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Em números, os principais combates entre campeões do UFC

 

No sábado, dia 12 de dezembro, no UFC 194 na maravilhosa Las Vegas, um indiscutível campeão da categoria peso pena emergirá quando o campeão interino Conor McGregor colidir com o atual campeão, José Aldo. Historicamente, esta será a sétima vez que dois lutadores da mesma classe de peso com um cinturão do UFC na cintura, se enfrentarão para decidir quem poderá continuar a usar o ouro e reivindicar o título de verdadeiro líder da divisão.
Veja abaixo os principais confrontos entre campeões lineares e interinos do UFC:

TITO ORTIZ (c) vs. RANDY COUTURE (ci) no UFC 44

A PREPARAÇÃO: Seja devido às lesões, a uma disputa contratual e/ou à filmagem do clássico de Jet Li e DMX "Contra o Tempo (Cradle 2 the Grave)", o então campeão meio-pesado do UFC, Tito Ortiz, desapareceu do radar do Octógono praticamente durante todo o ano de 2003. Enquanto isso, o antigo campeão de pesos-pesados do UFC, Randy Couture, havia se reinventado ao passar para uma categoria de peso menor e vencer Chuck Lidell com um nocaute técnico no terceiro round que definiria sua carreira no UFC 43 daquele mês de junho, apoderando-se do título de campeão interino com 97,5 kilos. O ponto culminante dessas duas trajetórias tão diferentes chegou a uma conclusão unilateral três meses depois, no UFC 44. 

O RESULTADO: "The Natural" era como um trem de carga imbatível nos quedares, pontuando em oito das 12 tentativas e atingindo o patamar de mais de 70 golpes importantes - incluindo algumas palmadas - durante a decisão unânime de cinco rounds. O ataque de Ortiz estava neutralizado, o que fez com que os 10 meses longe do Octógono parecessem ser um enorme prejuízo. É um tema comum em muitas dessas lutas de unificação em que o campeão, ao retornar de um longo período de afastamento, é recebido por um campeão interino emergente em sua plena forma. 

MATT SERRA (c) vs. GEORGES ST-PIERRE (ic) no UFC 83

A PREPARAÇÃO: Um ano antes desse título vs. a luta pelo título, o mais impensável nocaute dominou o Toyota Center, em Houston, quando Matt Serra venceu o primeiro round por nocaute contra o então campeão da categoria de meio-médios do UFC, Georges St-Pierre. Para começar, Serra é/era um lutador profissional, mas  “The Terror” continuaria a golpear o homem que se tornaria em seguida o campeão mais dominador que a divisão já conheceu, o que realmente diz algo, porque o membro do Hall da Fama do UFC, Matt Hughes, foi campeão da mesma categoria dos meio-médios por um longo tempo. Originalmente, Serra deveria defender seu título contra Hughes depois da rivalidade surgida entre eles quando eram treinadores no The Ultimate Fighter 6, mas Serra teria que se afastar devido a uma lesão nas costas. Foi criado um título interino e St-Pierre enfrentaria Hughes pela terceira vez para decidir quem seria o dono do cinturão. No UFC 79, “Rush” derrotaria Hughes no primeiro round e em seguida, levaria Hughes ao chão no segundo round para se tornar o campeão interino dos meio-médios do UFC.

O RESULTADO: Em frente ao maior público da história do UFC até aquele momento, St-Pierre se vingaria de Serra com um famoso nocaute técnico unilateral. Os mais de 21 mil canadenses presentes foram levados à loucura antes que um soco sequer houvesse sido dado, pois St-Pierre e Serra tiveram uma batalha de palavras no período que antecedeu a revanche. The Terror não acertou e não conseguiu acertar nenhum de seus poderosos e loucos socos, que foram tão eficazes na primeira vez, enquanto St-Pierre rapidamente castigou e golpeou Serra nos dois rounds. Se as costas de Serra estavam em um estado questionável depois de um ano de afastamento, as joelhadas de St-Pierre no seu corpo certamente não ajudaram.

BROCK LESNAR (c) vs. FRANK MIR (ic) no UFC 100

A PREPARAÇÃO: O ano de 2008 pertenceu à letra B - Barack Obama, Olimpíadas de Pequim e Brock Lesnar. Este último fez sua estreia no Octógono e ganhou o cinturão dos pesos-pesados do UFC em um período de nove meses. Devido a disputas contratuais entre o UFC e o campeão anterior Couture, um cinturão interino foi criado e ganho por Antonio Rodrigo Nogueira, bem como por Frank Mir. Foi uma confusão que funcionou perfeitamente, pois Lesnar e Mir estavam loucos para uma revanche do dramático encontro entre eles no UFC 81, em que Mir garantiu uma chave de joelho em Lesnar no primeiro round. Embora Lesnar assumisse depressa o controle, o juiz interrompeu a luta momentaneamente devido a golpes supostamente ilegais de Lesnar e, após o reinício, Mir rapidamente submeteu Lesnar. 

O RESULTADO: Lesnar teve sua vingança. Ao contrário do primeiro round da rodada, Lesnar derrubou Mir e o fez sangrar em sua rota para um nocaute técnico no segundo round, sem muita interferência. Uma diferença óbvia entre este confronto e os dois anteriores mencionados acima é que o campeão interino acabou não sendo campeão. Não houve um longo e desfavorável afastamento neste confronto, uma vez que tanto Mir, quanto Lesnar lutaram com um mês de intervalo em suas jornadas anteriores. Na verdade, foi Mir quem superou uma lesão no joelho, que empurrou essa luta do UFC 98 para o mais ilustre UFC 100. 

BROCK LESNAR (c) vs. SHANE CARWIN (ic) no UFC 115

A PREPARAÇÃO: Brock Lesnar ensinou muitas coisas ao mundo do MMA, especialmente a palavra “diverticulite”. O até então indiscutível campeão de pesos-pesados do UFC enfrentou uma luta contra uma infeção do sistema digestivo muito divulgada e quase fatal. A montanha russa da saúde de Lesnar não apenas adiaria a batalha pelo cinturão contra o então rival número 1, Shane Carwin, do UFC 106 para o 108 e, em seguida, para o 116, como acabaria criando um cinturão interino no UFC 111. Enquanto Lesnar tentava se curar e se preparar para um eventual retorno, Carwin enfrentou Mir, o arqui-inimigo de Lesnar em New Jersey pelo cinturão interino dos pesos-pesados do UFC. Não demorou muito para que o até então invicto Carwin interrompesse Mir com seu quarto nocaute seguido no Octógono.

O RESULTADO: Sem dúvida, a mais selvagem das brigas desta lista. Para todos os efeitos, o campeão interino, que estava em uma maré de sorte, sem estar saindo de nenhuma lesão, deveria vencer essa luta de unificação. E realmente parecia que Carwin iria ganhar. Os primeiros cinco minutos foram quase tão ruins quanto possível para Lesnar sem que a luta fosse interrompida. O campeão interino Carwin derrubou Lesnar e continuou a atingi-lo com tudo o que tinha, no chão, que era exatamente o que ele queria fazer. Mas o árbitro nunca interrompeu a luta e, depois de alguns minutos, Lesnar de alguma forma, se levantou. Ser atingido por 40 golpes significativos não apagou o sorriso do rosto de Lesnar enquanto este marcava um rápido quedar e submetia um Carwin visivelmente intoxicado com um Katagatame no segundo round. Esta luta quase terminou como as outras mencionadas acima, mas Lesnar era apenas um pouco resiliente demais e Carwin apenas um pouco agressivo demais sem ter combustível suficiente no tanque.

 

GEORGES ST-PIERRE (c) vs. CARLOS CONDIT (ic) no UFC 154

A PREPARAÇÃO: Desde a unificação, o “campeão dos meio-médios do UFC Georges St-Pierre” era uma frase que conhecíamos extremamente bem. Depois de seis defesas de títulos bem sucedidas, Rush estava no topo do mundo, saindo de uma vitória por decisão unânime sobre Jake Shields no então maior evento da história da empresa no UFC 129. Mais tarde naquele ano de 2011, St-Pierre foi escalado para participar de um grande confronto com o último campeão dos meio-médios do Strikeforce, Nick Diaz, mas St-Pierre notoriamente rompeu seu ligamento cruzado anterior durante o treinamento. Com Rush em recuperação, Diaz foi selecionado para enfrentar o último campeão dos meio-médios da WEC, Carlos Condit, que também vinha de quatro vitórias seguidas no Octógono. Embora o resultado fosse controverso, Condit se tornou o campeão interino dos meio-médios do UFC com uma vitória por decisão unânime sobre Diaz no UFC 143. Sem nenhuma animosidade para falar durante a preparação, Condit esperou St-Pierre retornar para enfrentá-lo em um embate entre campeões nove meses depois. 

O RESULTADO: Mais uma vez, Georges St-Pierre foi coroado como o indiscutível campeão dos meio-médios do UFC, mas houve bastante barulho para que isso ocorresse. Quatro dos cinco rounds mostraram um Rush tático, movendo-se para dentro e para fora a uma determinada distância, marcando quedares e aterrissando a maior parte de seus golpes no chão. Todo esse trabalho clínico feito por St-Pierre quase foi desfeito por um chute na cabeça perfeitamente cronometrado por Condit. Uma combinação clássica de "Assassinos por natureza" deixou St-Pierre caído no chão pela segunda vez apenas em sua carreira, e em modo de sobrevivência, com Condit despejando golpes em cima dele. Em entrevistas posteriores, Condit admitiu que o ataque repentino foi frenético demais para seu próprio bem e deveria ter sido mais calculado. No final, St-Pierre suportou e se refez para os rounds do campeonato. Pode-se dizer que essa situação era semelhante à de Carwin/Lesnar, com o incontestável título tão firmemente agarrado às mãos que acabou escorrendo pelos dedos. Além disso, foi um esforço hercúleo, tanto para St-Pierre como para Lesnar sacudir as teias de aranha daqueles knockdowns.

CAIN VELASQUEZ (c) vs. FABRICIO WERDUM (ic) no UFC 188

A PREPARAÇÃO: Tendo vencido, perdido e vencido novamente o título de peso-pesado do UFC, Cain Velasquez realmente tornou seu famoso cinturão com duas defesas bem sucedidas. Além do nocaute com um único soco que lhe custou o cinturão da primeira vez, ninguém do Octógono conseguiu interromper ou até mesmo deixar mais lento o rolo compressor que era Velasquez. Fora do Octógono a história era diferente, pois Velasquez foi prejudicado várias vezes devido a lesões. Um desses reveses aconteceu durante a preparação para a defesa do título de Velasquez contra Fabricio Werdum, programada para ocorrer no primeiro evento da empresa no México, no UFC 180. Além disso, os dois também haviam se tornado treinadores rivais na primeira temporada do The Ultimate Fighter: América Latina. Como Velasquez retirou-se do encontro, o artista do nocaute Mark Hunt foi escolhido para enfrentar Werdum, com um título interino disponível para todos. Com uma espetacular joelhada voadora na metade do segundo round, Werdum marcou um nocaute técnico contra Hunt para reivindicar o cinturão e continuar sua notável série de cinco vitórias seguidas dentro do Octógono. A unificação foi programada para ocorrer, mais uma vez, na cidade do México. 

O RESULTADO: Depois de 20 meses afastado, pode ser que Velasquez tivesse a multidão do seu lado, mas estava enfrentando seu mais dinâmico oponente até o momento a uma altitude infame. Embora os ancestrais de Velasquez fossem oriundos do México, Werdum era quem havia treinado, lutado e vencido ali. Velasquez saiu pronto para estabelecer um ritmo rápido como em todas as suas outras lutas e assumiu o primeiro round. No segundo, Velasquez começou a ficar mais lento, enquanto Werdum superava os golpes de Velasquez nos pés por uma ampla margem. Alguns minutos depois de ter começado o terceiro round, Velasquez pareceu desesperado com um quedar imprudente, que Werdum alegremente usou para assegurar um mata-leão. Uma performance insatisfatória e o fato de não ter levado devidamente em conta os 2.200 metros de altitude e/ou um oponente em uma missão, levaram à derrota de Velasquez e ao indiscutível título dos pesos-pesados do UFC por parte de Werdum.

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JOSÉ ALDO (c) vs. CONOR MCGREGOR (ic) no UFC 194

A PREPARAÇÃO: O primeiro e único campeão dos pesos penas do UFC, José Aldo, defendeu seu cinturão sete vezes dentro do Octógono. Antes disso, Aldo foi o campeão final dos pesos penas do WEC e defendeu o cinturão duas vezes. De um modo geral, tudo estava indo como de costume para Aldo, que se dirigia à sua oitava defesa do título de pesos pena do UFC contra Conor McGregor no UFC 189. Havia um pouco mais de drama, atenção e obrigações da mídia à medida em que a capacidade de “Notorious” de vencer sete lutas seguidas, incluindo quatro nocautes no Octógono, foi incrivelmente superada por sua capacidade de falar a respeito e gerar interesse promovendo ainda mais sua próxima excursão. Depois de uma insana turnê mundial e de meses de preparação, Aldo retirou-se da situação altamente prevista, devido a uma lesão na costela. Em seu lugar, o campeão anterior e rival de Aldo, Chad Mendes, encontrou-se com McGregor em cima da hora para obter um título interino recém-cunhado. Foi o mais duro desafio de McGregor e a luta mais contestada até o momento no UFC, mas mesmo assim terminou da mesma forma, com o quarto nocaute seguido de Notorious e o bônus da Performance Noturna.