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Entrevista pós-luta com Godofredo Pepey

Godofredo Pepey é o primeiro finalista do TUF Brasil. O peso pena enfrentaria Rodrigo Damm no 10º episódio, mas viu o oponente se contundir. Sendo assim, Vitor Belfort escalou Marcos Vinicius Vina, que já havia sido derrotado por Hugo Wolverine e teve a segunda chance de seguir na luta por um contrato com o UFC. 

Num combate duríssimo, Godofredo Pepey não teve moleza, mas, depois de quase finalizar Vinicius Vina com uma chave americana de braço no round inicial, definiu com o mesmo golpe na segunda parcial.     
 
"Foi muito difícil. O Vina trabalhou bem no ground and pound, mas eu estava focado em finalizar. Procuro ir na parte que o meu adversário é mais fraco e acho que o meu jiu-jitsu é bem mais forte que o dele. Acreditei e soube aproveitar", diz Pepey, que avisa: "Para quem pensa que eu não tenho trocação, sou grau preta de muay thai também."      

No entanto, não há como negar, a luta de chão é o seu diferencial. Com um cartel profissional invicto de oito triunfos, seis foram por finalização, dois por nocaute. Pepey nunca precisou lutar (profissionalmente) os três rounds completos, tendo passado do primeiro assalto apenas em uma oportunidade. O lutador explica o porquê de tanta facilidade no solo:    
 
"Aos 14 anos comecei a treinar jiu-jitsu com o meu irmão, o Godofredo Claude. Ele que me ensinou os primeiros golpes, antes mesmo de eu entrar na academia. Me formei faixa-preta na equipe MG, em Fortaleza, e tenho vários títulos no jiu-jitsu. Consigo trabalhá-lo bem nas lutas de MMA, mas também vou para a trocação, porque trabalho bastante o muay thai."    
 
Parte dos planos estão realizados. Godofredo está garantido no card das finais do TUF Brasil, em Belo Horizonte, no dia 23 de junho. No entanto, ainda falta um combate para que, definitivamente, alcance a sua maior meta. Disposição não vai faltar.      

"Só participar do reality show já é um sonho realizado. Os atletas brasileiros são muito preparados e, para estar ali, eu competi contra os melhores. Estar na final é outro sonho e vou ser campeão do evento." Pepey disse. "Acredito nos meus treinadores, acredito nos meus sonhos e vou botar o coração para funcionar também. Vai ser uma guerra para mim lá dentro."      

Dentro da casa do TUF, Pepey viveu uma situação distinta: teve que trocar de equipe. No entanto, na saída do Time Vitor para o de Wanderlei o maior temor foi a parte estratégica.   
  
"Foi meio chocante. Todos do Time Vitor já sabiam o meu jogo, sabiam os meus golpes fortes e os meus pontos fracos. Isso poderia me prejudicar. Por isso nunca mostro tudo, tenho sempre uma carta na manga para soltar. Mas tanto o Wanderlei quanto o Vitor Belfort são profissionais, admiro tanto o Wand quanto o Belfort."      

No episódio 10, Wanderlei Silva ficou contente com a vitória de Pepey e reconheceu ter julgado mal o lutador. Antes Wand achava que ele era "marrentão", mas mudou de opinião.      

"No início acabei passando a imagem de marrento, até porque o time azul não me dava muita moral e não fui, realmente, muito simpático." Pepey comenta.  "Mas este é o meu jeito, estava focado ali dentro. Espero não estar me mostrando uma pessoa diferente. Sou um cara humilde, que veio de baixo e não entrega os pontos.", analisa.      

Enfim, Pepey chama a atenção pela técnica, mas também pelo corte moicano e cabelos tingidos, o que já rende comparações ao craque do futebol Neymar. Sobre a comparação, o lutador ri e se mostra um homem que se preocupa com a aparência.     
 
"O cabelo é meu estilo mesmo. Em todas as lutas tento pintar ele de uma cor diferente. Se vamos trabalhar no escritório, temos que ir arrumados, e o meu escritório é o Octógono. Tenho que estar bem entre as grades! Faço o meu estilo de cabelo, boto a minha música de entrada e fico no clima!"