 anos em um combate de kickboxing, e ali ganhou o apelido de “Bullet” (“bala”, em inglês). É isso mesmo que você leu: aos 12 anos, ela nocauteou uma adversária de 22 anos.

Ao longo dos anos, Valentina foi 12 vezes campeã mundial de muay thai e três vezes campeã no K1 e outros eventos de kickboxing. Foi nesse meio tempo que ela venceu Joanna Jedrzejczyk em duas ocasiões. Mas foi uma viagem ao Peru após vencer a Copa do Mundo de Muay Thai em 2007 que mudou sua vida.

Valentina Shevchenko posa com as bandeiras do Quirguistão e Peru 

“Em 2008 fomos ao Peru pela primeira vez. (...) Quando chegamos lá as pessoas nos pediram para dar aulas e fazer seminários de muay thai, então começamos a viajar por várias cidades. E eles eram tão legais abertos e queriam tanto aprender, que decidimos ficar mais – e mais e mais. Vivemos lá por oito anos”, disse em conversa registrada pelo canal LatiNation.

“Eu gosto muito do jeito de viver na América Latina. O povo é muito aberto e engraçado, e sempre têm um sorriso no rosto. O que eu mais gosto no Peru é que lá temos litoral, montanhas e floretas. Você pode escolher onde ficar e treinar”.

A primeira luta de Valentina no MMA aconteceu em 2003 (vitória por TKO sobre Eliza Aidaralieva), mas ela só concentrou seus esforços na modalidade a partir do final de 2015, depois de sua estreia no UFC. Shevchenko foi chamada de última hora para enfrentar Sarah Kaufman, e venceu a luta por decisão dividida.

A performance impressionou tanto que sua luta seguinte foi contra ninguém menos que Amanda Nunes em luta eliminatória pelo título peso-galo em março de 2016. A brasileira venceu e se credenciou para disputar o cinturão. A revanche aconteceu pouco mais de um ano depois, quando a “Leoa” já reinava nos 61 Kg, e depois de cinco rounds disputados Valentina sofreu sua segunda – e até agora última – derrota no Octógono. Aliás, ela só havia perdido uma vez antes de entrar no UFC, em um TKO por corte para Liz Carmouche em 2010.

Valentina desceu para a divisão peso-mosca em 2018, nocauteando Priscila Cachoeira em sua estreia. No mesmo ano, ela venceu Joanna Jedrzejczyk pelo cinturão vago da categoria e iniciou seu reinado, que já conta com defesas sobre Jessica Eye, Liz Carmouche e Katlyn Chookagian.

Ela faz tudo!

Além das artes marciais, Valentina tem uma extensa lista de atividades e hobbies. A lutadora fala diversos idiomas, é praticante de tiro esportivo, está aprendendo a tocar ukelele, fez faculdade de cinema no Quirguistão (“todos os meus filmes eram sobre artes marciais”, disse em entrevista a Complex) e é apaixonada por dança.

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“A dança é uma paixão na minha vida. Eu gosto muito de danças em que você pode mostrar um lado bem feminino. Provavelmente por causa do esporte, já que eu faço lutas, eu preciso ter uma espécie de equilíbrio”, disse ao canal do site Complex.

E algo que ela ainda quer aprender a fazer? Velejar. Alguém duvida que ela consegue?

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