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Apaixonado por MMA, o ator Bruno Gagliasso divide semanalmente suas opiniões e reflexões sobre o esporte em blog no UFC Brasil
Como eu já havia dito antes, ser atleta no Brasil não é fácil. Lutador de MMA, então, nem se fala! Vamos colocar um pouco mais de dificuldade aí? Atleta de MMA, vinda do Brasil e mulher. Tá bom pra você?
Essa é a nossa Amanda Nunes, que aos poucos foi conquistando o seu espaço e na hora certa soube brilhar para se posicionar como a melhor do mundo na sua categoria.
Mais Finalizando, com Bruno Gagliasso
Cada detalhe visto como dificuldade tem uma explicação que todos já conhecem, mas vamos lá. O MMA é completamente dominado por homens, então vale destacar a valentia das mulheres que decidem por ele seguir. O Brasil é um país que não apoia os atletas como deveria, então mais um ponto de crédito para os que sobrevivem nesse mercado. Não existe um evento nacional que credencie oficialmente os atletas a entrarem no UFC, assim muitos migram para fora do país. Só falta acrescentar todo o esforço daquele treino que leva o atleta ao seu limite físico e psicológico todos os dias, as vezes até nos finais de semana.
Se já não bastasse ter vencido todas essas barreiras para chegar ao topo, Amanda Nunes, a nossa primeira atleta campeã do UFC, se mostra ainda mais valente quando enfrenta um adversário maior do que qualquer uma que a desafiou no octógono: o preconceito. Assim, acrescenta um peso a mais a sua coroa, sendo a primeira campeã mulher e assumidamente gay do nosso país e na história do evento.
Se a alegria tomou conta da torcida brasileira quando a luta foi interrompida pelo juiz, mais cedo do que o esperado, para que a Leoa fosse então coroada, agora é o orgulho que domina.
Podemos bater no peito e dizer que vimos uma rainha que tem características de várias minorias ser coroada. Começa agora a Era da Leoa, Amanda Nunes, campeã mundial peso-galo do UFC!
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